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ANÁLISE SOCIAL E O PROCESSO DE DEMARCAÇÃO DA SERRA DO EVARISTO

Por:   •  25/12/2018  •  1.244 Palavras (5 Páginas)  •  419 Visualizações

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2.2 Educação

A comunidade conta com uma escola, EEFM 15 de Novembro, lá funciona desde a pré-escola até o ensino fundamental, são 5 salas, um laboratorio de informatica e 15 funcionarios. O fato de a instituição ser apenas de nível básico, causa evasão dos moradores mais jovens.

2.3 Saúde

O único posto de saúde da comunidade encontra-se em reforma, o local de atendimento mais próximo de lá, está a nove quilometros de distância e não tem estrutura adequada para tratar qualquer tipo de enfermidade. Nesse caso a unica opção é dirigir-se à Unidade de Pronto atendimento em Baturité,o que causa preocupação, por conta da distância.

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2.4 Religião

Muitos falaram sobre a relação da comunidade com a religião. Contam que antes de existirem igrejas, a comunidade se reunia nas casas dos moradores, isto até a criação de um salão da comunidade, que mais tarde se tornou a atual capela. Os padres subiam a serra em cavalos ou jumentos para realizar “benção final” de pessoas moribundas. Ainda no contexto religioso, os jovens dançam o São Gonçalo para agradecer as bênçãos, pagar promessas, preservando os ensinamentos dos antepassados.

2.5 A demarcação como territorio quilombola, e descorberta do acervo indigena.

A Serra do Evaristo foi reconhecida em 11 de fevereiro de 2010, como comunidade quilombola. A consciência étnica é bem desenvolvida entre os moradores que assumem a sua origem afrodescendente, a maioria fala com orgulho da condição de quilombola. De repente é descoberto um passado adormecido e desconhecido dos atuais nativos. Um cemitério arqueológico que hoje é motivo de orgulho, e atrativo turístico, trazendo gente não só de vários recantos do país, mas também de países africanos. Entre 2010 e 2013 a comunidade trabalhou com afinco, superando as dificuldades, envolvendo autoridades, e conseguiram inaugurar um museu comunitário, onde foi resgatado um grande acervo indígena.

A inauguração do Museu ocorreu no dia 25 de setembro de 2013 com a presença de várias autoridades, abrindo um novo ciclo na comunidade, que além de ser quilombola também é indígena. Através desse Museu a comunidade vai poder conhecer o passado no qual viveram os povos que a precedeu, um verdadeiro espelho que oferece o entendimento de uma história encoberta pelo tempo.

2.6 desigualdade e disputa por territorio

A demarcação das terras gerou conflitos e reflexões na comunidade, Algumas familias se sentiam injustiçadas. Todos trabalhavam de metade com os proprietários, cultivavam a terra e tinham que entregar metade de tudo o que plantavam e colhiam ao dono da terra. Diante disso podemos observar que os quilombolas estão divididos em duas categorias em relação à posse da terra na comunidade. Existe os que são proprietários de pequenos lotes de terra e neles constroem a sua moradia e, em alguns casos, casas para alugar e um pequeno espaço para plantar e garantir a sua subsistência. Existem também os quilombolas que não possuem terra. Estes trabalham em terras coletivas que se localizam em outro local distante da comunidade e moram de aluguel em casa pertencentes aos quilombolas que têm terra.

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É exatamente essas diferenças que alimentaram as discussões entre os comunitários e dificultaram a demarcação realizada pelo INCRA, deixando muitas famílias insatisfeitas. Os quilombolas proprietários de lotes de terra no Evaristo resistiam à demarcação por temer perder a propriedade de terra. Já os que não possuíam terra, enfretavam “ o medo de perder o que não se tinha”. As relações de poder e desiguldades decorrentes da posse da terra no quilombo de Evaristo representaram um desafio para a comunidade e expuseram o caráter progressista das políticas do INCRA.

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3 CONCLUSÃO

A terra demarcada foi entregue para posse coletiva dos quilombolas, o que gerou um choque entre o comunitário e o privado. Na verdade, todo proprietário continua habitando e trabalhando no seu lote de terra como antes da demarcação. O que muda é que este não pode mais vender a terra. Se desejar, o morador pode solicitar indeminizaão e entragar esta terra a posse coletiva da comunidade da qual também faz parte.

Hoje todos estão satisteifos e perceberam o que os une para além território de comunidades tradicional, caracterizam-se por serem, mais fortemente, ligados ao campo simbólico, e não simplesmente às relações de poder, propriedade ou controle político da hegemonia econômica.

Nosso intuito é apresentar o território, à história, às lutas, à identidade, às práticas, às vivências, aos rituais, entre outros, se aglutinam formando uma conjuntura legitimadora de um território vivido, facilmente perceptível e principalmente dar maior visibilidade à comunidade no meio acadêmico, para que assim, tenhamos noção de seus problemas, abrindo caminho para futuros estudos a fim de desenvolver possíveis soluções.

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4 Referências Bibliográficas

Souza; Moraes;

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