CINCO CASOS DE HISTERIA
Por: Ednelso245 • 12/3/2018 • 2.843 Palavras (12 Páginas) • 349 Visualizações
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Freud inicialmente insinua que poderia ser sintomas de angustia e o ataque histérico acontecia por esse motivo. Mas se pergunta se não há alguma coisa além disso. Continua a interrogação sobre o momento em que acontece as crises, e ela relata que vê um rosto terrível que a olha, e que essas crises começaram há dois anos.
Freud sente-se receoso em começar uma terapia com hipnose considerando observou que as moças daquela idade havia angustia de mentes virginais ao se depararam com o mundo da sexualidade pela primeira vez.
Partindo dessa premissa, Freud faz uma decide intervir e sugere a moça que seus ataques talvez tenham sido causados por alguma coisa que ela ouviu ou viu e que a constrangeu. Katharina concorda e descreve o que ela acha que foi a causa dos seus sintomas. Ela relata que há algum tempo atrás presenciou um episodio intimo entre seu tio, esposo da dona da Hospedaria, e a sua prima, e que nesse momento sentiu alguns sintomas mas que em menor intensidade.
Em seguida começa a contar como se deu a separação dos tios e depois relata episódios em que era adolescente e que hoje entende que o tio e a prima se relacionavam. Ela também se recorda de momentos em que o tio investira contra ela, e que ela não tomou consciência de suas intenções, mas que agora compreende.
Ao final do seu relado seu rosto se transforma, ela parece exultante e diz que enquanto relatava, tudo ficou claro. Freud então explica que Katharina carregava consigo experiências que não compreendia, como se essas lembranças estivessem encubadas desencadeando os sintomas de vômito – como repulsa moral.
E para finalizar o caso Freud a indagou sobre o rosto, onde ela relatou ser do tio, pois após o descobrimento dos fatos ela o via em cólera contra ela diversas vezes.
Percebe-se nesse caso que o trauma acontece em dois momentos, para que a associação seja feita é preciso que um momento se ligue ao outro, havendo entre eles um tempo e um período de incubação.
O inconsciente por sua vez, não segue o tempo do relógio. Neste caso, uma cena que aconteceu anteriormente se liga posteriormente a outra cena, gerando o trauma a posteriori. Assim o caso foi solucionado, com Freud desejando que essa moça tenha sido ajudada por essa simples conversa.
Caso 3 – Miss Lucy
Miss Lucy era uma governanta da casa de um diretor-gerente de uma fábrica em Viena. Ela tinha 30 anos, e foi encaminhada a Freud por um colega médico com quem ela tratava a renite purulenta crônica, que sofria de freqüentes recaídas. Freud inicia o tratamento, Lucy já havia perdido completamente o olfato, sofria de analgesia no nariz de uma depressão profunda acompanhada de alucinações olfativas de um cheiro de pudim queimado, Freud resolve tomar isso como ponto de partida.
Alguns imprevistos atrasaram um pouco o tratamento, devido a paciente só poder vê-lo depois do trabalho, o forçava a terminar a sessão no meio e retomá-la em outro dia. Como Lucy não cedeu a hipnose Freud então ele apenas pede que ela se deite, feche os olhos, e se concentre, atingindo assim um estado alterado de consciência em que podem acessar lembranças e identificar ligações que aparentemente não estão presentes no estado de consciência normal.
Para Freud os pacientes sabiam o sentido da patogenia que os acossava, a questão era obrigá-los a comunicá-lo. O esquecimento era muitas vezes intencional e desejado, e seu êxito nunca é nada além de uma aparência. Isto porque, aquilo que é esquecido é algo insuportável para o sujeito.
Freud passa a usar um método que pra ele era quase infalível, ele colocava a mão na testa do paciente e dizia que a paciente iria pensar sob a pressão de sua mão. Mas no caso de Lucy esse método não a curou de seu estado de depressão nem eliminou os sintomas, portanto observou-se um enfraquecimento do sintoma de sentir cheiro de pudim queimado.
Porém, não satisfeito com este efeito, Freud trabalhou a fim de acabar com este sintoma utilizando a análise. Ele a induz reconhecer sua paixão pelo patrão, ela relata um momento traumático em que viveu, (que é aquele em que há uma oposição entre um afeto e uma idéia e o ego repudia a idéia) e pela expressão verbal o afeto se encontrou com a idéia de origem fazendo desaparecer os sintomas. Logo depois o cheiro de pudim queimado é substituído pelo de charuto, e pelo método de Freud foi possível perceber que ela associou o cheiro em um dia em que ela percebeu que ele não a amava, pois ele a repudiou por uma visita ter beijado seus filhos, nessa cena há a presença do cheiro de charuto. Graças a esse reconhecimento houve a cura completa.
Pode-se observar, portanto que neste caso, Freud começa a deixar de fazer uso da hipnose, e a usar um método de Associação livre em que os pacientes não falam o que vem a cabeça mas o que é pré-determinado pelo seu psiquismo.
Caso 4 – Sra. Emmy Von N.
Quando Freud conheceu a Sra. Emmy Von N. ela tinha 40 anos de idade. Ela era alemã, a 13ª de 14 filhos. Emmy se casou aos 23 anos com um homem rico, um grande industrial, que era 40 anos mais velho que ela. Com a morte do marido ela herdou toda fortuna, sendo inclusive acusada de assassiná-lo. Desta união nasceram duas filhas. Ela relata que seu marido morreu de derrame cerebral, após o nascimento da sua segunda filha. Logo após o nascimento da segunda filha, o marido morreu. Por ocasião da morte do marido, os seus familiares a culpavam e faziam com que fossem colocados boatos que colocavam nela toda a culpa da sua morte.
A filha mais nova de Emmy desenvolveu paralisia na perna esquerda e aprendeu a falar tardiamente. A filha mais velha tinha complicações menstruais, já havia tido, como a mãe, cãibras no pescoço e ligeiros estados histéricos e sofrera de dores ao andar, devido a uma retroversão do útero. Emmy confessa que desde a época da morte do marido, quatorze anos antes, ela vivera constantemente doente, com graus variados de gravidade. Há quatro anos ela melhorou muito com a realização de massagens combinadas a banhos elétricos, mas todos os outros tratamentos foram infrutíferos. Ela teve recaída há alguns meses, apresentava quadro de depressão e insônia e estava atormentada por dores.
Quando Freud começou a tratar da Sra. Emmy ela aconselhou que ela fosse para uma casa de saúde para se restabelecer. Freud relatou que Emmy apresentava pálpebras cerradas e olhos baixos, com testa franzida e dobras nosolabiais acentuadas a expressão tensa e penosa,. Ela aparentava dificuldade de fala, com gagueira. Mantinha os dedos entrelaçados,
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