Resenha do Livro: O Que é ética?
Por: Rodrigo.Claudino • 15/3/2018 • 1.154 Palavras (5 Páginas) • 271 Visualizações
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No capítulo quatro, o autor fala dos ideais éticos. Segundo Platão, o ideal ético era buscar o conhecimento e fazer o bem. Já Aristóteles, acreditava numa vida regada a virtudes. Os estóicos viviam juntamente da natureza para estar sempre em harmonia com os cosmos (ordem). Os epicuristas viviam para os prazeres. O cristão, vive em função de Deus, e tem o ideal ético no espírito, focado na redenção. No renascimento e no iluminismo, o ideal ético é viver de acordo com o conceito de liberdade que cada um tem. Hegel, já pregava uma vida livre em um Estado livre e de direito.
Valls, no seguinte capítulo, fala que falar de ética é falar de liberdade. Primeiramente, a ética lembra responsabilidade, mesmo que não se possa falar de responsabilidade sem que haja a possibilidade de liberdade do homem. Falando em determinismo, principalmente no fatalismo, não existe ética, responsabilidade, nem, tão pouco, liberdade. Marx diz que o capital limita a liberdade do homem. Dessa forma, a ética seria inexistente, ou seria transformada no sistema do capital. Os estóicos, completamente contra o determinismo, defendiam a liberdade incondicional do pensamento e não do corpo. De acordo com Adorno, a liberdade do ser humano só dependia dele mesmo. Considerava a liberdade de Hegel fora da realidade do ser humano. O Estado de Hegel, que é defensor dos direitos e deveres do ser humano, é uma síntese da estrutura política dos gregos e a moral dos cristãos. Marx considerava que o Estado de Hegel não era a instância do universal, mas um dominador. Kant também o criticava, dizendo que o Estado de Hegel era indiferente quanto à individualidade do ser humano. Kierkegaard, continua, que para o grego antigo, o agir bem ou mal era uma questão de conhecimento, em que uma pessoa má, na visão deles, era um ignorante e nada mais, partindo do pressuposto platônico e aristotélico de que se o homem conhece o bem vai agir bem. Eles não acreditavam que um homem que conhecia o bem pudesse agir mal. Álvaro Valls diz que a ética visa as contradições do homem, e que ele deveria se fazer tal, visto que é um ser sintético, realizando, ao longo de sua vida, as contradições que o formam primeiramente.
O quinto capítulo aborda o comportamento moral e sobre o bem e o mal. De acordo com Valls, a preocupação atual da ética é com a autonomia indivíduo que procura agir de acordo com sua razão natural. Marx faz uma relação de tudo o que era ético com as relações econômicas que sempre interferem no fazer éticamente. Apesar de que isso gerasse outro problema: Como saber o que é ético e o que é econômico em um dado comportamento concreto? Valls acha que agir com ética é agir do lado do bem. Entretanto, a definição do bem é outra questão.
No último capítulo, o autor trata sobre a ética hoje. Valls fala sobre o livro “Mínima Moralia", de Adorno, que diz que a ética hoje está reduzida a algo de privado. Marx, um século antes, pensava o mesmo sobre a religião. Valls ainda continua, dizendo que se o lema máximo da ética é o bem comum, não é algo positivo a ética se tornar algo particular. Neste capítulo, o autor também cita Hegel, falando da eticidade. Nessa parte, a liberdade se realiza eticamente dentro das instituições históricas e sociais: Família, sociedade civil e Estado. Valls usa teorias de vários filósofos para falar da ética, entre eles estão: Marx, Hegel, Kierkegaard, Moritz Schlick, Habermas, Francis Bacon, Adorno
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