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GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Por:   •  2/4/2018  •  4.567 Palavras (19 Páginas)  •  359 Visualizações

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A maioria das gravidezes na adolescência não são planejadas, isto é acontecem sem intenção, causada por diferentes individuais ou sociais. Porém, não é por isso que a gravidez não vai ser bem vinda.

Os repetidos casos que aparecem nos consultórios de psicólogos e médicos, apontam que muitas dessas adolescentes possuem desejo de serem mais, da qual elas não tem consciência. A falta de um projeto de orientação sexual nas escolas, família, comunidade de bairro, igrejas. A mídia é outro vilão nessa questão, exagerando na erotização do corpo. Algumas pessoas que são vista na passarela, revista, cinema e televisão, são para os adolescentes verdadeiros ídolos, ídolos esses que passam uma imagem de liberação sexual, e a tendência de um fã é sempre copiar o que seu ídolo faz.

Ao se admitir que a realidade social, por ser constituída de diferentes classes e grupos sociais, é contraditório, plural, polissêmica, isso implica a presença de diferentes pontos de vistas e projetos políticos, será então possível compreender que seus valores e seus limites são também contraditórios. Por outro lado, a visão de que a constituição da sociedade é um processo histórico permanente e permite compreender que esses limites são potencialmente transformadores pela ação social. A escola não muda a sociedade, mas pode, partilhando projetos com segmentos sociais que assumem os princípios democráticos, articulando-se a eles, constituir-se não apenas como espaço de reprodução, mas também como espaço de transformação sociais.

No Brasil, os números ultrapassam os 20% com cerca de 2 milhões de jovens, de ambos sexos, o que significa 21,84% da população brasileira.

Esse grupo populacional se encontra vulnerável à gravidez, à violência sexual e as doenças sexualmente transmissíveis incluindo a AIDS, sendo que as adolescentes menores de 18 anos apresentam maior índice de complicações e mortalidade materna.

Vivemos numa sociedade altamente erotizada e a mídia contribui com grande intensidade pela exibição de filmes, novelas, programas e comerciais onde o erótico, muitas vezes o pornográfico, está presente, transformando fatos que gerariam problemas na vida real em situações, que se resolvem melhor na tela da TV. Com freqüência, assistimos profissionais não capacitados a analisar questões da sexualidade, transmitindo como verdade sua visão distorcida do tema.

Por isso a orientação sexual é um assunto que deve ser discutido, trabalhado e incluído no currículo escolar e na família, pois o tema é infelizmente deturpado por alguns pais e pelos jovens.

A escola e a família cumprem importantes papéis na educação sexual dos adolescentes. A maioria das instituições, erroneamente, pensa que é possível controlar a sexualidade dos jovens e os pais acham que os filhos são pequenos demais para falar sobre o assunto.

- METODOLOGIA

O estudo será feito nos conceitos bibliográficos de autores voltados à temática e de abordagens qualitativas e quantitativas, permitindo assim apresentar informações da gravidez na adolescência, através de minuciosas leituras de diversos autores que enfocam essa temática e fundamentarem a pesquisa.

- REFERENCIAL TEÓRICO

7.1- Adolescência: Uma fase de oportunidades

A adolescência é a fase de transição entre a infância e a idade adulta, caracterizada pelas transformações físicas e psicossociais. Nessa fase, os jovens assumem mudanças na imagem corporal, de valores e de estilo de vida, afastando-se dos padrões estabelecidos por seus pais e criando sua própria identidade.

Na sociedade atual, os adolescentes destacam-se não só como parcela significativa da população, mas como um grupo de pessoas com expressões peculiares de conduta que precisa de apoio para vencer com sucesso a passagem da condição de criança para o desabrochar de um adulto capaz de se realizar em sua dimensão mais ampla de ser humano.

Segundo o relatório situação Mundial da Infância 2011, apresenta a adolescência como foco da análise, descrevendo essa fase da vida como um período de oportunidade. A novidade é o reconhecimento de que há um equívoco em entender a adolescência como um problema. Em lugar de serem vistos como oportunidade, os adolescentes são vistos, por exemplo, como ameaça para as famílias e para a sociedade.

As fronteiras da adolescência, como etapa especial do desenvolvimento humano, têm variado no tempo e no espaço e de uma cultura para outra.

Muitas vezes suas necessidades não são levadas em considerações pelas políticas públicas e tomadores de decisão. Diante disso, o relatório convoca toda a sociedade a inverter a lógica tradicional, que costuma reduzir a adolescência uma fase de risco e vulnerabilidade. A idéia é a visão dessa fase da vida como oportunidade não apenas para os próprios adolescentes, mas também para suas famílias, suas comunidades, os governos e a sua sociedade.

O adolescente, com mais intensidade do que pessoas em outra fase da vida, necessita ser aceito e reforçado pelo grupo social a que pertence, suprindo suas carências de segurança, participação e auto-estima. Por outro lado, quando um membro não se comporta segundo as regras e as expectativas do grupo, a pressão interna desse grupo é muito forte.

Para a UNICEF, a adolescência representa para os próprios adolescentes uma oportunidade de socialização, construção da identidade e autonomia. Para as famílias a adolescência é um convite para descobrir um mundo novo. As escolas podem aproveitar a facilidade de aprendizado dessa fase e contribuir para que os estudantes adquiram o conhecimento necessário para desenvolver seu potencial. A comunidade se beneficia com a característica natural da adolescência de agir coletivamente. Na esfera das políticas públicas, devem ser ampliados os canais para que os adolescentes exerçam em relação a sua realidade.

Em um processo de identificação, os jovens vêem, no ambiente a sua volta, a ressonância de suas próprias características, enquanto a sociedade percebe e explora os componentes vulneráveis dessa metamorfose.

Enquanto o senso comum costuma estigmatizar as pessoas nessa etapa da vida, com ênfase nos dados de gravidez precoce, doenças sexualmente transmissíveis e infrações cometidas, é preciso ressaltar a necessidade de compreender as trajetórias de vida para identificar as razões e reverter à falta de acesso a direitos básicos

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