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RESPONSABILIDADE SOCIAL: SEGMENTOS E EXEMPLOS DE PROJETOS SOCIAIS

Por:   •  1/10/2018  •  4.776 Palavras (20 Páginas)  •  369 Visualizações

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sua estratégia de crescimento e competitividade através do voluntariado.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Conhecer como empresas conseguem maior competitividade no mercado, a partir da preocupação com o suprimento das necessidades da comunidade através do voluntariado;

• Mostrar como a responsabilidade social com foco no voluntariado pode ser de grande valia para vantagem competitiva.

• Apresentar o trabalho social realizado por algumas organizações, seus programas e entidades

3. JUSTIFICATIVA

Pretende-se com o trabalho apresentado identificar como as organizações, conseguem com as atividades relacionadas ao voluntariado, materializar uma vantagem competitiva face à concorrência e ao crescimento no mercado. O presente trabalho baseia-se em mostrar como organizações obtêm a aceitação do mercado tendo como foco o investimento na sociedade, bem como mostrar que é possível fazer com que a empresa cresça não visando apenas o lucro dos acionistas, mas também melhorando o ambiente interno e a sociedade em geral.

4. REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 Histórico e conceito de Responsabilidade Social

4.1.1. Histórico de Responsabilidade Social

Desde os primórdios, filantropia e a assistência não eram vistas como principio para sustentabilidade das organizações, fato não internalizado na cultura empresarial brasileira. Segundo Rico (2001), até o início do nosso processo de industrialização mesmo a partir dele as ações sociais empresariais foram heterogêneas, pontuais, dependentes e tuteladas pelo Estado. Inexistiam ações assistenciais sistemáticas aos pobres, partir de medidas tomadas pelo Estado. A prática dessas ações era uma forma de os ricos ascenderem aos valores aristocráticos, pela prática do “bem” através de esmolas (SPOSATI, 1988). O Estado brasileiro limitava-se a reconhecer as ações assistenciais praticadas pelas irmandades, atribuindo um papel diferenciado à Igreja.

Através da intensificação do processo tecnológico por meio das sofisticadas tecnologias de informação a partir dos anos 80, da extinção das fronteiras dos Estados, da socialização e da polarização nacional-global, ocasionou o início do processo político denominado globalização econômica.

Com o novo cenário mundial, a concorrência fica mais acirrada e os consumidores mais exigentes. Isso é demonstrado claramente quando Paes fala sobre este processo de globalização:

Diante dessa nova organização empresarial global, as organizações privadas possuem uma nova diretriz nos rumos da obtenção do lucro, pois simplesmente as vantagens oferecidas em relação a valores (preços) não estão sendo suficientes para a obtenção de um mercado consumidor. Cada vez mais a qualidade do produto está relacionada à relação da empresa com a sociedade e seu comportamento ético e esses fatores determinam o comportamento dos consumidores (PAES, 2003, p. 25).

Fica claro que a Responsabilidade Social se torna um fator diferencial para as organizações que desejam obter sucesso, pois aplicando-a de forma consciente, agregam valores perante a sociedade e ao mercado, valorizando a empresa.

4.1.2 Conceitos de Responsabilidade Social

Com base nos conceitos estudados sobre a responsabilidade social das empresas, pode-se defini-la como o comportamento da organização que externa a sua real preocupação com o desenvolvimento econômico, social, cultural e ambiental da sociedade.

Segundo Ursini e Sekiguchi (2005) a Responsabilidade Social é abordada como a relação ética e transparente da organização diante de sua cadeia de relações, que por sua vez também se compõe de grupos de pessoas com seus valores, identidades e as inter-relações entre os princípios, pessoas e organizações em direção ao desenvolvimento sustentável. Mas, será que a Responsabilidade Social se refere apenas a uma relação ética e transparente da organização em relação aos seus parceiros?

Sobre isso Kreilton (2004) afirma que a Responsabilidade Social é o compromisso empresarial com o desenvolvimento econômico sustentável, em conjunto com a comunidade local e com a sociedade em geral, para melhorar a qualidade de vida e alcance dos objetivos organizacionais. Os governos vêem na Responsabilidade Social formas de minimizar os impactos das atividades econômicas.

Para Leão (2003) apud Neto (2007), a Responsabilidade Social pode ser definida como o processo político-participativo que integra as sustentabilidades econômica, ambiental e cultural, coletiva e individual, tendo em vista o alcance e a manutenção da qualidade de vida, seja nos momentos de disponibilização de recursos, seja quando dos períodos de escassez, tendo como perspectivas a cooperação e a solidariedade, entre os povos, as gerações e organizações. Neto (2007) utiliza uma definição mais política de Responsabilidade Social, ou seja, a definição utilizada pelo autor diz respeito mais a questão de governo, sendo mais adequada à gestão pública, pois, só os governos podem articular políticas de sustentabilidade econômica, ambiental e cultural entre os povos, ou seja, entre as nações.

Para se manterem sustentáveis no mercado competitivo, as empresas terão cada vez mais que preocupar-se com posturas que resgatem princípios e valores éticos com os consumidores e os colaboradores, obedecerem às leis, respeitem a natureza e repudiem o trabalho infantil (MACHADO FILHO E ZYLBERSTAJN, 2004).

Essa relação entre organização e sociedade reflete a procura por uma imagem legítima, de modo que muitas empresas têm se dedicado a estratégia até pouco tempo atrás desnecessárias e negligenciadas. As empresas almejam articular relações com o ambiente para justificar, garantir e consolidar, face aos grupos de interesse, o direito de comercializar (KREITLON e QUINTELLA, 2001).

Friedman (1963) enfatiza que a relação da organização com a Responsabilidade Social é meramente econômica, pois as empresas a encaram como uma obrigação legal ou para benefício próprio, atraindo a sociedade através de projetos e programas de inclusão social, mas com o foco na divulgação de produtos e serviços.

As origens da responsabilidade social remetem aos primórdios da organização. Segundo Fellenberg (1980) apud Araújo (2008) na Grécia antiga e também na antiga Roma nota-se as organizações sendo cobradas a respeito de sua

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