MOTOR MAGNÉTICO
Por: Kleber.Oliveira • 27/2/2018 • 1.368 Palavras (6 Páginas) • 291 Visualizações
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O trabalho de Lopes (2007) desenvolvido no Laboratório do Departamento de Engenharia Mecânica da UNICAMP apresenta um experimento de um motor magnético do tipo PERENDEV (PERENDEV POWER HOLDING AG é uma empresa localizada na Alemanha que fabrica equipamentos de ampla gama de soluções de energia alternativa), onde os imãs são arranjados no perímetro do rotor com um espaçamento angular de 20°, dispostos com a mesma polaridade, em um ângulo de 27° em relação ao raio do rotor. (Segundo PERENDEV este ângulo poderia ser entre 20° e 40°). A figura 4 mostra a disposição entre os imãs.
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Figura 4: Posicionamento dos imãs rotor-estator. Fontes: LOPES (2007).
O autor descreve que as peças móveis foram construídas de um material não magnético (alumínio), porém quando foi realizar a montagem do aparato percebeu que conforme a roda se movimentava, ocorria uma variação de fluxo magnético nas peças de alumínio e devido a isto apareciam as chamadas correntes de Foucault, estas por sua vez induziam um campo magnético que atrapalhavam o movimento. Esses campos faziam com que a roda tivesse muita dificuldade para girar mesmo na ausência dos imãs presos às peças externas. Logo após perceber este problema foram feitas novas peças externas de pvc, como mostra a figura 5. Mas mesmo assim o experimento não foi concluído, pois não foi encontrada a configuração ideal dos imãs, para que o rotor se movimentasse, devido à inflexibilidade para testar configurações diferentes, pois os imãs foram embutidos.
[pic 5]
Figura 5: Motor Magnético tipo PERENDEV. Fonte: LOPES (2007).
No trabalho de Alécio (2011) desenvolvido no Laboratório de Engenharia Mecânica da UFPE, o autor define as correntes de Foucault mencionadas no trabalho de Lopes (2007) e afirma que estas são correntes elétricas que aparecem em massas metálicas, como consequência da variação de fluxo que as atravessam por magnetismo, chamadas também de rodamoinho ou turbilhonares. Podem acarretar dissipação de energia e elevar a temperatura das peças metálicas, quando a sua intensidade é alta devido à pequena resistência elétrica (ôhmica) dessas massas quando o efeito térmico (joule) incube-se de propiciar uma grande elevação da temperatura.
O autor descreve todos os processos realizados bem como os materiais e equipamentos utilizados. Nesse trabalho desenvolveram-se protótipos de rotores magnéticos, apresentando todos os resultados obtidos, e em seu último protótipo, tendo como experiência os resultados encontrados nos anteriores, fez-se um novo rotor melhorando as características que não foram encontradas nos anteriores. Mas segundo o autor, diante do confronto dos testes experimentais com o protótipo desenvolvido em seu trabalho e os resultados obtidos dos estudos analíticos, pode-se concluir que o protótipo não apresentaria resultante motriz magnética capaz de manter condições de giro permanente por razões da ocorrência de outras resistências ou ações de campo magnético que não foram adequadamente modeladas e/ou computadas (aerodinâmica, efeitos do campo magnético do sistema rotor/injetor, etc ).
Obtido um resultado não satisfatório, mas adquirida uma grande experiência, Alécio (2011) apresentou sugestões para futuros trabalhos, como:
- Testar novos formatos do disco e o posicionamento dos imãs do rotor;
- Aperfeiçoar o dispositivo de fixação dos imãs do injetor;
- Procurar obter maior redução das resistências por atrito;
- Validar as direções das forças motrizes oriundas da análise local com os campos magnéticos produzidos pelo sistema rotor/injetor.
Analisando os trabalhos de Lopes (2007) e de Alécio (2011), pode-se concluir que mesmo os trabalhos sendo diferentes, as problemáticas encontradas foram praticamente as mesmas, ou seja, a disposição entre os imãs. Nesse sentido, esse TCC tem como propósito dar continuidade às experiências com o motor magnético, podendo incorporar as sugestões propostas por Alécio (2011).
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