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Resenha: Brasis Sulinos – Gaúchos, Matutos e Gringos – do Livro O Povo Brasileiros

Por:   •  27/3/2018  •  1.154 Palavras (5 Páginas)  •  899 Visualizações

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Com a reordenação do mercantil-capitalista das massas marginais brasileiras, tanto as do Sul, como nas demais áreas, só eram encontradas formas arcaicas e messiânicas em seu patrimônio cultural. O messianismo surge, como uma expressão cultural de uma reordenação social, através da invasão das terras.

Surge um sentido revolucionário através de rezadores, que reuniam pessoas simples para rezarem terços e novenas. Vistos como milagreiros, esses “monges” caminheiros, eram exaltados por serem aptos a curar doentes incuráveis, serem habilitados a casar, perdoar pecados e prescrever os caminhos da salvação, na imaginação dos gringos e matutos.

Esses “monges” acabaram se tornando além de conselheiros, líderes nos conflitos que viriam a seguir, contra as tropas estaduais e o Exército nacional, como de Canudos e Cabanagem. Diante dessa liderança os matutos passaram a se organizar de acordo com a hierarquia guerreiro-sacerdotal, aplicando-se tanto para a guerra, quanto para o trabalho.

Outra configuração histórico-cultural se dá pela imigração germânica, italiana, polonesa, japonesa, libanês entre outras, no final do século XIX. Imigrantes esses que constituíram uma parcela brasileira bem distingue das outras. Brasileiros bilíngues que cultivam hábitos europeus, introduzindo-os na cultura sulista.

A área cultural do qual se alocaram os imigrantes, são de certa forma uniformes, mas podendo-se distingui-las uma das outras. A uniformidade social é estabelecida principalmente na formação das colônias por concessão de terras, já a cultural, pela segregação, por viverem em uma sociedade completamente diferente.

A primeira geração, foi responsável pela parte mais difícil de seu estabelecimento, o de trabalhar para abrir clareiras em terras ainda virgens, tendo de enfrentar por algumas vezes, índios hostis, e definir o que produziriam para melhores resultados na economia nacional. Já as gerações seguintes, se preocupariam em conseguir novas áreas de terra, para as famílias que se multiplicavam ao longo do tempo.

Ao final, Darcy Ribeiro diz que ao passar do tempo, essa população passou a ser identificada tão-somente como brasileira. Apenas os japoneses, por suas características físicas contrastantes, tendiam ao não reconhecimento como povo brasileiro, o que só se tornou reconhecido após o sucesso cultural e nisseis brasileiros. Povo esse que diferentemente dos outros descendentes, tiveram uma rápida ascensão e se modernizaram.

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