O Ritos Sociais em Moçambique

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De acordo com os dados obtidos na internet na pagina do governo mais de dezoito mil (18000) famílias estão a ser afectadas pela seca na província de Maputo, sul de Moçambique e mais de quatro mil (4000) familias estão em situação de dependência alimentar. Neste contexto há que referenciar que os mais afectados pela seca não só em Maputo, mas também Gaza e Inhambane são camponeses os que tem a agricultura como fonte de sustento e de renda, isto é, tem a agricultura como porto seguro de sua sobrevivência.

As previsões iniciais para a época, de chuva normal e acima do normal para a região sul, alimentaram as esperanças do agricultor Timóteo Machava. Mas agora, diz “não tenho nem sequer meio hectare para trabalhar. Decidi parar de trabalhar e fazer apenas algo para a minha subsistência e a da minha família. Porque não temos água, não temos nada. Pode-se tentar apanhar água e regar um dia. Mas no segundo dia, todas as culturas já estão secas. O calor queima mesmo”.

Por outro lado Ernesto Macaringue, agricultor e criador de gado na região de Marracuene, a 30 km a norte da capital do país, viu a produção de arroz perdida por falta de chuva. E diz, apontando um campo seco: “Como vê, este campo aqui, é um campo em que já estaria a colher arroz. Mas como houve este problema de falta de água, o campo está assim como vê”.

Um relatório do Gabinete da Coordenadora Residente das Nações Unidas em Moçambique indica que 380 mil pessoas precisam de assistência devido à seca. O número inclui residentes das províncias de Maputo, Gaza e Inhambane, no sul.

Na pior das hipóteses 1,8 milhão de pessoas podem precisar de assistência no período compreendido entre março e a próxima estação das chuvas. A avaliação é do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutrição, Setsan.

O Plano de Contingência 2015/2016 está orçado em cerca de US$ 12,9 milhões para responder às necessidades imediatas que possam surgir devido a inundações, secas e ventos fortes.

A seca tem tido um impacto negativo na vida de todos Moçambicanos, pois condiciona o agravamento da pobreza e fome no país.

- Efeito da seca para a Pecuária

A seca para além de afectar a agricultura, afecta também de forma negativa a pecuária pois tem sido motivo de perda de muitas cabeças de gado, conforme testemunha Arnaldo

Mutombene. Segundo, Arnaldo Mutombene, criador de gado, no distrito da Moamba, 80 km a oeste da capital, Maputo, está desesperado porque não sabe onde levar o gado para beber água: “As nossas cabeças estão a morrer, não têm capim. Lá no nosso bairro já perdi trinta e cinco cabeças”.

De acordo com o jornal da noite da STV de 01/03/2016 as 20:09 cerca de 30 cabeças de gado morreram no distrito de Guvuro.

Não se sabe ao certo quantas cabeças de gado bovino, suino ou aves que foram perdidas mas a estimativa é em torno de 12000 até o momento da realização do presente trabalho .

- A seca perante o desenvolvimento, agrícola industrial e empresarial

A indústria e o comércio enfrentam dificuldades de progressão devido aos baixos níiveis de reservas hídricas. A economia já demonstra os reflexos do clima atípico, extremamente seco e diferentes segmentos produtivos. Na regiao sul do País onde temos uma maior e concentrada parte da indústria, empresa instensivas no uso de água – como as de bebidas, química, abate de aves – começam a debater soluções imediatas para mitigar a seca durante o ano.

Na agricultura, a estiagem atrapalha uma parcela da cultura, mas os efeitos estão sendo sentidos de facto entre os produtores de milho. Como a lei garante prioridade de abastecimento humano, a agricultura e a indústria devem ser directamente impactadas . apenas no sector das hortículas, a crise da seca deve afectar pelo menos 50% dos produtores .

No sector empresarial a seca não tem um impacto muito notável apenas nas empresas que produzem produtos agrícolas.

A queda na produção deve comprometer futuros investimentos e causar pressão inflacionária por causa do aumento do preço de alimentos. No comércio, a preocupação é o consumo inteligente o que permitiria ao sector a redução de até 60% o uso de água.

- Efeito da seca para o Turismo e para os outros sectores

A seca tem causado diminuição de caudais de vários rios como por exemplo do rio Limpopo, rio Save que regista o pior caudal nos ultimos dez anos, e o rio Zambeze. Estes que contribuem para a beleza do nosso país.

Até o dia 1 de Maio de 2016 o caudal do rio Zambeze estava a 9 metros abaixo dos níveis recomendados e se a situação prevalecer há probabilidade de haver restrições no fornecimento de energia.

O rio save regista pior baixa de caudal nos últimos 10 anos devido a seca no sul do país.

Um dos pontos que mais chamava atenção no sul do país pela sua beleza que são as cascatas de Namaancha e era um dos sitios que despertava interesse e curiosidade por parte dos Turistas que visitavam o País. Hoje em dia o lugar está seco e sem vestigios de beleza que apresentava em periodos passados onde as familias passavam seus tempos de Lazer.

- Efeito Macroeconómico

A seca reduz a quantidade de produtos agrícolas ofertados no mercado, pelo que causa desequilibrio entre a procura e oferta, sendo a procura de produtos maior que a oferta tem como consequência o agravamento de preços (inflação) verificada nos ultimos meses do ano corrente(2016).

O que reduz o a capacidade aquisitiva dos consumidores porque com o mesmo valor monetario ele adquiri menos quantidades comparativamente a periodos anteriores.

A seca reduz o investimento pois afecta o retorno empresarial nessa area agricola.

A seca causa uma redução da produção agrícola afecta negativamente o PIB sendo que a produção interna tem um peso significativo no PIB do nosso país o que contribui para o retrocesso do país.

O crescimento e desevolvimento economicos estão interligados entre si, assim sendo a seca tem um efeito negativo em todos sentidos.

- Medidas tomadas pelo governo para mitigar o efeito da seca

Uma das medidas tomadas pelo governo foi a disponibilização de 300 toneladas de sementes ao