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Os quatros conceitos fundamentas da arquitetura por Scoffier

Por:   •  6/9/2018  •  951 Palavras (4 Páginas)  •  520 Visualizações

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portanto nem tudo que nos é rodeado ou produzido pode ser caracterizado como um objeto. Por exemplo, um edifício não é apenas uma construção, mas também um objeto. Por meio desse conceito de objeto, surgem sub conceitos. Sendo estes a transfiguração, singularidade, esquizofrenia e rituais. Eles podem ser definidos através, respectivamente, por um meio de se auto afirmar, sofrer mutações irreversíveis e não seguir rituais demarcados. Podemos usar como exemplo o projeto de Frank Gehry de uma agencia publicitaria que lembra um binóculo, juntamente com partes de outros edifícios ao seu redor.

Enquanto isso, o conceito de tela pode ser entendido pela interpretação de fachada e tela, sendo que a fachada expõe a construção do edifício e seu todo, ou seja possui a função de ver. Já a tela possui sua função como ler, por esconder e proteger seu espaço interno do externo, se tornando, consequentemente, uma superfície lisa e opaca. Pode-se usar como exemplo Kunsthaus Graz de Peter Cook e Colin Fournier, sendo essa construção se assemelhar a uma caixa em que não é possível se observar o interior.

Com a globalização, os espaços perderam pouco a pouco a suas especificidades, seu caráter tradicional e para mostrar-se com controle de circulação automobilística e letreiros de suas lojas. Sendo assim, junto com o desaparecimento do lugar, a profundidade histórica também é perdida e surge a ideia do meio lugar, que são os novos espaços. Estes são inacabados, embrionários, eles recusam a plenitude do lugar, são espaços em branco, neutros, que não retém a memória, recusa o monumental. Como por exemplo a Casa de Vidro por Pierre Chareau, onde não há fachada emblemática, é uma máquina de captar luz e difundi-la em um espaço aberto, imagem desativada da natureza.

O acontecimento corresponde a algo que não se pode prever e não se pode reproduzir. É a falta de continuidade enquanto o uso se constitui da continuidade e repetição. O uso é o retorno e readmissão de jeitos, sendo eles gestos e posturas, que são passados de geração em geração. Ao ser substituído o uso pelo acontecimento, rompe-se o padrão e surge um mundo catastrófico, onde o inabitual se sucede permanentemente ao inabitual. Usando como exemplo Euralille de Rem Koolhas, projeto mais pensado em corte do que em planta, tornando possível que suas torres ficassem uma de cada lado e determinassem um espaço público, pesando sobre a abóbada envidraçada que cobre as vias, levando a problemas de estrutura e fundação.

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