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Servico Social

Por:   •  21/3/2018  •  2.809 Palavras (12 Páginas)  •  282 Visualizações

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Considerações Finais -

A Institucionalização da prática profissional dos Assistentes Sociais

Observei através das leituras que após a Segunda Guerra Mundial e com o aprofundamento do Capitalismo, acentuou-se os a necessidade de mecanismos de disciplina e controle social. Os problemas aumentam e com eles a necessidade de uma instituição quetrouxesse uma solução satisfatória a eles, aparecendo então o Serviço Social como uma necessidade real. Aparecem como necessidades programas e funções que serão articulados pelo Serviço Social através das técnicas de entrevistas, da distribuição de auxílios, nos casos de fiscalização ou de conflitos.

O processo de surgimento e desenvolvimento das grandes entidades assistenciais, sejam estatais, autárquicas ou privadas, vão levar a um processo que vai legitimar e institucionalizar o Serviço Social. A profissão do Assistente Social só vai se consolidar quando rompe com sua origem no bloco católico com o surgimento de demanda no Mercado de trabalho .

É interessante destacar que aparece um novo entendimento acerca da questão social, onde se observa que os serviços assistenciais que são oferecidos para uma parte da população engajada no processo produtivo, torna-se consumo produtivo para o capital e para o Estado. Surgem estímulos à cooperação de classes e as tentativas de ajustamento psicossocial do trabalhador , pois precisa-se impor a aceitação e interiorização das relações vigentes, é necessário que aceitem a hegemonia social do capital.

O processo de institucionalização e de profissionalização do Serviço Social ocorre de forma simultânea no processo histórico e por isso não dá para pensar o desenvolvimento e até a renovação do social sem estabelecer vínculos aos movimentos da sociedade brasileira. Notadamente, com a especialização da formação dos Assistentes Sociais e seus métodos de intervenção social, o Serviço Social passa a constituir-se numa profissão remunerada, objetivando solucionar os conflitos das classes menos favorecidas, deixando de lado o assistencialismo para dar base a uma prática institucionalizada, executando políticas sociais do Estado e das corporações empresariais.

As instituições passam a incorporar o Serviço Social para atuar em diversas práticas materiais como a medicina curativa e preventiva, assessoria jurídica, conjunto habitacionais entre outros. Esses setores eram definidos como setores populares e como a classe mais miserável e carente, desviada de um padrão definido como normal e acessível ao equipamento social e assistencial.

A ideologia e a lógica capitalista promovem o Serviço Social para os limites da contradição. O Serviço Social como legitimador dos direitos das classes pobres, esbarra na burocracia das instituições e posiciona-se como um mediador dos conflitos sociais que vão contra lógica da produção capital e exploração da força de trabalho, dificultando a acessibilidade do direito e do benefício ao indivíduo.

O Serviço Social tem o papel de facilitar e agilizar este acesso objetivando proporcionar maior rapidez e seguridade, para que não seja refém da intransigência funcionalista e da institucionalização. A partir de então, tem-se uma profissão legitimada pelo Estado.

Cria-se uma equipe multidisciplinar, para formular programas de prevenção e educativos que vão integrar diversos serviços e instituições assistenciais e sociais para assistir as populações em risco. O Serviço Social se separa dos estigmas da profissão, que o tinha como práticas assistencialistas e burocráticas e passa a ser detentor de um conjunto de especificidades e técnicas, intermediando as questões sociais refracionadas pelo capitalismo para assegurar a universalização dos direitos.

Ainda temos uma grande caminhada pela frente, cheia de batalhas que serão árduas com toda certeza. Mas esse será o nosso grande desafio.

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