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Serviço Social, Família e Segmentos Sociais Vulneráveis.

Por:   •  14/10/2017  •  1.282 Palavras (6 Páginas)  •  607 Visualizações

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A família em rede cumpre desfazer a confusão entre família e unidade domestica , a casa , imprecisão que tem conseqüência nas ações a ela pertinentes, uma vez leva a desconsiderar a rede de relações na qual se movem os sujeitos em família e que prove

os recursos materiais e afetivos com que contam.

O homem é considerado o chefe da família e a mulher , á chefe da casa, o homem corporifica a idéia da autoridade moral, responsável pela responsabilidade familiar. Á mulher cabe outra importante dimensão da autoridade: manter a unidade grupo. Ela que cuida de tudo e zela para tudo esteja em seu lugar. Importante ressaltar a pesquisa de Scott (1990) observou o mesmo padrão de família no recife , ao analisar diferentes percepções da casa pelo homem e pela mulher. Mostra que, no discurso masculino , a casa deve estar “ sob controle”, enquanto as mulheres ativamente a controlam.

Além disso, as famílias pobres dificilmente passam pelos ciclos de desenvolvimento do grupo doméstico, sobretudo pela fase de criação do filhos sem rupturas . As dificuldades enfrentados para realização dos papéis familiares no núcleo conjugal , diante de uniões instáveis e empregos incertos, desencadeiam arranjos que envolvem a rede de parentesco como um todo , a fim de viabilizar a existência da família

A vulnerabilidade da família pobre ajuda a explicar a freqüência de rupturas conjugais , diante de tantas expectativas não cumpridas. A noção de família define-se , assim , em torno de um eixo moral, suas fronteiras sociológicas são traçadas segundo o princípio da obrigação, que lhe dá fundamento , estruturando suas relações . Dispor-se ás obrigações morais recíprocas é o que define a pertinência ap grupo familiar. A relação entre pais e filhos constitui o único grupo em que as obrigações são dadas, que não se escolhem.

A sociedade brasileira, a família é um valor alto, entre os pobres sua importância é central, e não apenas como rede de apoio ou ajuda mútua, diante de sua experiência de fundamental, que organiza e ordena sua percepção do mundo, dentro e fora do mundo familiar.

É importante, na formulação de políticas sociais, manter o foco na família – homens, mulheres e crianças, entendida em sua dimensão de rede. No mundo simbólico dos pobres, a família tem precedência sobre os indivíduos, e a vulnerabilidade de um de seus membros implica enfraquecer o grupo como um todo.

A autora aborda as grandes mudanças que a família vem passando nas ultimas décadas do tradicional ao contexto atual, sendo apontada como principal ponto estratégico para criação e condução de políticas públicas e sociais. No contexto tanto a família como as políticas públicas e sociais são essenciais ao desenvolvimento e proteção de todos. Enquanto a família for tomada por base para criação de tais políticas, irá contribuir de forma efetiva na qualidade dessas e nos seus índices que refletem o desenvolvimento humano e comunitário. Sendo importante ter muita cautela e ser realista na criação das políticas, pois na atualidade não se define ao certo o que é mais adequado ou não a realidade da família, que por si só continua sendo o laço que une o cidadão à sociedade. A família ela não está desaparecendo e sim se desestruturando e se reinventando, o que está acabando é sua antiga idealização, e podemos ver que o texto faz uma retrospectiva das mudanças na concepção e no padrão da família principalmente com as mais recentes inovações tecnológicas em reprodução humana, mudanças essas que abalam o modelo idealizado existente, sendo importante considerar a própria concepção de família e os significados específicos que estas mudanças trazem sobre ela.

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