Levantamento histórico

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Quanto as casas, por falta de materiais de construção e de tecnologia adequados, não era incomum construir-se casas de pau-a-pique. Contudo, quando os colonos já estavam estabelecidos no local, faziam a casa definitiva que sempre era de tijolos com enxaimel. As taboas para as construções eram serradas a braço. Os tijolos amassados com os pés e o telhado preparado de pequenos rolos de madeira cortados em taboinhas, o mesmo era meio inclinado conforme a tradição dos antepassados.

As casas antigas eram muito mais espaçosas que as atuais. Constavam de uma grande sala, vários quartos de dormir, com camas de casal bastante altas. As camas tinham no fundo uma camada de palha solta e sobre ela um colchão feito das flores da taboa (Backfotter). Na cabeceira iam travesseiros de penas. A coberta tanto no inverno quanto no verão era de penas. Não se conheciam camas de solteiro. A cozinha na casa definitiva constava de duas salas: a cozinha propriamente dita e o refeitório, tendo ainda um quarto para guardar os mantimentos e comidas. (PAULINO VANDRESEN. Rio Fortuna, resgatando as origens, cultivando valores, alicerçando o futuro... , 2008, pg. 32)

Ao redor das casas localizavam-se os paióis, chiqueiros para engorda de porcos, estrebaria e galinheiro. Não há referências á água e instalações sanitárias. Contudo pode ser acrescentado que a água estava sempre presente. Pelo menos um poço fazia parte das instalações básicas e, perto dele, baldes com água potável, bacias e gamelas para lavar as mãos e, á noite, os pés. As instalações sanitárias eram a “patente”ou “privada”, próxima da casa, e o pinico noturno debaixo da cama.

Da casa e dos proprietários