TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO VERDE

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p. 9], “O termo sustentabilidade é um substantivo feminino, que tem sua forma alatinada o somatório dos vocábulos sustentável e idade, incorporando a dimensão de longo prazo.”

O conceito de sustentabilidade (ou desenvolvimento sustentável) surgiu em 1987, após manifestação da ONU sobre a agressividade que estava tomando o desenvolvimento econômico, principalmente nos países já desenvolvidos [SANTOS, 2010]. Entende-se então por desenvolvimento sustentável aquilo que atende às necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras quanto sua precisão [PRADO, 2010].

2.2 Créditos de Carbono

Antes de tudo é necessário dar definição sobre efeito estufa e Protocolo de Kyoto. O efeito estufa nada mais é que um fenômeno natural que mantém a temperatura ideal para haver vida na Terra. O excesso de deposito de gases estufa (CO2, Metano, Enxofre...) no planeta, faz com que mais calor seja retido na superfície, provocando aquecimento global [SANTOS, 2010].

Em 1997, 189 países membros das Nações Unidas se reuniram em Kyoto, no Japão, e assinaram um tratado comprometendo-se a reduzir a emissão dos gases estufa em 5% em relação ao ano de 1991. O tratado entro em vigor em 2005, e os países deviam atingir meta até 2008.

Um dos mecanismos a que os países desenvolvidos podem recorrer para cumprir a meta é comprar créditos de carbono de países que diminuíram suas emissões, por exemplo, uma empresa de qualquer segmento e país, pode desenvolver um projeto, que passa pela avaliação de órgãos internacionais e, se aprovado, é elegível para gerar créditos. Sendo negociável diretamente com empresas ou por meio da bolsa de valores [SANTOS, 2010].

2.3 Descarte eletrônico

A relação de como as empresas se desfazem dos ativos de TI, refere-se ao descarte sustentável, para tanto, o termo prevê que a sucata não seja descartada em aterro sanitário comum, no qual substâncias tóxicas dos equipamentos podem infiltrar no lençol freático ou manuseado por pessoas ocasionando doenças graves [SANTOS, 2010].

Como na informática os avanços ocorrem de forma muito acelerada, com novos softwares, tecnologia e equipamentos surgindo a cada dia, gera um grande acumulo de resíduo em aterros e lixões de forma preocupante, considerados na maioria das vezes como lixo comum.

O desafio que se apresenta é preparar ambientes adequados para suportar toda essa tecnologia que rapidamente cai em obsolescência.

Além de adequação de ambientes corretos e aproveitamento de equipamentos para diminuir quantidades significativas descartadas em locais impróprios. Outra solução seria doar para instituições ou entidades carentes que aceitem computadores usados, monitores, teclados, mouses e outros dispositivos, desde que estejam em boas condições de uso. As instituições usam essas doações para levar conhecimento tecnológico à população de baixa renda. Sendo também uma alternativa, caso o equipamento seja uma relíquia envia-los para o “Museu do Computador”, onde são tratados e catalogados para compor seu acervo [AGUILAR, 2009].

2.4 Resíduos

Quando o assunto é sobre resíduos, a abordagem passa por Redução, Reuso e Reciclagem, de acordo com o que é feito na empresa Positivo [GUIA, 2014].

Redução: quanto menos consome, menos lixo sobra no final. Por essa razão a Positivo coloca como exemplo, os manuais dos produtos, antes eram impressos e agora é tudo digitalizado e instalados nas máquinas como documento eletrônico, economizando espaço, papel e energia elétrica em sua produção.

Reuso: um produto usado para uma finalidade pode ser aproveitado para outra, como por exemplo, após imprimir um rascunho (modo que demanda menos tinta da impressora) no lado limpo de uma folha já usada.

Reciclagem: quando não é mais possível utilizar a sobra de determinado produto, deve-se separado e entregado para quem tem estrutura e tecnologia para recolocar o material na sua forma primitiva para novo uso na cadeia produtiva.

3 Práticas

3.1 Gestão Ambiental

Como qualquer outro, o risco de TI é saber administrar e não eliminar. É necessário realizar adequações entre riscos e retorno, entre o que a empresa pode tolerar e aqueles que ela pode evitar [SANTOS, 2010].

A prática de gestão ambiental (GA) é considerada recente e vem ganhando espaço nas instituições públicas e privadas. Seu principal objetivo é a busca por melhoria constante de produtos, serviços e ambientes de trabalho, sempre levando em consideração o fator ambiente [AGUILAR, 2009].

Virtualização, Computação na Nuvem, reengenharia em Data Centers, softwares de economia de energia, impressão por senhas, equipamentos menores e mais facilmente recicláveis e inclusão digital, são ações mais comuns que podem e devem ser consideradas pela TI Verde em uma nova e melhor gestão ambiental [ALGARTECH].

3.1.1 – Eficiência Energética dos Data Centers

Menos da metade da eletricidade utilizada no data center típico é realmente cargas de processamento. Mais da metade da conta vai para o resfriamento e iluminação do mesmo. Contudo, pode-se ter uma arquitetura de data center eficiente baseado em sistema integrado de alta eficiência como demonstrado na figura 3.1. As empresas já estão pensando nisso, por dois motivos: pela sustentabilidade e pelo corte de custos.

Fig. 3.1 – Data Center integrado de Alta Eficiência

3.1.2 – Virtualização

Até um tempo atrás, a TI distribuía cada tarefa em um servidor. Um para arquivos, um para banco de dados, um para e-mail, um para internet etc. Assim, cada um ocupava um espaço diferente de memória, com a virtualização cada um dos servidores independente vai para uma mesma máquina reduzindo os picos gerados quando estavam autônomos. A carga dos servidores em cada máquina e o uso da conexão é gerenciada pelo software de virtualização, buscando distribuir mais racionalmente e economicamente no processo [AGUILAR, 2009].

3.1.3 – Cloud Computing (Computação na Nuvem)

A computação na nuvem é uma capacidade computacional e de armazenamento de dados que evita a dependência de um único recurso físico, também reduz de maneira inteligente o consumo de energia do Data Center, contribuindo para preservação do meio ambiente [LOCAWEB, 2014]. As soluções de computação na nuvem costumam ser chamadas de Utility Computing, mas na prática o termo “Cloud” significa que os recursos