Uma análise conceitual sobre usuários de informação para relacionamentos

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e real é o que existe de fato”. Portanto a realidade, como é vivida, sempre foi virtual porque sempre é percebida por intermédio de símbolos formadores da pratica com algum sentido que escapa à sua rigorosa definição semântica [...]. (CASTELLS, 2009, p. 459).

Evidências da virtualidade e da realidade são confrontadas por Castells, a partir do momento em que se há um usuário navegando na rede em busca de informações, este usuário é real. E, de acordo com a inserção do mesmo, tais informações reveladas são virtuais, que se revelarão ao longo da investigação que tal usuário fará, reais. Outro importante teórico é Pierre Lévy, que relaciona o real com o virtual, dizendo que a virtualidade é diretamente relacionada com a falta de realidade, já que

[...] no uso corrente, a palavra virtual é empregada com freqüência para significar a pura e simples ausência de existência, a “realidade” supondo uma efetuação material, uma presença tangível. O real seria da ordem do “tenho”, enquanto o virtual seria da ordem do “terás”, ou da ilusão, o que permite geralmente o uso de uma ironia fácil para evocar as diversas formas de virtualização. Como veremos mais adiante, essa abordagem possui uma parte de verdade interessante, mas é evidentemente demasiado grosseira par fundar uma teoria geral. A palavra virtual vem do latim medieval virtualis, derivado por sua vez de virtus, força, potência. Na filosofia escolástica, é virtual o que existe em potência e não em ato. O virtual tende a atualizar-se, sem ter passado no entanto à concretização efetiva ou formal. (LEVY, 1996, p.15).

A virtualidade como ilusão pode ser analisada como informações imprecisas retidas pelo usuário. Vemos segundo Lévy que o virtual não caracteriza o real, logo as informações buscadas pelo usuário no virtual podem ser analisadas como sugestivamente fracas, inoperantes. Não condizentes com o real, mas apenas uma impressão virtual do que se investiga.

Sanz Casado define usuário de informação como uma pessoa que necessita de informação para o desenvolvimento de suas atividades. Segundo ele todos os seres humanos são usuários de informação segundo suas necessidades. Classifica de modo eficaz os usuários como potenciais e reais. Assim vem de encontro com a análise anterior sobre o virtual e o real de Lévy e sobre a análise de comunidades virtuais de Castells. Tais autores convergem na sistemática de observar comportamentos na busca da informação, tanto para relacionamentos como para necessidades individuais.

3 ESTUDO DE USUÁRIO

O usuário é analisado segundo seu comportamento. O estudo que se faz necessário nesta perspectiva trabalhada sobre a busca de informações para relacionamentos virtuais, conflui com as ideias de Chun W. Choo, na formulação de seis estágios evidenciados em pesquisa analítica realizada pelo autor. Segundo sua classificação, existe seis estágios por onde o usuário percorre, a iniciação, a seleção, a exploração, a formulação, a coleta e a apresentação.

Cada estágio desse processo de busca se caracteriza pelo comportamento do usuário em três campos, são eles o emocional que se refere aos sentimentos, o cognitivo que se trata do pensamento e o físico que corresponde a ação.

Segundo Costa e Gasque há também outros tipos de comportamentos na busca pela informação, que se relacionam com o conjunto dos atos físicos e mentais envolvendo a incorporação da nova informação a sua realidade. Onde o usuário se modifica a partir do momento em que obtém a informação.

O usuário ao ter acesso à informação sobre outra pessoa desenvolve sua atenção cognitiva e emocional para a apreensão dos dados. Essa busca é conflitante na medida que não se tem como medir a veracidade do que está se tendo acesso. O usuário real, diante das informações virtuais esboça a partir dos seis estágios de Choo uma ideia aparente da realidade que o outro usuário apresenta. E este último também fórmula de forma virtual uma noção do outro usuário segundo as informações trocadas. Os relacionamentos virtuais dependem da troca de informações o mais possível verídicas para ambos usuários possuírem as informações que correspondam de fato ao usuário real.

REFLEXÕES FINAIS

O estudo de usuário na compreensão das necessidades buscadas como informações reais e o comportamento de tais usuários perante os instrumentos das novas tecnologias de informação e comunicação, as TIC´s, tais como a internet, são de extrema importância para uma análise crítica. A busca pela informação tende a sofrer mudanças, estabelecendo novas formas de investigação, a partir da influência que o uso da internet ocasiona nos relacionamentos virtuais os usuários desenvolvem novos hábitos e reconfiguram a forma de se buscar informações na internet.

Essas novas formas e modos de buscas de informação evidenciam novos tipos de condutas, valores, provações; que devida a uma nova percepção da realidade, o mundo virtual acaba moldando, assim, a todos os envolvidos. E a partir disso, uma análise específica dos efeitos que essas novas tecnologias de informação e comunicação transformam os usuários virtuais é necessária, tanto para um mapeamento dessa nova estrutura, quanto aos efeitos que essa nova cultura promove ao grupo de indivíduos inseridos nessa esfera, já que com o uso da internet como meio para relacionamentos, ditos virtuais, mas reais são estabelecidos cada vez mais em nossa sociedade. O computador está se tornando o elo mais presente nos relacionamentos, evidenciando novas características de comportamento e conduta dos usuários. Apresentando uma evolução na apreensão das informações na inserção da máquina – computador – nos relacionamentos. E o mais importante é a relação da virtualidade com a realidade, já que mesmo o usuário usando da virtualidade para buscar suas informações continua-se uma investigação virtual, ao passo que os sentimentos estabelecidos são reais.

ABSTRACT

The objective of this study is to analyze how to position some authors from his writings about the search for information by users on the Internet for virtual relationships. It is noteworthy that with the advancement of new information and communication technologies ( ICT s) , society eventually develop ways to adapt and readjust to new heights , generating