Transtorno Obsessivo Compulsivo

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Nas últimas décadas, foram desenvolvidos processos de tratamento que podem ser eficazes na diminuição de até 70% dos casos estudados. Alguns dos tratamentos possíveis podem ser feitos através da terapia medicamentosa com a utilização de inibidores seletivos de recaptação de serotonina, clomipramina e também a terapia comportamental. A técnica comportamental de exposição de prevenção de resposta (EPR) foi desenvolvida na década de 70 e considerada altamente eficaz (CORDIOLI, 2007).

Na psicoterapia o paciente e o terapeuta precisam analisar os momentos de ansiedade e aqueles em que não há tanta ansiedade, assim ambos precisam criar rotinas para que o indivíduo possa enfrentar os rituais trazendo menos ansiedade possível no paciente. O tratamento deste transtorno pode ser feito também através de medicamentos e psicoterapia. As pessoas que acompanham diariamente os portadores sofrem, pois estes não aceitam facilmente um tratamento, alegando não precisar de tratamento já que o transtorno não é doença, é apenas uma diferença das demais pessoas. Os tratamentos por medicamentos são indicados para pacientes em casos severos do TOC.

Já no tratamento psicológico podemos atuar de duas formas: individualmente ou em grupo. A terapia em grupo é eficaz para os participantes da terapia, já que eles compartilham seus problemas, assim favorecendo uma aprendizagem social. Individualmente a proposta da psicologia comportamental é a realização de análises das obsessões e compulsões, utilizando técnicas em relação às situações perturbadoras que o paciente expõe como angústia, medo, ansiedade e ritualismo que causam o seu sofrimento.

A apresentação é um procedimento realizado no início da terapia, no qual o portador realiza várias vezes o contato imaginário ou pessoalmente. Estas situações que geram desconforto, medo e ansiedade acontecem sempre de forma contínua, respeitando uma sequência pré-estabelecida, que coloca o indivíduo a exposição dos estímulos menos e mais perturbadores. O objetivo desta prática terapêutica é fazer surgir o efeito da habituação aos estímulos temidos e, consequentemente, a redução dos sintomas obsessivo-compulsivos relacionados à exposição a estes estímulos (CORDIOLI, 2008).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como as causas do TOC ainda não são totalmente conhecidas, esse modelo de tratamento permitiu diversos avanços no entendimento do transtorno, com variedade de técnicas e até sua remissão por completo. A psicoterapia aliada a psicofármacos em alguns casos também é recomendada, possibilitando trazer alívio ao paciente.

É relevante ressaltar a importância do esclarecimento do transtorno tanto para a pessoa que sofre diretamente com o TOC, quanto para a população de um modo geral, como se manifesta e as variadas formas de tratamento existentes.

REFERÊNCIAS

American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-V. Porto Alegre: Artmed, 2014.

CORDIOLI, A. V. Transtorno Obsessivo-Compulsivo. In: KNAPP, P. Terapia Cognitivo-Comportamental na prática psiquiátrica. Porto Alegre: Artmed, 2007.

CORDIOLI, A. V. A terapia cognitivo-comportamental no transtorno obsessivo-compulsivo. Rev. Bras. Psiquiat. 2008, vol.30. Disponível em Acesso em: 17 de agosto de 2016.