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Parques Urbanos

Por:   •  7/11/2018  •  5.824 Palavras (24 Páginas)  •  324 Visualizações

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saúde mental, com benefícios para o humor e autoestima. Ainda, outros estudos apresentam diferentes benefícios (sociais, físicos e psicológicos) de utilizar espaços naturais ou ambientes urbanos com áreas verdes para a prática destas atividades, como por exemplo: educação ambiental, reduzir a prevalência de sedentarismo e amenizar o estresse (KAPLAN, 1995; BODIN; HARTIG, 2003; STAATS et al., 2003; HERZOG et al., 2003; PRETTY et al., 2005; BELL et al., 2005; BEDIMO-RUNG et al., 2005; COHEN et al., 2007; HANSMANN et al., 2007).

Estas áreas urbanas podem ser consideradas “academias ao ar livre”. Assim, a implantação das mesmas é de relevante importância na promoção da saúde e qualidade de vida de uma população. No entanto, percebe-se que além de políticas públicas que incentivem a construção e revitalização destes espaços, são de igual importância projetos que contemplem planejamentos e gestões que supram as necessidades dos seus frequentadores e comunidade em geral. Ou seja, é preciso que estes ambientes sejam percebidos positivamente para que as pessoas se sintam atraídas e motivadas a frequentá-los, e também desfrutem, de forma satisfatória, dos benefícios que o desenvolvimento de atividades nestes locais pode proporcionar (REIS, 2001; COHEN et al., 2007; CASSOU, 2009).

Assim, esta revisão visa destacar a importância de áreas verdes de lazer na promoção da atividade física nas comunidades, de modo a justificar a relevância de pesquisas sobre a qualidade ambiental de parques urbanos que são comumente utilizados para a realização de atividades ao ar livre. Considerando-se que a atividade física traz vários benefícios à saúde e qualidade de vida (WARBURTON et al., 2006), e a implantação, e os corretos planejamentos e conservação de parques públicos se revelam como significativa estratégia para uma política efetiva do projeto urbano e da saúde pública.

MÉTODOS

Para identificar e selecionar os estudos considerados relevantes ao desenvolvimento desta pesquisa foram realizadas buscas, a partir do segundo semestre de 2010, nas bases de dados eletrônicas Medline/Pubmed, Scielo e LILACs, utilizando os seguintes descritores (na língua inglesa e portuguesa): Szeremeta, B. e Zannin, P.H.T. A Importância dos Parques Urbanos e Áreas Verdes na Promoção da Qualidade de Vida em Cidades.

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atividade física, ambiente, áreas verdes, parques públicos, parques urbanos, espaços públicos, qualidade de vida, saúde.

Também foram diretamente acessados e consultados alguns sites de periódicos da área de educação física, da saúde e meio ambiente, assim como buscados, manualmente, materiais impressos e digitais (CDs) nas bibliotecas da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Deste modo, foram pesquisadas diferentes fontes (artigos, teses, dissertações e livros), de modo a satisfazer os princípios básicos necessários para a realização da pesquisa. As fontes primárias foram identificadas com base no seu título, sendo selecionados todos os resumos considerados previamente relevantes e somente analisados os que apresentaram data de publicação (artigos) ou defesa (tese) até 30/06/2010 (sem data inicial). Após essa etapa, todos os artigos selecionados foram obtidos na íntegra e examinados. Por último, realizaram-se pesquisas pelo nome do primeiro autor desses manuscritos para identificar outras fontes que estivessem dentro dos critérios de inclusão. Outra alternativa foi consultar as referências bibliográficas de cada artigo escolhido, a fim de encontrar alguma fonte de importância para o estudo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As áreas verdes, em relação as suas características, podem interferir no cidadão e no ambiente urbano de muitas formas, mostrando-se de grande importância para a comunidade, já que este tipo de espaço, atualmente, remete à melhor qualidade de vida (CROMPTON, 2001; HARNIK, 2003; SHERER, 2003; BEDIMO-RUNG et al., 2005; LIBRETT et al., 2007). Os parques são caracterizados como um tipo de área verde urbana, pois apresentam predomínio de vegetação (independente do porte) que integram o ambiente construído, além de possuírem outras características naturais. Possuem na cidade diferentes funções, sendo as principais: ecológica, estética e lazer (NUCCI, 2001; MASCARÓ, 2002).

Conforme Milano (1984), a vegetação é responsável pela criação de ambientes esteticamente agradáveis, valorizando uma área e atuando como elemento que ameniza o estresse. O urbanismo contemporâneo gera a necessidade da existência de espaços verdes para que exista a possibilidade de fugir do ruído e Szeremeta, B. e Zannin, P.H.T. A Importância dos Parques Urbanos e Áreas Verdes na Promoção da Qualidade de Vida em Cidades.

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da poluição, de forma a regressar à natureza (CUNHA, 1997). De modo similar, Andrade (2001) afirma que estes locais são uma forma de refúgio, a valorização do ambiente natural em meio do ambiente construído.

Assim sendo, as áreas verdes tornam-se referências nos grandes centros urbanos, estando mais associadas à função recreativa, porque oferecem diversos tipos de atividades - como, por exemplo, caminhadas, jogos e relaxamento -, além de funcionarem como ponto de socialização (ANDRADE, 2001; CASSOU, 2009). Portanto, considerando-se a necessidade de espaços mais adequados para a prática de atividade física ao ar livre, bem como para um lazer satisfatório, os parques urbanos, as praças públicas e outras áreas naturais (praias) são os locais que apresentam os maiores potenciais para estes objetivos (SOUZA, 2007).

Neste contexto, cada vez mais pesquisas associam os espaços verdes a promoção da atividade física. Por exemplo, Corti et al. (1997), mencionam que os parques provavelmente estimulariam a atividade física por fatores relacionados à motivação, uma vez que as pessoas estariam mais satisfeitas com os caminhos compostos de vegetação arbórea do que com os espaços vazios. Também há evidências de que o acesso

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