Resumo do artigo: “Configuração Empreendedora ou Configurações Empreendedoras?
Por: Juliana2017 • 24/11/2018 • 1.843 Palavras (8 Páginas) • 379 Visualizações
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rapidamente a visão de diversos autores
sobre empreendedorismo e depois se aprofundar nos estudos de três deles:
Schumpeter, McClelland e Drucker.
Os conceitos de empreendedorismo apresentados possuem foco
tanto em recursos, capacidades e produção quanto no comportamento
humano. Podem ser voltados para a produção de novas riquezas, percepção
de novas oportunidades e o uso de métodos inovadores e por fim três
correntes de pesquisa são comentadas: o resultado da ação dos
empreendedores (estudada basicamente por economistas), o motivo pelo qual
empreendem (área dos psicólogos e sociólogos) e como empreendem (foco de
estudiosos de diversas áreas).
Schumpeter é conhecido por seus estudos no desenvolvimento
econômico e acredita que o empreendedorismo é um fator importante para
alcançá-lo. Para o autor, a atividade empreendedora é considerada por
aspectos econômicos, cujo centro se dá pela inovação e é guiada pelo
interesse em aquisição de bens. Segundo Shumpeter, empreendedorismo se
dá através do desenvolvimento de novas formas de produção e não somente
pela criação de novas empresas, assim, é definido como “a realização de
novas combinações, sendo o empreendedor o indivíduo cuja função é realiza-
lo”. Essas novas combinações citadas acima surgem em cinco formatos: novos
bens, novos métodos de produção, novos mercados, novas fontes de matérias
primas e novas organizações.
O próximo pesquisador em que o artigo se baseia é McClelland, um
psicólogo que estudou o comportamento empreendedor como um dos motores
do desenvolvimento econômico. Para ele o comportamento humano e o papel
social são partes do empreendedorismo e ele tinha como principal objetivo
descobrir a motivação que levava uns indivíduos a empreender e outros não.
Essa motivação foi definida por McClelland como a necessidade de realização
que “é tida como um traço de personalidade do indivíduo que se caracteriza por
uma forte motivação para a excelência, para a obtenção de resultados ótimos
em relação a um conjunto de padrões e um forte desejo de sucesso”.
Com base em estudos históricos e experimentos em laboratórios,
McClelland pretendia encontrar a relação entre a necessidade de realização e
o desenvolvimento econômico e chegou à conclusão que “as pessoas com alta
necessidade de realização, em geral, procuram assumir responsabilidade na
busca de soluções para problemas, tomando iniciativas por vontade própria;
necessitam feedback rápido sobre seu desempenho; e costumam estabelecer
metas desafiadoras e, nesse sentido, assumem riscos moderados em ações
nas quais julgam ter controle sobre a possibilidade de sucesso”.
Segundo os autores do artigo, McClelland identifica como caracterí
stica do comportamento empreendedor o uso do dinheiro como medida de
resultado, restringindo a atividade ao mundo das relações econômicas. Porém,
eles alertam que para não haver entendimento errôneo é preciso deixar claro
que a satisfação da necessidade de realização se dá pela ação bem-sucedida;
o dinheiro serve como um indicador/feedback e não como uma motivação.
O terceiro autor analisado no artigo é Peter Drucker. Conhecido por
seus estudos na área administrativa, Drucker analisa o empreendedorismo
como uma disciplina de conhecimento humano que pode ser adquirida em nível
individual e organizacional, sendo assim um traço do comportamento e, não da
personalidade. Para ele, a inovação é um instrumento que deve ser usado
continuamente no ato de empreender e o indivíduo deve buscar sempre
oportunidades e atividades que geram mudanças inovadoras na sociedade ou
economia. Essa busca pela inovação deve ocorrer, segundo Drucker, através
do monitoramento de sete fatores: “o inesperado (sucesso ou fracasso);
Incongruência da realidade (diferenças entre o que é, parece ser e deve ser);
necessidades de processo; mudanças na estrutura de mercado ou indústria;
demografia; mudanças de percepção, humor ou significado (cultura); e
conhecimento novo”.
Para Drucker, a ação empreendedora deve cuidar de pontos como o
produto (busca por novidades), oportunidades de novos empreendimentos,
mensuração do desempenho e estimulo à inovação dentro da organização. O
estudioso deixa evidente que a administração empreendedora vale tanto para
novas empresas quanto para as já existentes.
Uma breve analise sobre os três pesquisadores citados permite uma
comparação entre seus estudos. Para Schumpeter
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