A GESTÃO DOS PROCESSOS PRODUTIVOS - PRODUÇÃO MAIS LIMPA
Por: Kleber.Oliveira • 19/12/2018 • 2.388 Palavras (10 Páginas) • 349 Visualizações
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final, através de um design adequado aos produtos.
• Quanto aos serviços: incorporando as preocupações ambientais no projeto e fornecimento dos serviços.
Pode ser definida também como uma estratégia ambiental, de caráter preventivo, aplicada a processos, produtos e serviços empresariais, que tem como objetivo a utilização eficiente dos recursos e a diminuição de impactos negativos no meio ambiente.
As estratégias de produção mais limpa são o resultado da mudança de enfoque na abordagem da questão ambiental no âmbito das empresas, antes focados no controle da contaminação, passando-se a privilegiar a prevenção.
De acordo com o PNUMA, o programa para produção mais limpa busca:
• Aumentar o Consenso Mundial para uma visão de produção mais limpa.
• Apoiar a rede de organizações dedicadas a promoção de estratégias de produção mais limpa e ecoeficiência.
• Ampliar as possibilidades de melhoria ambiental das empresas mediante a capacitação e a educação.
• Apoiar projetos que sirvam de modelo de referência.
• Fornecer assistência técnica.
Para alcançar seus objetivos, o programa para a produção mais limpa concentra-se em duas vertentes: difusão da informação e capacitação. Um dos mais importantes instrumentos de apoio a esses objetivos são os centros nacionais para a produção mais limpa, que existem em diversos países em desenvolvimento e que atuam em conjunto com a Organização das Nações Unidas para o desenvolvimento industrial.
No Brasil, o centro Nacional de tecnologia limpa constitui um desses centros de excelência está localizado, desde 1995, na Federação das indústrias do Rio Grande do Sul, junto ao SENAI-RS. O centro atua fundamentalmente com quatro produtos: disseminação de informações, implantação de programas de produção mais limpa nos setores produtivos, captação de profissionais e atuação em políticas ambientais.
Em 1998, entre os dias 17 e 19 de Agosto, foi realizado em São Paulo, Brasil, a “conferência das Américas sobre produção mais limpa”, e organizada e patrocinada por inúmeras organizações, entre as quais: CETESB, USEPA, OEA, BIRD, entre outros. A conferência foi uma iniciativa destinada a apoiar o processo de consolidação da produção mais limpa (P+L) e da prevenção a poluição do continente americano
Os participantes divulgaram ao final do encontro “a carta de São Paulo sobre produção mais limpa e prevenção da poluição” onde define a PML como “a aplicação continua de uma estratégia ambiental preventiva integrada aos processos, produtos e serviços para aumentar a ecoeficiência e reduzir os riscos ao homem e ao meio ambiente” consideram, ainda, que a produção mais limpa requer mudanças de atitude, garantia de gerenciamento ambiental responsável, criação de políticas nacionais direcionadas e avaliação de alternativas tecnológicas. A PML aplica-se tanto a processos produtivos, quanto a produtos e serviços.
No ano seguinte, com o objetivo de incentivar a adoção da PML em termos mundiais, o PNUMA lançou, em 10 de setembro de 1999, a “Declaração internacional sobre a produção mais limpa” com um total de 159 signatários entre países, empresas, ONGs, associações profissionais e agências internacionais.
Nesse documento, reconhece-se a necessidade de adotar práticas de produção e consumo mais sustentáveis para melhorar o ambiente global, as quais, entre as opções preferenciais, estão a produção mais limpa e outras estratégias preventivas, como a ecoeficiência, a produtividade ambiental e a prevenção da poluição. Na declaração, a PML é entendida como:
“Aplicação continuada de uma estratégia preventiva integrada aplicada a processos produtos e serviços com vista a reduzir os riscos para a saúde humana e o ambiente e a conseguir benefícios econômicos as empresas.”
A estratégia de produção mais limpa se completa com a adoção da filosofia da ecoeficiência, que abrange incorpora os conceitos fundamentais daquela.
Estudos realizados nos Estados Unidos e divulgados pelo PNUMA apontam várias razões políticas, financeiras e técnicas pelas quais não se adotam a produção mais limpa.
Razões %
POLITICAS
Resistencia burocrática 20
Tendências conservadoras 10
Legislação descoordenada 10
Sensacionalismo dos meios de comunicação em massa 10
Ignorância do publico/falta de informação 10
Subsídios para disposição 10
Escassez de fundos 10
FINANCEIRAS Vinculado a indústria de resíduos 10
Falta de informações centralizadas confiáveis 05
TECNICAS Falta de apoio ao aplicar minimização dos resíduos as necessidades individuais 05
TOTAL 100
Fonte: PNUMA. Disponível em: <(www.unep.org)> Tabela 1
Em virtude da existência de demanda por parte das empresas por linhas de crédito para adoção da PML, alguns bancos disponibilizam essa modalidade. Um exemplo é a linha de crédito do CDC socioambiental colocada em operação em agosto de 2004 pelo ABN amro real, voltada para as pequenas e médias empresas que queiram adquirir equipamentos para adequar-se a legislação ambiental. Para Nova modalidade de crédito, o banco selecionou dez áreas preferenciais ao financiamento socioambiental, destacando quatro focos: água, ar e gases, lixo e resíduos. Assim, equipamentos para reciclagem, para redução de emissão de resíduos, estações para tratamento de efluentes equipamentos voltados para uma produção mais limpa estão entre os preferidos, além dos projetos que envolvam eficiência energética.
Desde a década de 1980 a Pnuma (Programa das Nações Unidas para o meio ambiente) e a Onudi (Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial) vem medindo seus esforços para a construção de um modelo mais limpo de crescimento econômico.
A Produção mais limpa é uma estratégia de gestão com foco na eficiência de uso de matéria-prima, energia, água e insumos com o intuito
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