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Oscilação Anual do Preço do Repolho no Mercado Municipal de Malanje

Por:   •  1/4/2018  •  4.363 Palavras (18 Páginas)  •  359 Visualizações

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Analítico sintético nos permitiu ver a parte bibliográfica e a documentação do trabalho.

Métodos de nível empírico

Observação nos permitiu saber o registo sistémico e planejado do produto no mercado, saber como é o produto como funciona e essencialmente registar visualmente e naturalmente aquilo que ocorre em temo real um determinado fenómeno assinalando os seus acontecimentos de acordo com o esquema previsto, directa ou indirectamente, acompanhado de uma guia.

Entrevista, usamos para colectar dados através das amostras directamente com o sujeito acompanhado também de uma guia de perguntas com as amostras e as suas respostas.

CAPÍTULO I. FUNDAMENTAÇAO TEÓRICA DA CULTURA DO REPOLHO.

1.1.Origem da cultura do repolho.

O centro de origem do repolho é na Costa Norte Mediterrânea, Ásia Menor e Costa Ocidental Europeia. Na forma original, o repolho era utilizado pelos egípcios, sendo que o seu uso tornou-se mais popular quando ocorreram as invasões arianas entre 2000 e 2500 a.C. A introdução do repolho na Europa ocorreu pelos celtas no século IX. Já na América a sua introdução se deu pelos conquistadores europeus no século XV. É uma planta herbácea, possui inúmeras folhas arredondadas e cerosas que se imbricam, formando uma cabeça compacta, que constitui a parte comestível da planta (Filgueira, 2008; Tivelli & Purqueiro, 2005).

1.2. Importância económica e alimentar

O repolho era considerado como uma fina iguaria pelos gregos e romanos. Na região central do repolho é situada a parte comestível da hortaliça, denominada popularmente como " cabeça", o repolho em sua forma crua apresenta boas quantidades de vitaminas A, importante para o crescimento e a formação dos dentes, e C, que age contra infecções, alem de ser um alimento de baixo valor teórico. Além das diversas propriedades nutritivas, é alimento muito versátil à mesa e na indústria, podendo ser consumido cru, cozido, assado, frito, na forma de chucrute, picles e desidratado (Filgueira, 2000).

1.3 Produção no mundo

De acordo com os dados da FAO, a produção mundial de repolho tem oscilado entre 68,2 e 67,1 milhões de toneladas, distribuídas por uma superfície de 3,2 milhões de hectares. Mais de 70% da produção mundial concentra-se no continente asiático, cabendo a liderança à China com 32,6 milhões de toneladas, o que representa 48% da produção mundial. A Europa tem uma representatividade na produção mundial de 19%, destacando-se a Federação Russa, com produções superiores a 4 milhões de toneladas. A produtividade média é na Ásia, nomeadamente na China, cerca de metade da que se atinge na Polónia e na Alemanha, ou seja mais de 40 toneladas por hectare. Na Ásia produz-se aproximadamente 80% da couve-flor, a nível mundial, sendo a China e a Índia os maiores produtores. A Europa tem um peso de 14%, sendo praticamente os 25 Estados Membros, os responsáveis pela produção desta hortícola. Neste produto, a produtividade obtida na Europa e a obtida na Ásia é semelhante, cerca de 18 toneladas por hectare.

1.4 Características da cultura do repolho

É uma hortaliça de cabeça, e sua formação ocorre pela sobreposição das folhas, é fonte de vitamina C e rico em vitaminas B1, B2 e E, além de sais minerais, sobretudo cálcio e fósforo (Lana e Tavares, 2010). Ainda segundo as autoras, pode ser consumido cru em saladas, cozido em água ou leite ou fermentado (chucrute).

Segundo Filgueira (2003), apresenta caule é curto, directo, sem ramificações. Possui uma raiz principal distinta, desenvolvendo ramificações adventícias na base do caule, o que lhe favorece uma boa recuperação após o transplante.

É bienal, exigindo temperaturas amenas ou frias, apresentando notável tolerância a geadas. Ainda de acordo com o autor, há cultivares que permitem o plantio sob condições climáticas diversas. Porém, recomenda-se, para um melhor cultivo, solos de textura média, soltos, profundos e ricos em matéria orgânica e pH em torno de 5,5 a 6,8. A colheita ocorre a partir dos 80 dias. As cabeças devem estar compactas e grandes, com as folhas que revestem a cabeça apresentando os bordos voltados para trás. As folhas externas ficam mais caídas e ocorre a mudança da coloração (Luz et al, 2002). A produtividade é variável, geralmente superior a 50 ton/ha-1, com cabeças variando entre 1,5 a 2,0 kg no máximo, atendendo às preferências do mercado (Filgueira, 2003). Para Souza e Resende (2006) o consumidor prefere cabeças com peso médio entre 1 a 1,5 kg

1.5 Conceito de comercialização

A comercialização, constitui uma etapa fundamental do processo produtivo e, no sentido amplo envolve uma serie de funções ou actividades de transformação e adição de utilidade de bens e serviços são transferidos dos produtores aos consumidores. Os textos sobre comercialização agrícola apresenta variam definições com diferenciados graus de amplitude. Com um sentido mais restrito, a comercialização tem sido definida pelo conjunto de operações que se iniciam com a criação dos produtos agrícolas e culminam com a sua utilização ao nível do consumidor final. Neste contexto, a comercialização significa somente a continuação do processo de produção (Cabral, 2010).

De um modo geral os estudos abordam a comercialização como um conjunto de actividades e serviços intermediário, movimentados desde a produção inicial até a sua aquisição pelo consumidor final.

1.5.1 Circuito de comercialização

Circuito de comercialização, percurso pela qual se volta ao ponto de partida, considera-se cinco fases num circuito de comercialização completo de produtos agrícola: produção, concentração, normalização, armazenagem, distribuição e o consumo. Esta fase exige do produtor um conhecimento que vai além do conhecimento técnico da produção, deve possuir conhecimento de mercado, e de oportunidade em função da época e do preço. O repolho é trazido pelos comerciantes ambulantes de origem do produto, e por sua vez por comerciantes retalhistas que operam no mercado da região, o produto normalmente é comprado directamente dos produtores pelos comerciantes locais e pelos comerciantes ambulantes (Vilela, 1987).

A estruturação do circuito económico veio imprimir alguns dinamismos na comercialização dos produtos, em que cada

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