COMPETÊNCIAS NA FORMAÇÃO DO ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO
Por: Salezio.Francisco • 12/1/2018 • 1.266 Palavras (6 Páginas) • 355 Visualizações
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simultaneamente, a erudição e a capacidade de mobilização do conhecimento frente à uma situação problema. Ele a conceitua de três formas distintas.
Primeira, “a competência é o tomar iniciativa e o assumir responsabilidade do indivíduo diante de situações profissionais com as quais se depara” (p.68). Segunda, “a competência é um entendimento prático de situações que se apóia em conhecimentos adquiridos e os transforma na medida em que aumenta a diversidade das situações” (p.72). Por fim, a terceira conceituação expressa que “a competência é a faculdade de mobilizar atores em torno das mesmas situações, é a faculdade de fazer com que esses atores compartilhem as implicações de suas ações, é fazê-lo assumir áreas de co-responsabilidade” (p.74). Esta última remete a todas as situações em que uma pessoa enfrenta um evento e a responsabilidade é assumida coletivamente.
De acordo com Parry (1996), em outubro de 1995, num congresso em Johannesburg, na África do Sul, com o objetivo de discutir o tema competências, especialistas de recursos humanos chegaram à seguinte definição: “uma competência é o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes relacionadas que afeta a maior parte do trabalho e se relaciona com o desempenho neste. Pode ser medida através de padrões bem aceitos e pode ser aperfeiçoada através de treinamento e desenvolvimento” (p.50).
De acordo com Cunha (2007), competência é a “capacidade de execução de atividades compostas pela execução de várias tarefas (requerendo, portanto, a presença de múltiplas habilidades)” (p. 4). O mesmo autor ainda conceitua outros termos ligados à temática da competência e propõe uma divisão de competências e habilidades em “acadêmicas” e “profissionais”.
De acordo com o Ministério da Educação (2000), nas Referências Curriculares Nacionais, as competências, enquanto ações e operações mentais articulam conhecimentos (“saber”), habilidades (“saber fazer”) e valores (as atitudes, o “saber ser”).
Existem pelo menos três fatores associados ao desenvolvimento de competência: habilidade, montante de investimento e qualidade das experiências de aprendizagem.
Na elaboração dos projetos pedagógicos deve-se considerar esse desenvolvimento diferenciado, de forma a priorizar inicialmente a construção das habilidades do aluno e, posteriormente, o desenvolvimento das competências do mesmo.
A partir da constatação do peso da temática das competências na educação atualmente e, também, devido ao fato de não haver estudos que mensurem o grau de desenvolvimento das competências nos cursos de engenharia de produção do país, assim como as formas como são desenvolvidas, propõe-se a criação de um instrumento com estaêncialidade.
Etapa 1- Levantamente bibliográfico sobre habilidades e competências; definição de habilidades e competências.
Etapa 2- Levantamente bibliográfico de habilidades e competências do engenheiro de produção (documentos); agrupamento das habilidades e competências do engenheiro de produção; categorização das competências do engenheiro de produção.
Etapa 3- Construção do instrumento de avaliação; validação de conteúdo do instrumento: encaminhamento para especialistas das áreas de educação e engenharia de produção.
Competências a serem desenvolvidas: Gestão de desenvolvimento de produtos/serivços/processos, gestão de projetos, gestão da melhoria contínua, sustentabilidade, responsabilidade social, modelagem, gestão da qualidade, gestão estratégica, gestão da tecnologia da informação, resolução de problemas, gestão de produtos/processos, comunicação, trabalho em equipe, ética profissional, auto-aprendizagem, liderança, iniciativa, criatividade, multidisciplinaridade, empreendedorismo.
O respondente deverá escolher o grau de desenvolvimento de cada competência durante o seu curso, informando, dessa maneira, aos avaliadores do questionário, o nível de incentivo em que as competências se desenvolveram.
Observa-se pela revisão apresentada, que há uma real dificuldade de conceituar o termo. Além da divergência dos autores, há o fato de a competência não ser algo tangível, nem de fácil entendimento. A partir do momento em que o foco da educação passa a ser as competências, principalmente nas áreas tecnológicas, torna-se necessário que haja um entendimento sobre a conceituação do termo e, mais do que isso, um consenso sobre este conceito, uma vez que o conceito já é utilizado para direcionar aspectos relacionados à educação.
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