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ATPS: MICROBIOLOGIA AGRÍCOLA

Por:   •  21/12/2017  •  1.825 Palavras (8 Páginas)  •  487 Visualizações

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A distinção entre fixação do nitrogênio por organismos de vida livre e simbióticos pode não ser tão rigorosa como se pensava tradicionalmente. Alguns micróbios ocorrem regularmente no solo, ao redor das raízes de certas plantas que eliminam carboidratos, consumindo estes compostos e, ao mesmo tempo, fornecendo indiretamente nitrogênio para as plantas. As associações simbióticas entre bactérias normalmente de vida livre, como Azotobacter, e as células de plantas superiores em culturas de tecido induziram seu crescimento num meio artificial carente de nitrogênio.

FUNGOS ASSOCIADOS AS RAÍZES DE PLANTAS SUPERIORES;

Micorrizas são associações entre fungos e raízes de plantas superiores. Em aproximadamente 83% das dicotiledôneas e 79% das monocotiledôneas e todas as Gimnospermas elas estão presentes.

Os fungos, associados às raízes, ocupam um maior volume do solo, potencializando a absorção de nutrientes, principalmente do sódio. A planta, através da fotossíntese, fornece energia e carbono para a sobrevivência e multiplicação dos fungos. Nos trópicos, onde a maior parte do solo apresenta baixa fertilidade, a formação de micorriza é importante para a sobrevivência e o crescimento das plantas, assim como para a sucessão da floresta e a recuperação das áreas degradadas. Neste tipo de solo, a micorrização pode beneficiar pouco ou não ter efeito sobre a planta hospedeira. A aplicação de nutrientes, especialmente o fósforo, pode aumentar os efeitos da inoculação desse fungo.

Para as plantas perenes, a micorrização é usada na formação de mudas, visando obtenção de mudas bem nutridas, vigorosas e uniformes para um índice elevado de sobrevivência e uma melhor eficiência dessas.

BENEFICIOS PARA A PLANTA : aumento na absorção de água e nutrientes; aumento no gradiente de absorção; fornecem proteção contra fungos patogênicos e nematoides; maior adaptação para as plantas em solos com baixa fertilidade e pouca água.

BENEFICIOS PARA O FUNGO: recebe energia para o crescimento e reprodução; Fotossintatos; BENEFICIOS PARA O SOLO: acumulo no estoque de Carbono; aumento da Biomassa Microbiana;

VÍRUS UTILIZADOS COMO BIOPESTICÍDAS;

Baculovirus é um vírus de ocorrência natural e específico para a lagarta-da-soja, Anticarsia gemmatalis. Portanto, mata somente este inseto, mas não afeta outras pragas e inimigos naturais. A lagarta morta apresenta, no início, o corpo mole e amarelado. Com o passar do tempo, o corpo da lagarta torna-se escuro e apodrece. As folhas de soja pulverizadas com o Baculovírus, e consumidas pela lagarta, propiciam a multiplicação do vírus no seu corpo. Após o quarto dia, as lagartas ficam enfraquecidas, deixando de, praticamente, se alimentar, observando-se uma descoloração no corpo das lagartas doentes. As lagartas infectadas tendem a se deslocar para as partes superiores da planta de soja e com o tempo perdem a mobilidade, morrendo entre o sexto e décimo dia da aplicação, dependuradas em folhas e pecíolos da planta. Depois de alguns dias as lagartas mortas entram em processo de decomposição , liberando grande quantidade de vírus sobre as folhas, que serve para contaminar outras lagartas que vão aparecendo na lavoura.

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ETAPA 2

Aula-tema: Introdução à Microbiologia do solo. Microbiologia do solo: diversidade, variabilidade e grupos de microrganismo. Distribuição e atividade dos microrganismos no solo. Interações dos microrganismos no solo.

O solo é constituído das frações orgânica e inorgânica (rochas e minerais) e é habitado por inúmeras espécies, formando um ecossistema. Os microrganismos fazem parte do solo de maneira indissociável, sendo responsáveis por inúmeras reações bioquímicas relacionadas não só com a transformação da matéria orgânica, mas também com o intemperismo das rochas. Assim, os microrganismos do solo desempenham papel fundamental na gênese do solo e ainda atuam como reguladores de nutrientes, pela decomposição da matéria orgânica e ciclagem dos elemento, atuando, portanto, como fonte e dreno de nutrientes para o crescimento das plantas.

Os microrganismos do solo, também chamados coletivamente de microbiota, são representados por cinco grandes grupos: bactérias, actiomicetos, fungos, algas e protozoários.

Apesar de constituírem somente 1 a 4 % do carbono total e ocuparem menos de 5 % do espaço poroso do solo, a diversidade e a quantidade dos microrganismos é bastante elevada. Entretanto, como o solo é normalmente um ambiente estressante, limitado por nutrientes, somente 15% a 30% das bactérias e 10% dos fungos encontram-se em estado ativo. Os componentes microbianos vivos do solo são também denominados de biomassa microbiana e as bactérias e fungos respondem por cerca de 90% da atividade microbiana do solo. De uma maneira geral, os microrganismos estão envolvidos em vários processos de grande interesse agronômico, particularmente no que se refere à agricultura orgânica e à rotação de culturas. Dentre os processos podem ser destacados: a) decomposição e ressíntese da matéria orgânica, b) ciclagem de nutrientes, c) as transformações bioquímicas específicas (nitrificação, desnitrificação, oxidação e redução do enxofre), d) fixação biológica do nitrogênio, e) a ação antagônica aos patógenos, f) produção de substâncias promotoras ou inibidoras de crescimento, entre outros.

Em condições ideais, a microbiota do solo permite que os nutrientes sejam, gradualmente, liberados para a nutrição das plantas, sem perdas por lixiviação. A diminuição da microbiota do solo prejudica a fixação temporária dos nutrientes, incrementando suas perdas e resultando no empobrecimento do solo.

Em ecossistemas clímax, a microbiota encontra-se em equilíbrio com o solo, mantendo assim a sua biodiversidade. Todavia, toda e qualquer interferência do homem sobre aquele ecossistema resulta em quebra do equilíbrio e importantes alterações na microbiota podem ocorrer, nem sempre benéficas.

Desse modo, o uso de práticas agrícolas, como as que permitem a cobertura vegetal do solo, a incorporação de restos vegetais, a adubação orgânica, a rotação de culturas, o emprego de húmus de minhoca e outras, incluindo dentro desse contexto o plantio direto, pode resultar na melhoria da produtividade associada com qualidade e sustentabilidade.

Portanto, cabe aos profissionais da área dar ao solo o melhor manejo possível,

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