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Caso Concreto: ATIVIDADES ESTRUTURADAS PARA AV2

Por:   •  4/12/2017  •  2.263 Palavras (10 Páginas)  •  451 Visualizações

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A grande questão do filme é a diferença entre as duas classes abordadas. A grande depreciação do ser humano é altamente evidenciada com os trabalhadores: a troca de comida por favores sexuais; cada indivíduo dentro da família ser “contabilizado” com o quanto ganhará no trabalho; a “caridade” dos burgueses com os trabalhadores, quase como reservada aos animais; a falta de individualidade de todos.

A partir da análise do filme Germinal, procuramos compreender o discurso ideológico em defesa do proletariado. Seja através das escolhas dos elementos apresentados, exploração e situação de miséria dos trabalhadores, seja por meio da montagem das imagens, confrontação de elementos distintos, percebemos que o filme traz algo a mais, um ponto de vista próprio, elementos que são destacados com o intuito de levar uma mensagem ao espectador. Assim, concluímos que as transformações e adaptações de imagens e falas dos personagens ao longo do filme não são feitas de forma inocente, e têm o propósito de afirmar um discurso ideológico apresentado pelo autor.

2-QUADRO COMPARATIVO SOBRE ESTADO DE NATUREZA, SOBERANIA E CONTRATO SOCIAL NAS OBRASDE HOBBES E ROUSSEAU.

- ESTADO DE NATUREZA

Segundo Hobbes os homens são todos iguais conforme a sua natureza. O estado de natureza é a liberdade e igualdade de todos. O filósofo aponta que não há grandes diferenças entre os homens, até o mais fraco tem capacidade de matar o mais forte. Neste estado de igualdade, também os direitos de todos são iguais Eles almejam às mesmas posses e ideais, e uma vez que algum desses não puder ser gozado por todos, eles viverão em estado de guerra, afim conquistar por força, ou para tentarem conquistar aquilo que ainda não tem. O estado de guerra, para ele, não consiste apenas na batalha ou combate corporal, mas também no risco eminente de que a guerra aconteça, chama este estado de guerra de todos contra todos. Neste risco, não existe paz e daí a necessidade do pacto com um soberano. A soberania garante a conservação da vida dos associados a esse pacto, porém, esses “associados” cedem seus direitos a ele. O Estado com autoridade absoluta seria necessário para evitar a guerra entre os indivíduos. Fica explicita a posição favorável em relação à monarquia ou qualquer outra forma de soberania.

Para Rousseau, o estado de natureza é a liberdade. Mais do que isso: no estado de natureza, o homem é forte, é saudável, independente. É só quando este sai deste estado e passa ao estado civil que começam os problemas: doenças, desigualdades, fome. Portanto, só no estado de natureza é que o homem vive plenamente. Rousseau questiona a “necessidade natural” de ceder os direitos a um soberano, uma vez que este poderá não se ocupar com a vontade geral do povo, mas apenas consigo mesmo, uma vez que aquele que detém o poder também é detentor de vontades próprias e individuais, e poderá utilizar os direitos do povo como meio para o fim que é a própria auto conservação. Para este pensador o estado de natureza era um período de selvageria fundamentalmente insatisfatório, onde os aspectos negativos dificultavam demasiadamente - quando não inviabilizavam - a vida em coletividade. Devia, portanto, constituir apenas o degrau inicial para um estágio mais avançado, isto é civilizado, da humanidade

- SOBERANIA

A teoria da soberania de Hobbes via na monarquia a melhor forma de governo, mas não tinha a pretensão de fazer da monarquia governos totalitários e absolutos. Acreditava que a soberania decorria da renúncia do poder por parte do povo, que o transferia a uma única pessoa, devendo obedecer às determinações desta pessoa, desde que os demais também o fizessem. Isto não indica que uma pessoa seja mais forte que as outras, apenas que deteve o poder da maioria. Deve-se acatar a decisão do soberano como a melhor para a conservação da paz civil.

A soberania é a supremacia que faz com que o poder do Estado se sobreponha aos demais poderes sociais, que lhes ficam subordinados. A soberania assim entendida é a noção de predomínio que o ordenamento estatal exerce num certo território e numa determinada população sobre os demais ordenamentos sociais. Assim, pode-se entender que o que está por trás do pensamento ou teoria de Hobbes não é a pessoa do rei, mas o conceito de Soberania de Estado.

Para Rousseau, todos os cidadãos são livres e iguais, tendo em conta que não são mandados por um indivíduo em concreto, recebendo antes ordens de um sujeito indeterminado que representa a vontade geral. A soberania para Rousseau é inalienável e indivisível. Porém o povo não pode exercê-la de maneira direta, não se pode governar a si mesmo e, portanto, tem o direito ou dever de transferir, de alienar a soberania em favor de uma pessoa, de um grupo de pessoas ou de uma família para que governem a sociedade. Rousseau acredita na democracia como melhor forma de governo, uma vez que democracia está diretamente ligada com a natureza de associação dos homens. Entende-se que a vontade geral é a manifestação da soberania e a minoria, muitas vezes, engana-se quando discorda da maioria, pois esta representa vontade geral. Rousseau recomenda a criação de pequenos estados e a democracia direta.

- CONTRATO SOCIAL

Hobbes vê o contrato social como a solução para a superação tanto da violência como da insegurança coletiva existentes no Estado da Natureza e como o alicerce da constituição do corpo político - o Estado - necessário a sobrevivência do Homem em Sociedade. Contudo, o pacto social, para Hobbes, só é obrigatório e legitimo se alcança plenamente o fim para o qual foi firmado: a segurança e o bem-estar da Coletividade. Neste sentido, o titular da Soberania - o Estado Absoluto - é legítimo na medida em que garante a paz e o bem comum à todo somente o Estado, um poder acima das individualidades, garantiria segurança a todos. Para evitar seu fim e promover o bem comum, os homens selariam um pacto, um contrato, que evita a sua destruição. Hobbes atribui a este contrato social a criação do Estado, de poder absoluto.

Rousseau afirmava que a liberdade natural do homem, seu bem-estar e sua segurança seriam preservados através do contrato social. Percebeu que a busca pelo bem-estar seria o único móvel das ações humanas e, da mesma, em determinados momentos o interesse comum poderia fazer o indivíduo contar com a assistência de seus semelhantes. Por outro lado, em outros momentos, a concorrência faria com que todos desconfiassem de todos. Dessa forma, nesse contrato social seria

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