Extremismo religioso
Por: Kleber.Oliveira • 28/4/2018 • 3.380 Palavras (14 Páginas) • 335 Visualizações
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Na Idade Média
A igreja vem de muitos tempos com esse poder político em sua posse, logo na Idade média, a religião cristã nasce durante o império Romano, se expandindo, conquistando poder e ganhando um grande número de seguidores. Ela sobrevive á degradação do Império Romano no Ocidente e ao mesmo tempo se transformava em uma das maiores e mais poderosas Instituições de seu tempo. Em uma sociedade fragmentada, a Igreja católica garantia não só a unidade religiosa, mas também a política e a cultural. Com o controle da fé, ela ditava a forma de nascer, morrer, festejar, pensar, enfim, de todos os aspectos da vida dos seres humanos no mundo medieval.
Alguns integrantes da Igreja Católica foram extremamente importantes para a preservação da cultura. Enquanto parte do alto clero (bispos, arcebispos e cardeais) preocupava-se com as questões políticas e econômicas, muitos integrantes da Igreja Católica colocavam em prática os fundamentos do cristianismo. Os monges franciscanos, por exemplo, deixaram de lado a vida material para dedicarem-se aos pobres.
Como religião única e oficial, a Igreja Católica não permitia opiniões e posições contrárias aos seus dogmas . Aqueles que desrespeitavam ou questionavam as decisões da Igreja eram perseguidos e punidos. Na Idade Média, a Igreja Católica criou o Tribunal do Santo Ofício (Inquisição) no século XIII, para combater os hereges (contrários à religião católica). A Inquisição prendeu, torturou e mandou para a fogueira milhares de pessoas que não seguiam às ordens da Igreja.
O poder da Igreja veio a cair por volta do Século XIV, quando se inicializava o Renascimento. A principal característica do Renascimento foi sua busca por compreender a humanidade como um todo. Preocupação, aliás, que orientou o desenvolvimento das ciências, da política, das artes e até da religião, que passaram a colocar o ser humano no centro de suas pesquisas (antropocentrismo, do grego, antropos = ser humano. Ao romper com os paradigmas defendidos pela Igreja Católica, o Renascimento representou a ascensão dos ideais burgueses sobre o pensamento e a cultura medieval. A mentalidade renascentista rompeu com a visão de mundo onde a religião ocupava o centro de todas as questões. Para os humanistas, o centro de toda e qualquer pesquisa deveria ser o próprio ser humano e não a religião, como acontecia anteriormente.
Como resultado imediato disso tudo, a Igreja deixou de ser vista como aquela que tinha uma resposta para todos os problemas da vida e da sociedade. Com suas estruturas ideológicas abaladas, a Igreja Católica perdeu muito de seu poder político e, por incrível que possa parecer, também perdeu muito de seu prestígio mesmo no meio religioso, pois novas interpretações, principalmente humanistas, sobre a religião passaram a surgir, principalmente com a Reforma Protestante.
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Islamismo e Política
Quando se fala na questão árabe-israelense, o que vem a mente é de que o motivo principal dos conflitos é a diferença religiosa entre eles. Muçulmanos contra judeus. Mas, na verdade as diferenças religiosas não é a causa dos problemas: estes residem em questões de fundo econômico e político. O nascimento de Israel se deve a decisões da Organização das Nações Unidas, sob influência, especialmente, dos ingleses que ocuparam a região até o final da Segunda Guerra. É um país pró-ocidental que nasceu no momento de retomada da soberania, privada aos árabes por muitas décadas. Além do mais, o reconhecimento de Israel como Estado soberano implicava expatriação dos palestinos. Dessa forma os judeus passavam a ter o seu Estado Nacional, enquanto aos palestinos restava vagar pelos países vizinhos, gerando problemas de aceitação. Após a Guerra dos Seis Dias, onde Israel, com o auxilio do material bélico ocidental, ocupou novos territórios árabes, em especial a região prevista pela ONU para a criação do Estado palestino, inúmeros protestos foram feitos àquela entidade o que provocou uma decisão que obrigava Israel a abandonar a zona ocupada.
Há, aproximadamente, duas décadas, Israel vem alegando questão de segurança, se escudando do território de organizações palestinas, desrespeitando a decisão da ONU. Além disso, nos últimos anos Israel vem ampliando, o processo de formação de colônias judaicas nos territórios palestinos. Dessa forma fica claro que o interesse israelense e árabe não é religioso, mas sim político e econômico, tendo em vista que todo o conflito gira em torno da ocupação da Terra Santa.
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Terrorismo
Cometida por extremistas islâmicos com o propósito de atingir variadas metas política e/ou religiosas. O terrorismo islâmico foi identificado como tendo ocorrido em determinados locais presentes no Oriente Médio, África, Europa, Ásia Meridional (incluindo Índia e Paquistão), Sudeste Asiático, e nos Estados Unidos, desde pelo menos a década de 1970.
Organizações terroristas islâmicas se envolveram em táticas que incluem ataques suicidas, seqüestros, seqüestros de aviões e vêm recrutando novos membros através da Internet.
Alguns autores, como o cientista político americano Robert Pape, argumentam que ao menos os terroristas que se utilizam de ataques suicidas uma forma especialmente eficaz de ataque terrorista não são impulsionados por qualquer forma de islamismo mas sim por "um objetivo estratégico claro: forçar as democracias modernas a retirar suas forças militares do território que os terroristas vêem como suas pátrias." Já o estudioso americano Martin Kramer debateu com Pape a respeito da origem dos atentados suicidas, e opôs-se à posição de Pape, afirmando que a motivação para os ataques suicidas não seria apenas uma lógica estratégica, mas também uma interpretação do islamismo que fornecia a tais atos uma lógica moral; como exemplo, ele cita o fato do Hezbollah ter iniciado uma campanha de atentados suicidas após uma reforma complexa do conceito do martírio naquela religião. Segundo Kramer, a ocupação israelense do Líbano teria aumentado a temperatura necessária para esta interpretação do islamismo, porém apenas a ocupação não teria sido suficiente para gerar o terrorismo suicida. "A única maneira de colocar um freio no terrorismo suicida", segundo ele, "é enfraquecer a sua lógica moral, encorajando os muçulmanos a ver a sua incompatibilidade com seus próprios valores."
O ex-analista da CIA
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