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RELATÓRIO DE ESTÁGIO INSTITUCIONAL

Por:   •  17/3/2018  •  2.008 Palavras (9 Páginas)  •  422 Visualizações

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Objetivos Específicos

- Investigar problemas nos processos de aprendizagem

- Diagnosticar problemas nos processos de aprendizagem

- Orientar corpo docente e responsáveis quanto possíveis problemas de aprendizagem

- Encaminhar alunos que necessitam de intervenção de profissionais especialistas (fonoaudiólogo, psicopedagogo, psicólogo, neurologista, psiquiatra e etc.)

METODOLOGIA

O Projeto foi desenvolvido em três momentos, combinado previamente com a coordenação e direção da escola.

O primeiro momento foi uma visita à instituição no dia 20 de maio de 2015, durante a qual solicitamos a autorização do responsável pela escola para conversamos com os professores e a coordenação, observarmos as salas de aula e a dinâmica da escola e entregarmos a entrevista aos profissionais para coletar informações.

Após o recebimento e análise das entrevistas, retornamos à escola no dia 03 de junho de 2015 e entrevistamos os alunos que os professores indicaram nos questionários, devido apresentarem algum comprometimento no que se refere à aprendizagem.

O terceiro momento acontecerá após a supervisão para esclarecer possíveis intervenções no ambiente escolar e familiar.

REFERENCIAL TEÓRICO

O surgimento da psicopedagogia visou contribuir para solucionar problemas em torno das dificuldades de aprendizagem do indivíduo, atuando na intervenção, no diagnóstico e na prevenção do fracasso escolar, observando os padrões evolutivos normais e patológicos, o meio social e orgânico, sendo de extrema importância levar em consideração as realidades internas e externas do processo de aprendizagem (BOSSA, 2007).

Sua atuação no campo institucional adota um compromisso com o avanço da qualidade do ensino, buscando expandir sua atuação para o espaço escolar, tentando solucionar os problemas crucias da educação, assessorando a escola, reestruturando, redimensionando e incorporando o processo de aquisição conhecimento, resgatando o ato de aprender (BOSSA, 2007).

Segundo o mesmo autor, o psicopedagogo institucional promove:

O levantamento, a compreensão e a análise das práticas escolares e suas relações com a aprendizagem; o apoio psicopedagógico a todos os trabalhos realizados no espaço da escola; a ressignificação da unidade ensino/aprendizagem, a partir das relações que o sujeito estabelece entre o objeto de conhecimento e suas possibilidades de conhecer, observar e refletir, a partir das informações que já possui; a prevenção de fracassos na aprendizagem e a melhoria da qualidade do desempenho escolar; o diagnóstico do que é possível ser melhorado no próprio ambiente escolar e do que presa ser encaminhado para profissionais fora da escola (BOSSA, 2007, p. 67)

Desse modo, se faz necessário que o psicopedagogo ao investigar o fracasso escolar, consiga analisar e estudar por diferentes perspectivas entre elas: a do aluno, a da escola e a da sociedade que podem estar implícitas ou explicitas ao processo, entretanto estas questões precisam ser pesquisadas durante o diagnóstico (WEISS, 1997).

Ainda de acordo com Weiss (1997) a prática diagnóstica do mal desempenho escolar deve levar em consideração os aspectos orgânicos do sujeito que aprende, os aspectos cognitivos, emocionais, sociais e pedagógicos na construção do conhecimento, dos quais podem influenciar uma futura rejeição do aprender.

Abaure(1987, p.187), define o psicopedagogo como "mediador de perplexidades":

O psicopedagogo atua diretamente junto ao educando que apresenta problemas de aprendizagem, na tentativa de identificar os fatores que interferem no seu processo de aprendizagem e ajuda-lo a superar as dificuldades, através de um acompanhamento "remedial". Essa atuação o define necessariamente como um mediador ente a instituição social escolar e instituição social família, ambas preocupadas com os sintomas de "fracasso" da criança. Em decorrência do seu papel de mediador, o psicopedagogo lida com perplexidades de natureza diversa.

Nesse sentido, segundo a autora, ele tem que lidar com:

- a perplexidade da escola, que por não entender a razão pela qual algumas crianças não aprendem a ler e escrever, as rotulam apressadamente de portadoras de alguns distúrbios de aprendizagem, encaminhando-as para especialistas e, eximindo-se, assim, de responsabilidades;

-a perplexidade das famílias, que assumem os "distúrbios" atribuídos às crianças, a partir do diagnóstico patologizante da escola, mesmo que ñ tenha identificado qualquer sintoma preocupante no comportamento dessas crianças antes de seu ingresso na instituição escolar.

-a perplexidade das próprias crianças, que muitas vezes não entendem a escola, o seu discurso e as atividades que devem desenvolver. Perplexas com o tratamento que passa a receber tanto na escola quanto em casa, acabam por incorporar o rótulo que lhes é atribuído, passando a comportar-se segundo as expectativas geradas pelo mesmo.

A fim de lidar com estas perplexidades e desfazer o círculo vicioso resultante do conflito entre elas, psicopedagogo precisa estar teórica e tecnicamente preparado para lidar com uma série de equívocos que perpassam o ensino escolar.

Dessa forma, durante a aprendizagem, a codificação e decodificação das informações estão sujeitas a integração de diversas habilidades e qualquer intercorrência pode prejudicar, direta ou indiretamente, o desenvolvimento da aquisição da aprendizagem (PAULA et. al, 2006).

Segundo Andrade apud Soffner (2008, p. 49)

A aprendizagem também pode ser descrita como a mudança de comportamento viabilizada pela plasticidade dos processos neurais cognitivos. Quando se considera que a aprendizagem motora é complexa e envolve praticamente todas as áreas corticais de associação, é necessário compreender o funcionamento neurofisiológico na maturação a fim de fornecer bases teóricas para a estruturação de um plano de ensino que considere as fases de desenvolvimento neural da criança, maximizando assim o aprendizado (ANDRADE et al., 2004).

O autor Oliveira (2009) aponta que essas variáveis internas e externas ao indivíduo podem dificultar o desenvolvimento

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