A IMPORTÂNCIA DO MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO (MEG) NAS ORGANIZAÇÕES PARA GARANTIR SUA COMPETITIVIDADE E PERPETUAÇÃO EM LONGO PRAZO
Por: Salezio.Francisco • 21/3/2018 • 2.671 Palavras (11 Páginas) • 412 Visualizações
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Durante a década de 80, os Estados Unidos começaram a perceber uma redução do seu mercado mundial com relação ao Japão. Neste momento, os americanos perceberam as vantagens de investir em sistemas de qualidade de gestão. O Prêmio Nacional da Qualidade Malcom Baldrige se apresentou como o primeiro Total Quality Management (TQM) modelo completo, bem estruturado, com um procedimento de avaliação detalhado.
Sharma e Talwar (2007) complementam que o prêmio foi instituído visando promover a sensibilidade para a qualidade de modo a melhorar suas práticas de qualidade e aumentar a competitividade das empresas americanas; identificar os requisitos para a excelência; facilitar a comunicação e o compartilhamento das melhores práticas de gestão entre organizações americanas; servir como ferramenta de trabalho para orientar o planejamento organizacional e oportunidades de aprendizagem. Os prêmios Malcolm Baldrige apresentam uma estrutura própria que mostra a organização numa perspectiva sistemática, como pode ser visualizada na Figura 1.
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Figura 1- Modelo de excelência do Prêmio Malcom Baldrige
Fonte: NIST, 2009.
2.3 Prêmio Europeu de Qualidade
O Prêmio Europeu de Qualidade (European Foundation for Quality Management - EFQM) é uma associação sem fins lucrativos que surgiu em 1988. Seu público-alvo são empresas que buscam melhorar a seu desempenho com os clientes e abrir novas oportunidades de negócios (VASCONCELLOS, FORTUNA e LUCAS, 2012).
Em 1991 o EFQM criou o Modelo de Excelência “European Foundation for Quality Management”, como uma ferramenta indispensável para a avaliação e melhoria do nível de competitividade das organizações (BOAS, COSTA, 2011).
[pic 2]O modelo de excelência da EFQM é dividido em duas categorias: “os meios” que representam os fatores organizacionais, e os “resultados” que representam o que as organizações vão realizar ou alcançar e é representado na figura 2.
Figura 2 – Modelo de Excelência da EFQM
Fonte: EFQM, 2010.
2.4 Prêmio Nacional da Qualidade
O Prêmio Nacional de Qualidade (PNQ) foi criado em 1991e tem como requisitos alcançar a excelência do desempenho e se destacar na competitividade por meio de uma constante troca de informações, métodos e sistemas de gestão. É um processo aberto a organizações de todos os portes e setores que estejam em busca de aprimorar seus modelos de negócio e gestão. O PNQ é um processo contínuo que promove a integração do capital humano da organização, pois está ligado diretamente ou indiretamente aos colaboradores (VASCONCELLOS, FORTUNA & LUCAS, 2012).
O modelo de excelência do PNQ foi difundido na década de 90 e é representado pela figura 3.
[pic 3]
Figura 3 – Modelo de Excelência* do PNQ
Fonte: FNQ, 2007. p. 12
Os Critérios de Excelência do PNQ e, posteriormente, o MEG foram desenvolvidos inicialmente com base nos fundamentos do Prêmio Malcolm Baldrige. Desde sua criação, os Critérios de Excelência do PNQ são atualizados, visando sua adaptação e adequação às novas realidades do ambiente econômico e empresarial, possibilitando às empresas participantes a melhoria de sua competitividade num ambiente globalizado (MORENO, 2008).
- O MEG e suas características
De acordo com a FNQ (2014), o Modelo de Excelência em Gestão (MEG) é um modelo de referência e aprendizado que pode ser aplicado em empresas de diferentes segmentos e portes. Suas principais características são:
a) Modelo sistêmico: possui um conceito de aprendizado e melhoria contínua, inspirado no ciclo PDCL (plan, do, check e learn);
b) Não é prescritivo: isso ocorre porque o MEG é considerado um modelo de referência e aprendizado, no qual não existe prescrição na sua implementação de gestão. O modelo não dita regras em como gerir o negócio, mas levanta questionamentos, permitindo a reflexão sobre a gestão e a adequação de suas práticas em relação às empresas de nível de classe mundial;
c) Adaptável a todo tipo de organização: o MEG permite que as organizações adequem suas práticas de gestão aos conceitos de uma empresa classe mundial, respeitando a cultura existente. O modelo estimula as empresas a buscar respostas, por meio de práticas de gestão, visando a geração de resultados que estimulem a empresa a ser mais competitiva.
2.5.1 Estrutura do MEG
Conforme a FNQ (2014), o MEG é sustentado em 13 fundamentos e 8 critérios, com a finalidade de promover a estruturação e o alinhamento dos componentes da gestão das organizações sob a ótica de um sistema. Os Fundamentos da Excelência expressam conceitos reconhecidos internacionalmente e que se traduzem em práticas, processos ou fatores de desempenho encontrado em organizações classe mundial e os critérios são características tangíveis, mensuráveis quantitativa ou qualitativamente, propostas na forma de questões que abordam processos gerenciais e solicitações de resultados.
Os 13 fundamentos de excelência são: Pensamento sistêmico; Atuação em rede; Aprendizado organizacional; Inovação; Agilidade; Liderança transformadora; Olhar para o futuro; Conhecimento sobre clientes e mercados; Responsabilidade social; Valorização das pessoas e da cultura; Decisões fundamentadas; Orientação por processos e Geração de valor.
Os 8 critérios do MEG são: Clientes; Pessoas; Liderança; Estratégia e planos; Sociedade; Processos; Resultados e Informações e Conhecimento.
2.5.2 Benefícios do MEG
Segundo a FNQ (2014), o MEG pode ser aplicado em qualquer tipo de organização. São diversos os benefícios da adoção do modelo:
- Promove a competitividade e a sustentabilidade;
- Proporciona um referencial para a gestão de organizações;
- Promove o aprendizado organizacional;
- Possibilita a avaliação e melhoria da gestão de forma abrangente;
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