Melhorias na Gestão de Materiais: Estudo de Caso em Obra de linhas de Transmissão

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É de extrema importância a conscientização sobre o gerenciamento de projetos das equipes de contratos, suprimentos, logística e almoxarifado para que os resultados sejam alcançados e assim cada setor consiga realizar suas tarefas com qualidade, dentro do tempo e custo projetados.

A distribuição dos materiais de aplicação destinados ao canteiro de obras, em uma empresa no ramo de estruturas de linhas de transmissão e serviços relacionados, vem sofrendo problemas em decorrência da falta do controle dos materiais acarretando em custos extras, atrasos e/ou falta de materiais e equipamentos necessários no que se refere ao envio e recebimento destes, destinados ao desenvolvimento das atividades na frente de trabalho. Como desenvolver melhorias na gestão de materiais das obras?

O presente trabalho tem como objetivo geral, propor melhorias nos métodos utilizados no processo de gestão de materiais de aplicação de uma empresa no ramo de estruturas de transmissão e serviços relacionados, situada na cidade de Betim, região metropolitana de Belo Horizonte.

2 Cadeia de Suprimentos

Segundo Cerra, Maia e Alves Filho (2007), uma cadeia de suprimentos engloba todos os estágios (clientes, varejistas, distribuidores, fabricantes e fornecedores) envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento de um pedido ao cliente. Dentro deste contexto ela deve ser enxergada como um conjunto traz uma série de desafios para as práticas gerenciais tradicionais.

Ballou (2006) afirma que a cadeia de suprimentos abrange todas as atividades relacionadas com o fluxo e a transformação de matéria prima se iniciando na extração de matéria prima até o usuário final e que nesse contexto os materiais e as informações fluem tanto para cima como para baixo nesta cadeia, assim como exemplificado na Figura 1, que ilustra a ideia da empresa estar no centro de uma rede de fornecedores e clientes.

Figura 1 – Rede de cadeia de suprimentos

[pic 1]

Fonte: CHRISTOPHER (2010)

Para Bowersox, et al (2013), a gestão da cadeia de suprimentos consiste na colaboração entre empresas para impulsionar o posicionamento estratégico e melhorar a eficiência operacional. Para cada empresa envolvida, o relacionamento na cadeia de suprimentos reflete uma opção estratégica.

Moori; Basso e Nakamura (2009), afirmam que a gestão de uma cadeia de suprimentos deve converter uma grande quantidade de dados de diversas fontes em informações significativas, bem como permitir a simulação de estratégias e táticas, em ambiente comercial altamente dinâmico, com objetivo de satisfazer ao mercado e evitar um oneroso aumento de estoque, através de ajustes contínuos no planejamento estratégico além de fazer o melhor uso dos seus ativos fixos, ajustando a oferta e a procura. Isso só será possível ao elaborar planos realistas e confiáveis que levam em consideração a capacidade dos recursos da sua empresa e dos seus parceiros comerciais e a redução dos estoques.

Simchi-Levi; Kaminsky e Simchi-Levi (2010), afirmam que a cadeia de suprimentos deve integrar com eficiência fornecedora, fabricantes, depósitos e pontos comerciais, de maneira que a mercadoria deverá ser produzida e distribuída de forma correta, nos prazos e pontos de entrega corretos, com o objetivo de minimizar os custos totais do sistema sem deixar de atender às exigências em relação ao nível de serviço.

Além disso, Iyer; Seshadri e Vasher (2009) pontuam que a cadeia de suprimentos é um conjunto muito mais amplo e abrangente de processos que precisam ser projetados com a meta específica de funcionarem em coesão.

3 Logística

Gusmão (2004), define que o conceito de Logística pode ser interpretado como sinônimo de gerenciamento da cadeia de suprimentos, ou então, como etapa constituinte deste gerenciamento, que tem como objetivo planejar, implantar e controlar a eficiência e eficácia do fluxo, do estoque de produtos e serviços, das informações relacionadas do ponto de origem ao ponto de consumo, a fim de atender as necessidades dos consumidores.

Arbache (2015), afirma que a logística com suas ferramentas e complementos pode ser fundamental, dependendo de como a empresa planeja e programe sua estratégia, através do conhecimento dos requisitos dos clientes no que se refere ao serviço a ser prestado.

Ballou (2006) descreve que o ramo da logística empresarial é razoavelmente novo, haja vista que tal conceito até então estava intimamente relacionado com a questão de movimentação e armazenamento de materiais, não se aprofundando em relação a gestão integrada das quais podemos citar, finanças, marketing e produção.

Segundo Moori; Basso e Nakamura (2009), o desafio da gestão da cadeia de logística é a coordenação do fluxo de materiais, da fonte até o usuário, como um sistema integrado, composto de uma série de atividades interdependentes. Sendo assim, a gestão da cadeia de suprimentos e logística tem por objetivo passar pelo controle da demanda do mercado, passando pela rede de distribuição, ao processo de fabricação e à atividade de aquisição, de tal modo que os clientes sejam atendidos com níveis de serviços cada vez melhores, baixo custos, visando a redução do investimento em ativos operacionais. Todavia deve-se salientar que mesmo a boa gestão da cadeia de suprimentos e logística está atrelada ao risco do negócio, ou seja, geração de valor para o acionista.

Para Christopher (2010), o conceito subjacente de gestão de logística é o processo de gestão estratégica da aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e estoques finais (e os fluxos de informação relacionados) por meio da organização e seus canais de comercialização, de tal forma que a rentabilidades atuais e futuras sejam maximizadas através da execução de pedidos, visando custo beneficio.

4 Estoque

Para Chopra e Meindl (2002), o estoque é a matéria-prima, os produtos em processamento e os produtos acabados dentro de uma cadeia de suprimento. Porém, cabe ressaltar que a existência de um grande estoque, poderá ocasionar em aumento de custos dessa maneira, menos eficiente.

O estoque de produção contribui para a produção de produtos para uma empresa, ou dela fazem parte. Nesse contexto o estoque pode ser desde os bens tangíveis a serem vendidos até os suprimentos necessários para administrar o serviço (JACOBS; CHASE, 2009).

Ricci; Conceição