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PROPAGAÇÃO POR ESTACA DO VICK

Por:   •  18/12/2018  •  2.748 Palavras (11 Páginas)  •  282 Visualizações

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A estaquia é a técnica de propagação vegetativa mais rápida e de mais fácil execução, sendo utilizada nas espécies que apresentam maior facilidade para a formação de raízes adventícias. A técnica consiste na multiplicação de plantas usando segmentos caulinares ou radiculares providos de gemas meristemáticas com capacidade para emitir raízes adventícias, comumente denominados estacas (HARTMANN et al., 2008).

Os substratos apresentam papel fundamental no desenvolvimento das muda e devem possuir baixa densidade, boa capacidade de absorção e retenção de água, boa aeração e drenagem, além de estar isento de pragas, doenças e substâncias tóxicas. Normalmente, todas estas características não são encontradas em um único componente, o que leva a utilização de misturas de materiais para a obtenção de um melhor substrato (Kämpf, 2000; Wendling et al., 2002). O material deve fornecer à estaca bom suprimento de água e ao mesmo tempo boa aeração (Bitencourt et al., 2010). É importante que os insumos a serem utilizados na composição dos substratos sejam de fácil disponibilidade na região, o que favorece a sua aquisição (Arrigoni- Blank et al., 2013). Para o enraizamento da estaca deve-se ressaltar a importância da mistura de diferentes componentes para a composição de um substrato estável e adaptado à obtenção de mudas de boa qualidade em curto período de tempo, existindo poucas informações sobre o substrato ideal para a produção de mudas de espécies olerícolas (Menezes Júnior, 1998) e principalmente para espécies medicinais.

Pesquisas sobre a propagação de espécies medicinais são de elevada importância, uma vez que servem de base para a domesticação e o sucesso do cultivo dessas plantas. No entanto, trabalhos nessa área ainda são escassos como fonte bibliográfica, como no caso da M. arvensis que necessita de informações quanto à recomendação de substratos para produção de mudas. Dessa maneira, o trabalho teve como objetivo avaliar a propagação e analisar a matéria verde e seca do vick através de estacas apicais em diferentes substratos.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi implantado no campo experimental da Faculdade Católica do Tocantins, Campus de Ciências Agrárias e Ambientais no município de Palmas TO (10°32’45” S, 48º16’34” W e altitude de 230 m). Segundo a classificação internacional de Koppen, o clima da região é do tipo C2wA’a’ – Clima úmido subúmido com pequena deficiência hídrica, no inverno, evapotranspiração potencial média anual de 1.500 mm, distribuindo-se no verão em torno de 420 mm ao longo dos três meses consecutivos com temperatura mais elevada, apresentando temperatura e precipitação média anual de 27,5° C e 1600 mm respectivamente, e umidade média de 80% (INMET, 2013).

Para a obtenção das estacas de M. arvensis foram utilizadas como matrizes as plantas da casa de Plantas Medicinais da Faculdade Católica do Tocantins Campus de ciências agrárias, onde foram coletadas partes da planta da região apical, retiradas do ápice do ramo da planta matriz e cortadas com tesoura de poda, com desbaste das folhas, deixando apenas 1 pare de folha na parte superior das estacas. Todas as estacas foram retiradas contendo de três a quatro nós, sem apresentarem ramificações. Não foi realizado nenhum tipo de processo de desinfestação das estacas.

Em seguida foram selecionados 5 substratos diferentes, sendo um com solo T1 – Substrato Comercial Bioplant®, T2 – Húmus de minhoca e Areia (60% + 40%), T3 – Terra preta, T4 - Esterco de aves (cama de aves) e T5 – Esterco Bovino. Sendo que para cada tratamento utilizou-se de quatro repetições (A, B, C, D e E) totalizando 20 parcelas.

Como recipientes foram utilizados sacos de polietileno com capacidade de um litro. Após a coleta das estacas, estas foram plantadas verticalmente colocando uma estaca, por saquinho plástico, nos substratos previamente preparados, aprofundando 2/3 da estaca no substrato, em seguida procedeu com a irrigação.

As amostras permaneceram na casa de vegetação por 60 dias, compreendido entre 15 de setembro à 15 de novembro de 2016. Nesse período acompanhou-se o desenvolvimento das plantas e prosseguiu com a irrigação durante todo o período avaliado. Não houve aplicação de nenhuma outra fonte de nutrientes a não ser a dos próprios substratos.

Após o período de 60 dias foi realizado a colheita da parte aérea das plantas, medida a altura de cada planta e acondicionadas em sacos plásticos, foram pesadas com o intuito de se obter o peso da massa verde das plantas e em seguida colocadas em estufa com circulação forçada de ar à temperatura de 70 °C, durante 72horas para secagem por. Após a secagem foi realizado nova pesagem com o intuito de saber a massa seca.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Ao analisar as mudas por meio da massa verde e massa seca, a interação entre as mudas e os diferentes substratos apresentaram resultados significativos quanto a utilização específica de cada substrato. Sendo que os valores podem ser conferidos de acordo com a tabela 1, onde determina os índices observados após a colheita e pesagem das mesmas.

Tabela 1 Índice de Massa Verde e Seca

TIPO DE SUBSTRATO

TRATAMENTO

REPETIÇÃO

MASSA VERDE (G)

MASSA SECA (G)

SUBSTRATO COMERCIAL

T1

T1 – A

1,245

0,38

T1 – B

0,96

0,23

T1 – C

1,5

0,37

T1 – D

1,044

0,28

HUMUS E AREIA

T2

T2 – A

5,367

1,49

T2 – B

5,021

1,2

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