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Uma Comunidade Urbana Eco-eficiente

Por:   •  29/11/2018  •  1.084 Palavras (5 Páginas)  •  323 Visualizações

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2. A questão da acessibilidade.

A acessibilidade vem sendo tratada como redutor de lucro por uma parte dos agentes do empreendimento e, mais cruel, como um presente para o futuro morador quando este ultrapassar seus 50 anos de vida, sentindo precocemente o peso em suas articulações, retornando para a sociedade (previdência social) os custos com exames médicos, tratamentos e afins, pelos produtos da vida moderna: uma residência verticalizada, e o mais irônico: o governo que aprovou o empreendimento, linhas de financiamento a longo prazo para a casa própria.

Ora, como estamos pensando em melhor aproveitamento do metro quadrado em nossas cidades, postergando um desmatamento para um novo empreendimento imobiliário ou preservando essa área, adotamos sem pestanejar a verticalização habitacional em áreas já separadas anteriormente. Temos ferramentas para sustentar essa escolha sem prejudicar os futuros moradores: o elevador que já completou um século de sua invenção. Hoje a tecnologia disponível apresenta elevadores com baixo consumo de eletricidade, ou até mesmo com regeneração de energia. Todos nós nos lembramos daqueles faróis das bicicletas antigas ligadas em um dínamo das rodas, não é mesmo? Nos novos elevadores isso também é realidade. Exemplificando, um elevador para uma edificação de até cinco andares usa um motor elétrico de 3,5 kW, ou seja, consome menos que um chuveiro elétrico ou menos que um ar condicionado de janela.

Os custos com instalação devem ser administrados, para que a diluição entre as habitações seja compatível com o benefício proporcionado. A manutenção dos elevadores também não deve preocupar os futuros moradores, estimada em um salário mínimo por mês para cada elevador, incluindo as peças de reposição. Desta forma, imaginando uma edificação de quatro pavimentos e quatro apartamentos por pavimento, deduzindo ainda os apartamentos do primeiro pavimento que não necessitam de elevador, teremos doze partes para ratear os custos, representados por um doze avos do valor do salário mínimo, ou R$ 45,41 por mês atualmente. No caso da flexibilização de edificações com cinco pavimentos teremos a diluição por dezesseis partes, continuando o exemplo: R$ 34,00 por mês por apartamento.

O modelo de um condomínio ecologicamente eficiente deve utilizar parte das áreas sociais obrigatórias para esta nova função social, podendo ainda flexibilizar a verticalização no empreendimento, conferindo acessibilidade e trabalhando melhor as variáveis que ficaram ignoradas nos planejamentos antepassados.

Rodrigo de Oliveira Rodrigues

Engenheiro Mecânico

(31) 9231.3600

(31) 3332.3739

rodrigo.rodrigues@oi.com.br

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