Franz Boas e a Formação da Antropologia Americana
Por: Sara • 16/4/2018 • 1.474 Palavras (6 Páginas) • 324 Visualizações
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A ideia central da crítica de Boas, está pautada na defesa de que não há provas que os objetos semelhantes agrupados por pesquisadores possuem a mesma origem, isto é, os evolucionistas não contextualizavam o objeto/elementos das sociedades em sua totalidade, Boas defendia que elementos iguais de culturas diferentes podem ter significados diferentes, não necessariamente possuem a mesma origem. Para Boas, o método comparativo não abrangia a totalidade de um grupo, pois comparava elementos isolados.
O cerne de sua crítica está no método comparativo, ao criticar o método, a crítica estendia-se ao princípio.
Depois, Boas criticava também a forma de levantar dados, que, para ele, não eram válidos por estarem descontextualizados, a comparação de fenômenos não provaria a unidade da Humanidade, pois, de acordo com Boas, diferentes caminhos podem levar a fenômenos similares, assim como pode ocorrer com a forma oposta. Sendo assim, o método não era capaz de provar o princípio de que a mente humana obedece à mesma lei, em diferentes lugares. Boas defendia que a origem comum das variantes culturais deve ser investigada e não atribuída à priori, novamente, a defesa de contextualização da totalidade de um grupo.
- Raça e Progresso
Existe uma questão pessoal sobre a escrita de Raça e Progresso pelo fato de Boas ser judeu, portanto, definiu uma teoria que refutasse o determinismo biológico. Propõe um conceito de cultura que fosse capaz de explicar a diversidade humana.
Critica a ideia de raças miscigenadas como raças degeneradas, na verdade, Boas não acredita na ideia da existência de uma raça pura, até porque demonstra que as sociedades europeias são extremamente miscigenadas.
Boas questiona o argumento de que a guerra seria responsável por manter a pureza natural como forma de seleção natural.
Defende que a cultura, sociedade, história, geografia, entre outros aspectos explicam as diversidades, portanto, nega a raça como concepção biológica.
Nega também o conceito de antipatia racial como sendo um aspecto natural do ser humano, e defende que essa antipatia é na verdade apreendida de forma social.
Aula 4 – Cultura
O conceito de Cultura em Antropologia
- Adam Kuper
Paralelo entre o Positivismo (funcionalismo) e Idealismo
- Positivismo
Leis Universais
Sistemas teóricos para explicação do mundo
- Idealismo
Particularismo
Investigação (empiria)
Separação de costumes (ciências da mente) x natureza
Kuper defende que o conceito de cultura, defendido por Boas, vem do Idealismo.
- Conceito de cultura em Boas
Separação da raça enquanto um sentido biológico. O conceito de cultura com o objetivo de explicar a diversidade. Existe uma influência alemã – Gueist
Gueist, ou ciência da mente em alemão se caracteriza por basear-se pela ideia de símbolos: as pessoas vivem em um mundo de símbolos que orientam a ação do indivíduo, sendo os símbolos responsáveis por dar coerência ao mundo.
De acordo com Boas, existe um mundo simbólico – símbolos e valores, que molda o indivíduo. Sendo assim, a cultura pertence ao reino das ideias e dos valores, deve esta ser concebida sempre no plural, não existindo a ideia de uma Cultura.
Cabe ao antropólogo observar e compreender as características específicas de cada grupo.
A sociedade, a tradição, o espirito do povo são fatores que compõem uma cultura.
Existe a ideia de uma totalidade, isto é, cada grupo possui sua cultura, que representa o todo, inclui todo, exceto o caráter biológico. Dessa ideia de totalidade, Franz engloba a ideia da cultura como uma somatória de elementos, mas também com o conceito de cultura que é integrada e coerente em relação ao todo. Existe, portanto, um paradoxo existente no pensamento de Boas, entre a cultura como somatória e a de integração e coesão da totalidade, ou seja, a cultura como um todo, porém um todo que é constituído por partes.
Boas abre caminho para que o conceito de cultura seja desenvolvido por seus discípulos e para que tal paradoxo seja resolvido.
- A Cultura nos Culturalistas
Relativismo cultural
Totalidade integrada e coerente
Ênfase nos particularismos
Parte central da cultura – Valores apreendidos e transmitidos de geração em geração.
Cultura como agente que molda o comportamento do individuo
Aula 5 – Os discípulos de Boas: Ruth Benedict
O crisântemo e a espada
O livro é encomendado, escrito em 1944, durante o período de guerra, o objetivo da obra era o de compreender a cultura dos japoneses para que os EUA pudessem enfrenta-los. Uma vez que, compreendendo a cultura, significa compreender os costumes, formas de agir e formas de pensar.
- Características do conceito de cultura
Totalidade
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