Estaca Strauss
Por: Rodrigo.Claudino • 29/3/2018 • 2.400 Palavras (10 Páginas) • 468 Visualizações
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Para que haja uma perfeita execução da perfuração, deve-se utilizar estacas com até 500mm de diâmetro.
- 2ª Etapa – Concretagem: Para esta etapa, deve certificar-se que todos os passos da etapa anterior foram realizados com êxito, enfatizando a importância da limpeza dos locais que foram perfurados. Com isso, o furo deve ser preenchido com concreto, com uma quantidade suficiente para se erguer uma coluna com cerca de 1m. O concreto inserido deverá ser apoiado com o auxílio de um pilão metálico, não removendo os tubos de revestimento. Este procedimento irá gerar um tipo de “bulbo” na base da estaca, conforme demonstrado na Imagem 1.
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Feito isto, é elaborada a execução do fuste, onde lança-se o concreto para dentro da linha de tubos, enquanto é apoiado novamente por um pilão metálico, onde deve-se manter apoiado para que haja garantia de continuidade do mesmo. Sua retirada é feita através de um guincho manual. Observa-se que o pilão não poderá entrar em contato com o solo da parede ou base da estaca, inibindo assim, os riscos de desabamento ou a mistura do solo com o concreto.
Com relação ao concreto, deve-se utilizar produtos em que o FCK não seja inferior a 15 MPa, consumo de cimento seja superior a 300 kg/m³ e sua consistência deverá ser plástica. Em artigo lançado pela editora Pini e divulgado pela CEHOP (Companhia Estadual de Habitação e obras Públicas), uma das principais causas de erro neste processo é a existência de água no fundo do furo, não removível pela sonda. Para este caso, deve-se efetuar o lançamento de um volume de concreto seco para obturar o furo, desprezando a contribuição da ponta da estaca na sua capacidade de carga.
3ª Etapa – Armaduras: Para a execução de armações nas estacas Strauss, a ferragem longitudinal deve ser confeccionada com as barras retas, não havendo esquadros na ponta e com estribos que permitam livre passagem ao soquete de compactação, de modo a garantir que o cobrimento da armadura não seja inferior a 3cm, conforme é indicado na imagem 2:
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Caso as estacas não sejam armadas, deve ser providenciada uma ligação entre a estaca e o bloco, através de uma ferragem cravada no concreto, inibindo a utilização de estribos.
- 4ª Etapa – Análise das Cargas Estruturais Admissíveis: Para que haja segurança na fixação das cargas, não deverá ser utilizado FCK maior que 15 MPa, onde seu coeficiente de minoração de resistência γ c = 1,8, dependendo das condições de concretagem, conforme dita a norma.
Para que seja determinada a carga estrutural, utiliza-se a seção da estaca, onde é determinada pelo diâmetro do tubo utilizado no revestimento, quando as estacas forem totalmente revestidas, ou pelo diâmetro da piteira, quando a estaca for parcialmente revestida.
TIPOS DE SOLOS
Para determinar o solo é necessária uma sondagem, que mede a resistência do solo ao longo da profundidade perfurada. Desta forma, é possível avaliar o tipo de solo que ocorre no subsolo, as condições de compacidade das areias e consistência em argilas, a espessura das camadas e como influencia a orientação dos horizontes e a ocorrência da água no subsolo.
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Tabela 1 – Tabela dos estados de compacidade e de consistência
Fonte: Associação brasileira de normas tecnicas – ABNT (NBR 6484:2001)
Segundo a tabela acima, a compacidade e consistencia do solo é relacionado com a quantidade de golpes precisos ao solo contra sua resistencia quando se faz a penetração pela soldagem.
As estacas do tipo moldadas “in loco” são muito utilizadas no interior do Estado de São Paulo, devido às características das edificações que não impõem cargas elevadas às fundações e às características geotécnicas pertinentes a região, tornando o emprego dessas estacas, principalmente as do tipo Strauss, como uma boa opção de fundação profunda. (CARVALHO; ALBUQUERQUE, 2007)
A implantação das estacas tipo Strauss em solo arenoso, não saturado e de alta porosidade, comum ao interior do Estado de São Paulo é um dos melhores solos para a estaca Strauss, assim como o solo colapsivo, sendo assim, fazendo uma relação com a tabela dos estados de compacidade e de consistência, em casos de solos arenoso, o ideal na sondagem, em golpes, seria entre cinco e dezoito golpes, já em solos argilosos, entre três e dez golpes.
O ar existente nos vazios do solo encontra-se com pressão, ua, diferente da pressão da água, vw, nos vazios, em virtude da tensão superficial da água nos meniscos capilares que se formam no interior do solo, [...]. A pressão no ar é sempre superior à pressão na água, e a diferença entre as duas é chamada de pressão de sucção [...]. Quando o teor de umidade, ou o correspondente grau de saturação, diminui, os raios dos meniscos capilares também diminuem, e a pressão de sucção aumenta. (PINTO, 2009, p. 347)
O solo não saturada ou parcialmente saturado é favorável para a estaca Strauss pela sua umidade relativa. O solo saturado possui em seus vazios o ar, tornando-o mais seco e mais resistente, sendo necessário evitar este tipo de fundação para a estruturação. Assim como os solos colapsivos, possuem um teor aceitável de umidade. As melhores situações são solos de baixa resistência.
Os solos colapsivos são solos não saturados que apresentam uma considerável e rápida compressão quando submetidos a um aumento de umidade sem que varie e tensão total a que estejam submetidos [...].Submetidos a um encharcamento , devido, por exemplo, a uma ruptura da rede de água, podem apresentar deformações que se refletem em recalques das fundações diretas neles construídas. (PINTO, 2009, p. 352)
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Figura 3 – Construção em Lençois Paulista - SP com estacas Strauss em solo colapsível
Fonte: http://www.bateforteestacasbauru.com.br/products.html
Desta forma, os solos não adequados são os muito próximos do lençol freático, solo saturado por ter alta resistência, ou argila muito mole pela baixíssima resistência, matação, rochas e argilas rijas, ou seja, solos com alta resistência.
EQUIPAMENTOS
As
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