CIÊNCIAS SOCIAIS
Por: eduardamaia17 • 24/10/2018 • 3.077 Palavras (13 Páginas) • 337 Visualizações
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Existem vários tipos de cultura espalhados pelo mundo, cada uma com sua peculiaridade, tanto pela sua culinária, vestimenta, etc. Até mesmo dentro de uma sociedade com sua própria cultura existem culturas menores que são as subculturas, ou seja, pessoas que vivem em um determinado país, mas, que na sua região é feita alguma coisa que nas outras regiões não se faz, no meio profissional existe um tipo de linguagem que só os profissionais entendem, em um país que tem uma certa cidade ou região colonizada por imigrantes com suas próprias crenças e costumes são alguns exemplos.
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3. A CLASSE OPERÁRIA VAI AO PARAÍSO
O operário, nas inúmeras das empresas pelo planeta a fora, tem um papel fundamental na linha de produção de uma empresa onde este tem como foco na maioria das vezes a produção em massa, visa produzir mais a cada dia, sem consciência de classe. Acredita que o trabalho duro pode lhe dar os meios para melhorar de vida. Por acreditar nisso, persegue caninamente as metas traçadas pelos patrões. Mas o dinheiro nunca é o bastante para satisfazer a todas as necessidades. O desgaste físico e mental impede que o trabalhador obtenha alguma fruição até mesmo dos objetos de consumo aos quais tem acesso.
Temos como exemplo Lulu, o personagem principal do filme “A classe operária vai ao paraíso”, de Elio Petri, realizado em 1971, o italiano Ludovico Massa, um metalúrgico, vítima de um acidente de trabalho, no qual perde um dedo. Lulu é um operário-padrão, o stakanovista, que se submete voluntariamente a um ritmo desumano de produção, na tentativa de ganhar um valor extra no salário referente a uma premiação por peça, fato lamentável que ainda ocorre nos dias de hoje em grandes empresas capitalistas. Lulu passa a servir de parâmetro para calibrar a produtividade dos colegas, quando os engenheiros de produção passam a exigir que os demais produzam tantas peças/tempo quanto ele.
Com isso, Lulu atrai a hostilidade de todos, não só dos colegas e dos militantes sindicais, mas também da mulher com quem vive e até de si mesmo. De nada servia uma casa mobiliada, de nada servia a televisão, que apenas apascentava o cérebro, sem alimentá-lo com nada útil. Aliás, se tivesse algum interesse em cultura, Lulu não teria tempo nem forças para dedicar-se à atividade de apreciar qualquer forma de arte ou literatura. Nem sequer a satisfação sexual ele conseguia devido à devastação física do trabalho. Ou seja, em todos os sentidos, o trabalhador é um ser mutilado, um homem pela metade, um rebotalho esmagado e triturado diariamente pela rotina massacrante. Lulu girava em círculos com sua raiva, frustração, desânimo, sem saber como encontrar a solução para a existência autodestrutiva em que vivia.
O incidente com Lulu é o ponto de partida para conflitos sindicais que culminam na demissão dele. Ele conscientiza-se da própria alienação, e paulatinamente se integra na atuação sindical, que culmina na sua readmissão ao emprego. Mas ele não é mais o mesmo operário modelo e não tem mais as mesmas ilusões de realização dentro do consumismo. Havia grupos que militavam na porta da fábrica estes estavam divididos em dois grupos: De um lado, os sindicalistas ligados à tradição da esquerda reformista, que desejam lutas parciais sem confrontação aberta para obter pequenos avanços à custa de um mínimo de mobilização e muita negociação. De outro, os militantes estudantis ligados à tradição da esquerda revolucionária que querem transformar a sociedade como um todo e precisam convencer os operários de que esse é o seu papel. Sobre um dos lados, pesa a suspeita de oportunismo. Sobre o outro, a de apenas fazer discursos e não pertencer àquela realidade.
A tarefa de levar a consciência de classe aos trabalhadores permanece sendo um dilema das organizações de esquerda, também aqui no nosso mundo real bastante distante do paraíso. Ao final, o filme parece terminar com uma nota otimista, pois demonstra que a consciência se produz na luta direta, fomentando a dialética entre os discursos da vanguarda organizada e os impulsos espontâneos dos trabalhadores. Aos trancos e barrancos, essa dialética avança. Não há soluções mágicas na construção de uma sociedade emancipada. Há um lento tatear no escuro, em que se aprende fazendo e se faz aprendendo.
Já falando nas interações sociais existentes no cotidiano da sociedade atual é necessário que haja contato social entre os indivíduos, ou seja, a partir do contato e da comunicação que se estabelece, deve haver uma modificação de comportamento das pessoas que interagem. As pessoas influenciam e também sofrem influência dos outros e quando isso ocorre dizemos então que existe uma interação social entre elas.
Dessa maneira podemos definir grosso modo interação social como sendo: a ação recíproca de ideias, atos ou sentimentos entre pessoas, entre grupos ou entre pessoas e grupos. A interação implica modificação do comportamento das pessoas ou grupos que delas participam. A base de toda vida social é a interação. Sendo ela responsável pela socialização dos indivíduos e também pela formação da personalidade.
Na interação social, as ações de uma pessoa dependem das ações de outros, e vice-versa, é o resultado de influência mútua. As interações sociais formam a base de toda organização e estrutura social na sociedade atual.
Os passageiros de um ônibus estão próximos fisicamente, mas nem sempre estão interagindo, sendo assim não constituem objeto de estudo sociológico.
Há uma discussão entre alguns pesquisadores sobre o papel desempenhado pelo meio físico de comunicação como: o livro, a televisão e outros meios modernos de comunicação social. Consideraremos que nesses casos ocorre uma interação não recíproca, pois aparentemente apenas um dos lados (televisão, livro, rádio) influência o outro.
Na realidade, por trás dos meios físicos, estão pessoas que levam em consideração o leitor (livro), o ouvinte (rádio) e o telespectador (televisão). Desse modo as pessoas que dirigem os veículos de comunicação de massa interagem com aqueles que os utilizam modificando seu conteúdo, Na realidade a interação é recíproca, só que intermediada por um veículo de comunicação de massa.
A interação social pode assumir diversas formas, que se denominam relações sociais. Nelas, os indivíduos e os grupos se relacionam de diversas maneiras e por meio de interações repetitivas de padrões de comportamento na vida social, que são
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