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PROJETO DE LIXADEIRA PARA PEDRAS PRECIOSAS

Por:   •  26/10/2018  •  3.634 Palavras (15 Páginas)  •  344 Visualizações

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A seguir no Quadro 1, são apresentadas algumas propriedades físicas da ágata do Rio Grande do Sul, onde se pode observar algumas características importantes como sua composição, que é Dióxido de Silício, e sua dureza relativamente elevada em comparação com a maioria dos minerais, que está de 6,5 a 7 na escala de Mohs (apresentada na figura 1).

Quadro 1. Propriedades Físicas da Ágata

Propriedades Físicas da Ágata

Classe Mineral

Silicatos

Espécie Mineral

Quartzo

Composição

Dióxido de silício

Fórmula química

SiO2

Sistema de Cristalização

Hexagonal/trigonal

Densidade Relativa

2.60 - 2.65

Dureza (Mohs)

6.5 – 7

Cor

Cinza; cinzento; marrom;

Transparência

Translúcido; opaco

Brilho

Gorduroso a vítreo

Clivagem

Não há

Fratura

Irregular e conchoidal

Fonte: adaptado de Barp, 2009[pic 1]

Figura 1 - Escala de dureza segundo Mohs

Fonte: modificado de Barp, 2009

Esta breve caracterização da ágata somada com as propriedades apresentadas na tabela 1 apresenta as características básicas do material a ser beneficiado, facilitando assim a análise do processo e a futura formulação dos requisitos de projeto.

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Usos da Ágata

De acordo com Agostini e Fiorentini (1998) a ágata produzida no Rio Grande do Sul destina-se a dois fins específicos: ornamental e indústria cerâmica. Em termos de quantidades, hoje estima-se que a metade da produção é usada na indústria cerâmica, e a outra metade tem finalidade ornamental.

A indústria cerâmica nacional utiliza as ágatas como corpos moedores nos moinhos que preparam a argila para produção de cerâmicas brancas. A mecânica de precisão é outro segmento em que a ágata é utilizada, como em mancais e cones de vedação. Equipamentos e ferramentas de laboratório, especialmente para moagem, também são feitos de ágata- por exemplo, moinhos vibratórios, esferas para moinhos, almofarizes, pistilos, etc. (Agostini e Fiorentini, 1998).

Quanto à ágata ornamental, parte é exportada em bruto e parte é beneficiada para posterior exportação, e tem seu uso bastante conhecido na confecção de objetos de arte, de adorno pessoal e de ambientes, bem como de utilidade doméstica (Agostini e Fiorentini, 1998).

Alguns objetos tradicionalmente fabricados são: chapas finas e grossas, encostos de livros, cinzeiros, pesos de papel, relógios, pirâmides, esferas, ovos, obeliscos, espátulas, etc. Objetos menos tradicionais, como cabos de talheres, cilindros para carimbos, abridores de garrafas, porta copos, tigelas e grandes esferas também estão sendo produzidos. Alguns destes objetos, tanto os mais tradicionais quanto os menos tradicionais podem ser observados na figura 2.

[pic 2][pic 3][pic 4][pic 5][pic 6]

Figura 2 - Exemplos de objetos fabricados a partir da ágata

Na Figura 2 A podem ser observados alguns discos de ágata que servem como pesos de papel, ou simplesmente como artefatos decorativos, na Figura 2 B são relógios montados com madeira, já na Figura 2 C temos enfeites de com ágatas de diversas cores e modelos, e por fim na Figura 2 D temos cabos de talheres, abridores de garrafa e porta copos, que tiveram um grande valor agregado por serem montados com outros materiais, como madeira e metais.

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Descrição do processo atual de beneficiamento

Segundo Tubino (1998), o processo de industrialização da ágata em bruto no Estado do Rio Grande do Sul se desenvolve através de uma série de etapas e seus pormenores, desde a compra da matéria-prima até a obtenção do produto manufaturado e sua comercialização. Estas etapas do processo podem ser observadas no fluxograma da figura 3.

[pic 7]

Figura 3 - Fluxograma do tratamento industrial da ágata. Fonte: Tubino (1998)

Estas etapas podem ser descritas abrangendo as seguintes etapas: aquisição e seleção da matéria-prima,corte e limpeza, tratamento físico-químico (tingimento), acabamento das peças (lixamento e polimento), montagem do produto final com definição dos custos e comercialização.

O foco deste trabalho está na etapa de lixamento que é descrita a seguir.

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Lixamento

De acordo com Agostini e Fiorentini (1998), a maioria dos objetos manufaturados apresenta faces planas para serem desbastadas, por isso a lixa tem um papel predominante nas indústrias. As lixas são cintas de tecido sobre o qual são colocados grãos abrasivos de carbureto de silício. Utilizam-se diferentes tamanhos de grão na operação de lixamento, que começa sempre pelo grão maior. Os tamanhos mais comuns são 60 e 220mesh(o número que designa o tamanho do grão se refere à quantidade de aberturas em uma polegada linear de tela de peneira); entretanto encontram-se empresas utilizando o grão 80, de tamanho intermediário.

Como descrito por Agostini e Fiorentini (1998), o equipamento utilizado consiste basicamente em duas polias com largura de 20 cm, aproximadamente, dispostas horizontalmente. Entre as duas polias está fixada uma mesa metálica, geralmente revestida de material acolchoado, que permite lixar superfícies levemente curvas, o que

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