A Lei Rouanet: Após a aprovação

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– A Busca Por Investimentos:

a) Visão geral:

A busca por investidores também não é uma tarefa fácil. Ela exige contatos, tempo, muita insistência.

O legislador sabe muito bem disso. Nesse sentido, ao criar a Lei Rouanet e as normativas que a complementam, permitiu que até 10% do valor total captado fosse revertido em remuneração para aquele que o fizesse. Ou seja, 10% de todo o dinheiro vai para o chamado “captador de recursos”.

b) Formas de buscar investimentos:

Os investimentos podem ser buscados de diferentes formas.

O próprio proponente pode fazê-lo através de contatos pessoais, inscrevendo-se em editais, entrando em contato com empresas e pessoas físicas com potencial de investimentos. Ele pode ser auxiliado pela equipe do projeto, ou seja, aqueles que possuem interesse na realização do que foi aprovado pelo Ministério da Cultura.

Além disso, existem profissionais no mercado com essa especialidade: captar recursos.

c) Os profissionais em captação de recursos:

Os chamados “captadores” são aqueles profissionais que normalmente possuem uma ampla rede de contatos empresariais, ao qual poderão levar o projeto aprovado, solicitando investimento.

Esses profissionais trabalham de diversas formas. Alguns não cobram para ir atrás do potencial patrocinador ou investidor, recebendo apenas o valor indicado na planilha orçamentária do projeto aprovado. Outros cobram porcentagens fixas, como 7%, 10% ou 20% de tudo o que conseguirem captar. Outros ainda, além da porcentagem sobre o que conseguirem captar, exigem valores antecipados ou mensais, objetivando o suporte em transporte, impressão de apresentação comercial, almoços corporativos e reuniões.

Não é errado ou ilegal cobrar valores que não estão previstos na planilha orçamentária ou além do teto dado por Lei. Mas considera-se errado ou ilegal remunerá-lo com valores de dentro do projeto (alvo de abatimento fiscal) que não o indicado como este item. Por exemplo: pegar valores que deveriam servir de remuneração a outros profissionais, objetivando compor o valor solicitado pelo captador. Nesse sentido, o proponente ou responsável deveria pagar através de outras fontes de recursos ou financiamento.

Dentro dessas opções, o proponente deve procurar por aquela que mais se adapta ao seu jeito de trabalhar, de acordo com os seus reais interesses materiais e financeiros para efetivar a completa execução do projeto.

3 – Preparando uma apresentação comercial:

a) Analisando as informações importantes:

Para apresentar um projeto, o proponente ou captador deverá ter algumas informações resumidas do projeto em mãos. Muita informação ou uma apresentação apenas textual retira o interesse do potencial patrocinador, por melhor que seja o projeto.

b) Inserindo cotas de patrocínio:

O maior interesse do patrocinador em um projeto é sobre as contrapartidas oferecidas. Deve ser determinado previamente o que o seu projeto irá gerar ao patrocinador. O que ele vai ganhar colocando dinheiro no seu projeto?

Nesse momento, esqueça o lado social e o bem que ele está fazendo para a cultura. Ele já sabe disso. Esse é o momento em que você o informa da contrapartida em marketing que ele irá receber. São algumas:

? Exposição do logo no website;

? Cota de ingressos para uma apresentação;

? Apresentação particular gratuita;

? Nomeação do patrocinador em spot de rádio, flyer, propaganda televisiva;

? Doação de produtos resultantes do projeto;

? Etc. As contrapartidas são infinitas. Depende da criatividade do proponente ou do captador;

Uma sugestão é a de dividir o valor total do projeto em 3 diferentes cotas, cada uma com suas contrapartidas. Essas cotas podem ser nomeadas de qualquer forma. Por exemplo:

“O projeto tem o valor de R$200.000,00, dividido da seguinte forma ao patrocinador:

- Cota Ouro: O patrocinador que investir R$200.000,00 receberá as contrapartidas X, Y e Z;

- Cota Prata: O patrocinador que investir R$100.000,00 receberá as contrapartidas X e Y;

- Cota bronze: O patrocinador que investir R$20.000,00 receberá a contrapartida X.”

c) Criando uma apresentação gráfica:

Além de muitas imagens, a apresentação gráfica deverá conter:

? Nome do projeto;

? Nome do proponente;

? Valor do projeto;

? Número de registro da aprovação (PRONAC);

? Tipo de Lei (Rouanet, Proac, etc.);

? Artigo da aprovação (Artigo 18 ou 26);

? Dados da publicação no Diário Oficial (imagem ou data da publicação);

? Objetivos do projeto