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UTILIZAÇÃO DO MATERIAL REQUIREMENT PLANNING (MRP) NA INDÚSTRIA TÊXTIL

Por:   •  8/12/2018  •  11.705 Palavras (47 Páginas)  •  368 Visualizações

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- Introdução;

- Referencial Teórico;

- Estudo de Caso;

- Conclusão.

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REFERENCIAL TEÓRICO

- A INDÚSTRIA TÊXTIL

O processo de fabricação e beneficiamento de tecidos é um dos mais antigos exercidos pela mão do homem. Análises arqueológicas constataram já existir vestimentas desde aproximadamente o ano 5000 AC.

Fonte: CHILDE, Gordon. A evolução cultural do homem. Rio de Janeiro: Zahar,

1978.

A Indústria Têxtil se divide basicamente em fiação, processo de fabricação dos

fios, tecelagem, que consiste no entrelaçamento dos fios, e beneficiamento, processo químico e/ou físico o qual é submetido o tecido. Em geral tem por objetivo a transformação de fibras naturais e/ou sintéticas em fios, estes após o processo de tecelagem originam tecidos utilizados desde peças vestiarias até artigos de aplicações técnicas, variando de acordo com a forma de beneficiamento em um processo produtivo muito diversificado.

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Histórico

A manufatura dos tecidos é uma das mais velhas tecnologias do homem. Desde o Antigo Egito, já se utilizava o tear antigo. Naquela época, existia certa dificuldade em achar matéria-prima, por este motivo existia um variado cultivo de fibras, como linho, algodão, seda e lã. O cultivo do linho se desenvolveu na Suécia e simultaneamente, nas margens do Rio Nilo, enquanto o algodão veio da Índia. A produção de seda foi descoberta por Aristóteles e levada a Europa por padres, já a lã veio da Ásia Central e chegou até a Inglaterra.

A primeira fase da Revolução Industrial correspondeu ao período que se estende de 1760 a 1850, nesse período a Inglaterra liderou o processo de industrialização. O desenvolvimento técnico-científico que modernizou a economia foi significativo neste período, surgindo então às primeiras máquinas feitas de ferro que utilizavam o vapor como força motriz. Por outro lado, a existência de um amplo mercado consumidor para artigos industrializados, América, Ásia e Europa, estimulava ainda mais a mecanização da produção.

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Na primeira fase da Revolução Industrial, a indústria têxtil foi a que mais se desenvolveu. A grande oferta de matéria-prima (o algodão, cujo maior produtor era os Estados Unidos) e a abundância de mão-de-obra, na grande maioria mulheres, barateavam os custos da produção, gerando lucros elevados, os quais eram reaplicados no aperfeiçoamento tecnológico e produtivo.

Algumas invenções foram de fundamental importância para ativar o processo de mecanização industrial têxtil, entre as quais podemos destacar:

- A máquina de Hargreaves (1767) capaz de fiar, sob os cuidados de um só operário, 80 kg de fios de algodão de uma só vez;

- O tear hidráulico de Arkwright (1768);

- A máquina Crompton, aprimorando o tear hidráulico (1779);

- O tear mecânico de Cartwright (1785).

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Indústrias Têxteis no Brasil e no Mundo

A indústria têxtil é bastante ampla e é composta por várias etapas produtivas inter-relacionadas conforme citado neste trabalho, e em sua etapa final, os produtos podem tomar a forma de vestuário, de artigos para o lar (cama, mesa, banho, decoração e limpeza), ou para a indústria (filtros de algodão, componentes para o interior de automóveis, embalagens, feltros etc.). O produto final de cada uma dessas fases é a matéria-prima da fase seguinte, o que denota a cadeia têxtil e de confecção um caráter bastante diversificado, sendo cada setor composto por grande número de segmentos diferenciados, com dinâmicas, estruturas físicas e players próprios. A descontinuidade do processo produtivo, com diferentes intensidades em termos de utilização de capital e mão-de-obra em cada etapa, somada às diversas possibilidades de utilização e combinação de matérias-primas, resulta em uma gama bastante ampla de opções quanto ao processo técnico utilizado, às formas de organização da produção e ao produto final desejado. Como resultado, as estratégias empresariais também são bastante diversificadas em termos de escalas de produção, diferenciação de produto, intensidade na utilização de capital ou mão-de-obra, integração vertical ou especialização em etapas específicas.

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Em termos mundiais, o acirramento da concorrência internacional obrigou os produtores dos países centrais a uma intensa reestruturação nas suas formas de inserção no mercado e nas estratégias de organização da produção. A utilização de técnicas modernas de Supply Chain Managament (Gestão da Cadeia de Suprimentos) combinada com a difusão da tecnologia de informação e ECR (Efficient Consumer Response - Resposta Eficiente do Consumidor) passou a ser um fator competitivo fundamental. Por outro lado os produtores de alguns países em desenvolvimento também têm buscado se reposicionar na cadeia de valor, passando da montagem pura e simples para um aprofundamento que envolve receber a especificação do produto, desenvolver especificações sobre o processo de produção, gerenciar a logística de compras e entregar o produto com sua marca ao cliente.

A reorganização mundial da cadeia Têxtil e de Confecção aparece claramente nos dados de comércio internacional, com o deslocamento constante dos países desenvolvidos no ranking dos principais exportadores praticamente desde a década de 60 do século passado. No período mais recente, as exportações mundiais de produtos têxteis e de confecção atingiram aproximadamente US$ 534 bilhões em 2010, apresentando um crescimento de 6,4% ao ano no período de 2006-2010.

Tabela 1 – Exportação Mundial de Produtos Têxteis e de Confecção (2006 e 2010)

U$$ bilhões

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