A Vida de Burle Marx
Por: Hugo.bassi • 30/3/2018 • 1.938 Palavras (8 Páginas) • 264 Visualizações
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Na Alemanha, onde passou cerca de um ano, Burle Marx, foi na busca de um tratamento para seus olhos. Nesta etapa de sua vida, ele teve a certeza de quem queria ser profissionalmente. Ele conheceu o Jardim Botânico, e diversas exposições de vanguardas artísticas de obras de pintores extremamente respeitados e influentes de época.
Através do conhecimento de algumas pinturas, Burle Marx, também foi levado ao gosto das artes, e assim começou a estudar pintura. Suas primeiras pinturas, feitas na década de 20, trazem o estilo expressionista com cores fortes, retratos, paisagens, figuras de mulheres.
Não deixando de lado seu instinto para o paisagismo, Roberto, aproveitou sua intimidade com a arte para facilitar está outra função. Ele desenhava seus projetos com cores, e do papel transferia suas ideias para suas praças e parques projetados.
- Profissionais em parceria de Roberto Burle Marx
Haruyoshi Ono
Haruyoshi Ono, nasceu no bairro Rio Comprido, no Rio de Janeiro, no ano de 1943. Iniciou seus estudos no Colégio Cruzeiro, e seguiu com graduação no ramo de Arquitetura. Pode ser basicamente considerado um herdeiro no que se diz respeito a vida artística de Roberto Burle Marx, pois ele iniciou sua carreira como estagiário em seu escritório, seu desenvolvimento foi tão rápido que de estagiário ele passou a ser aprendiz, e após concluir seus estudos se graduando como Arquiteto se tornou um dos maiores parceiros de Roberto.
Figura 2[2]: Imagem do Arquiteto Haruyoshi Ono
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Haruyoshi, atualmente, é diretor do escritório “Burle Marx e cia”. Nos anos 60, em memória de Burle Marx, o arquiteto tomou partido dos projetos do paisagista para levar adiante e preservar os trabalhos que ele havia executado tanto brasileiros como internacionais. A partir daí, além de projetos arquitetônicos surgiu em Haruyoshi os mesmos interesses de seu mestre. A arte em mosaico muito utilizada por Burle Marx, como no “Conjunto Habitacional Pedregulho” levou ele a criar painéis que foram implantados em seus projetos de residências, condomínios, e até mesmo centros empresariais. Um dos principais projetos a serem ressaltados feito por Haruyoshi e Burle Marx são os calçadões da Praia de Copacabana, que veremos a seguir:
Calçadões da avenida Atlântica, Praia de Copacabana, Rio de Janeiro
Um dos exemplos de projetos relacionados a Haruyoshi é o calçadão da Praia de Copacabana. Como nato carioca, Roberto planejou os calçadões da avenida Atlântica, da praia de Copacabana no Rio de Janeiro em 1970, ele utilizou pedras portuguesas desenhando as calçadas no formato de ondas em movimento, fazendo um mosaico com cada pedra para este visual do piso. Deixando a calçada bem perto da camada de areia da praia.
Figura 3[3]: Imagem do Calçadão da Avenida Atlântica, Praia de Copacabana
[pic 3]
Figura 4[4]: Imagem do piso em pedras portuguesas no Calçadão
[pic 4]
Oscar Niemeyer
Outro que trabalho com Burle Marx, é o arquiteto Oscar Niemeyer. Oscar nasceu no Bairro de Laranjeiras, no Rio de Janeiro, no dia 15 de dezembro de 1907. Em 1929, iniciou seus estudos como engenheiro-arquiteto através da Escola Nacional de Belas Artes, e se graduou no ano de 1934. Foi estagiário de Lúcio Costa e Carlos Leão. E no ano de 1936 foi colaborador do arquiteto suíço, Le Corbusier, como nato carioca, fez uma participação em um projeto para o Ministério da Educação do Rio de Janeiro. Fez também a projeção de obras como: a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, em Belo Horizonte; o Banco Nacional Imobiliário; e várias residências. Além de Brasília, sendo seus projetos: o Palácio da Alvorada, Planalto, Itamaraty, Congresso Nacional, a Catedral dos Três Poderes, Teatro Nacional e o Superior Tribunal de Justiça. Assim, ele se tornou um dos arquitetos mais reconhecidos no Brasil.
Figura 5[5]: Imagem do Arquiteto Oscar Niemeyer
[pic 5]
Oscar Niemeyer e Roberto Burle Marx também tinha uma parceria profissional muito importante, através dos de ambos muitos projetos foram executados com ótima soluções arquitetônicas e, belas e eficientes paisagens que sempre estavam em harmonia com as edificações em questão. Exemplo disso, são projetos como a Residência Edmundo Cavanelas com os jardins de Roberto Burle Marx e o projeto da edificação de Oscar Niemeyer, que vemos a seguir:
Residência Edmundo Cavanelas
Figura 6[6]: Imagem do jardim da Residência Edmundo Cavanelas em Pedro do Rio, Petrópolis, Rio de Janeiro
[pic 6]
Essa casa fica localizada em Pedro do Rio, Petrópolis, Rio de Janeiro. Projetada em 1954, Edmundo Cavanelas, é uma residência cheia de retas e curvas, com uma qualidade diferenciada no uso de seus materiais, o que a deixa exuberante aos olhos de seus espectadores. De igual forma o artista Burle Marx, traz um toque especial a todo o redor da casa, próximo a piscina a implantação de dois tons em um gramado quadriculado, árvores simetricamente enfileiradas, e caminhos marcados na área do terreno. É uma perfeita harmonia entre edificação e paisagem, de modo que nenhuma se sobrepõe a outra.
- O PROJETO DE PAISAGISMO EM SOROCABA, SÃO PAULO
O nosso projeto de paisagismo foi desenvolvido através de um Concurso para estudantes de arquitetura que foi realizado pelo Senac da cidade de Sorocaba, que fica localizado na Av. Nogueira Padilha, nº2392, na Vila Hortência. Os termos de condições para o concurso eram de propor o desenvolvimento de um projeto paisagístico para a ampliação da Escola que será realizada na unidade. O projeto visa a revitalização das espécies já existentes no local, e a implantação de novos tipos de vegetação.
Figura 7[7]: Imagem da planta do projeto de paisagem do Senac
[pic 7]
Figura 8[8]: Detalhamento da planta do projeto de paisagem do Senac
[pic 8]
Tabela 1: Tabela do detalhamento das plantas rasteiras utilizados no projeto
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