Resenha Holocausto Brasileiro
Por: Rodrigo.Claudino • 28/10/2018 • 5.546 Palavras (23 Páginas) • 554 Visualizações
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O capítulo se encerra retratando a relação de Chiquinha, uma criança que desde pequena se vê no Colônia auxiliando sua mãe a servir os internos, e uma interna, Conceição que fora internada por reivindicar seus direitos, e no colônia sendo vítima do descaso indignou-se e desafiou o diretor do hospital, tal acorrido fez com que a interna ganhasse o respeito amizade de Chiquinha a impulsionando a tornar-se diretora do Sindicato Único de Saúde representando 20 mil servidores mineiros .
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ARBEX, Daniela. Holocausto Brasileiro. 1. Ed. - São Paulo: Geração Editorial, 2013.
VIANA, Camila Santos. ALMEIDA, Andréia Cristina S. ESTIGMAS E PRECONCEITOS ACERCA DA PESSOA COM TRANSTORNO MENTAL. Disponível em:
ESTRUTURA DA OBRA
A obra é dividida em prefácio e quatorze capítulos onde são registrados em depoimentos, testemunhos e imagens do que se passava no Hospital colônia em Barbacena.
RESUMO DA OBRA:
A obra tem como objetivo retratar a experiência de quem viveu, testemunhou e trabalhou no Hospital Colônia, o maior hospício do Brasil em Barbacena. Com o livro a autora devolve nome, história e identidade aos pacientes que ali viveram. A obra inicia fazendo uma breve introdução de todo seu conteúdo e então é dividida em quatorze capítulo, a seguir descrevo-se resumidamente a declaração em cada um deles:
- O capítulo inicia contando a história da chegada de Marlene Laureano ao Colônia, uma recém contratada como atendente psiquiátrica, e como seu sonho de emprego torna seu maior pesadelo. Logo após retrata a falta de critério médico para as internações cujo 70% delas não eram de pacientes com doença mental e sim de pacientes com condições normais a vida humana como desafetos, tristeza, pobreza, homossexualidade ou até mesmo não possuir documentos, tais internações eram tidas como uma limpeza social.
Ressalta que em 1930 ocorreu uma superlotação no Colônia fazendo com que o lugar se tornasse, mais ainda, em um espaço indigno de vida, tanto que em seus 18.250 dias de funcionamento ocorreram 60 mil mortes.
Logo após apresentação do Colônia, o capítulo se volta para a descrição da chegada dos internos pela estação Bias Fortes, onde chegavam os “trens de doidos” como Guimarães Rosa os chamava, a situação triste e precária da chegada dos internos se compara aos judeus lavados para os campos de concentração nazistas. Na chegada os internos eram separados por sexo, idade e até mesmo características físicas onde ali perdiam sua identidade e humanidade.
O capítulo mostra também como a política e economia de Barbacena crescia através do Colônia.
Conta a história de Cabo, um sobrevivente a internação que não sabe por que fora levado para lá, e a dificuldade de se readaptar ao mundo após sua saída.
Destaca a crueldade dos choques que eram dados aos internos, que às vezes resultavam em morte, havia dias em que nem a energia elétrica da cidade aguentava a carga.
O capítulo se encerra retratando a relação de Chiquinha, uma criança que desde pequena se vê no Colônia auxiliando sua mãe a servir os internos, e uma interna, Conceição que fora internada por reivindicar seus direitos, e no colônia sendo vítima do descaso indignou-se e desafiou o diretor do hospital, tal acorrido fez com que a interna ganhasse o respeito amizade de Chiquinha a impulsionando a tornar-se diretora do Sindicato Único de Saúde representando 20 mil servidores mineiros .
II - O capítulo destaca a história de uma sobrevivente do Colônia, Sônia, que era considerada uma interna de comportamento agressivo mas que ajudava a curar os internos sem remédio, e cuidava de sua amiga Terezinha em suas crises epilépticas. Assim com outros internos, Sônia sofria várias agressões, bebia sua própria urina e tinha seu sangue retirado sem seu consentimento para ser aplicado em pacientes mais debilitados que ela. Passou fezes no próprio corpo quando estava grávida para que não a tocassem e machucassem seu bebê.
Na sua saída Sônia levou consigo sua amiga Terezinha, foram para uma residência terapêutica onde tiveram que se reacostumar com a individualidade, recebiam um auxílio reabilitação, passaram a se tornar consumidoras e a serem disputadas pelo mercado, assim como outros 160 pacientes de residências terapêuticas em Barbacena. Possuíam vestidos, sapatos, comiam mais de uma vez ao dia, começaram a tomar refrigerante e a comer doce. Sônia aprendeu a lidar com dinheiro e foi a Porto Seguro, começou a ter consciência da humanidade se tornando quase feliz.
III - Neste capítulo é contado a história do único homem que amou o Colônia, Luiz Felipe Carneiro neto do administrador do hospital, que cresceu no terreno do Colônia escutando a história dos loucos que lá residiam mas nunca entendeu tal loucura. Aos doze anos se mudou para o Rio de Janeiro, mas em Belo Horizonte que Luiz Felipe se tornou médico e por ironia do destino foi trabalhar em um hospital psiquiátrico.
Logo após é contada a história de uma criança que cresceu nas mesmas condições, dentro do terreno do Colônia, Alba Watson, mas Alba presenciou o lado sombrio do hospital, o lado em que mostrava o luto dos loucos, a ida e a volta de um sepultamento desumano.
Então é retratada a história do Cemitério da Paz, um lugar que foi fundado junto com o IV - Este capítulo evidencia a venda de corpos dos mortos do Colônia, contado pela visão de Ivanzir, um professor recém contratado da Universidade de Juiz de Fora ele nos mostra seu choque ao chegar para dar seu primeiro dia de aula e deparar com corpos no pátio da universidade. Em 11 anos foram vendidos 1.823 corpos, a venda dobrava no inverno, época na qual ocorria mais falecimentos no colônia, é mostrado também a condição dos corpos que vinham do hospital.
Devido a tantas mortes ocorre então a superlotação nas universidades de cadáveres, então os corpos passaram a ser decompostos em ácido para que possa ocorrer a venda da ossada dos mortos.
V - O capítulo mostra que a crueldade do Hospital Colônia não alcançava apenas os adultos, atingia também as crianças, isso é mostrado a partir do encerramento do Hospital de Neuropsiquiatria de Oliveira e então as crianças daquele lugar foram levadas para o Hospital Colônia e ali dividiam com os outros pacientes as condições degradantes do hospital.
Conta a história de Maria Auxiliadora,
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