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Bullying e suas causas

Por:   •  18/2/2018  •  1.503 Palavras (7 Páginas)  •  415 Visualizações

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Atualmente esse tema é muito discutindo, esclarecendo a população dos perigos que pode trazer. Na Europa e na América do Norte estão sendo desenvolvidos vários programas e pesquisas com o objetivo de diagnosticar as causas e natureza do bullying e da exclusão social das escolas, verificar as causas desses problemas em diferentes sociedades e culturas e também identificar modos de prevenção desse problema por meio da integração de diferentes metodologias de estudo.

Não existem soluções simples para acabar com o bullying, mas o ideal é que ele seja combatido desde o início, quanto mais cedo cessar melhor será o resultado para os alunos. E a única maneira de ser combatido é através da cooperação de todos os envolvidos: professores, alunos, pais e funcionários da escola.

As medidas adotadas para controlar o bullying, se forem aplicadas de maneira correta, contribuirão para a formação de uma cultura de não violência na sociedade.

Para saber se seu filho está sendo vítima de bullying é preciso prestar atenção em alguns pontos essenciais, como por exemplo: demonstrar falta de vontade de ir a escola, passar mal perto do horário de sair de casa, pedir pra trocar de escola, apresentar baixo rendimento escolar, tornar-se uma pessoa fechada, evitar falar sobre o que está acontecendo, etc.

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A seguir, reproduzimos entrevista realizada com a professora de ensino fundamental Susy Rodrigues, que trabalha numa escola municipal em Duque de Caxias. Entre outras questões, a professora Susy fala sobre como o bullying é tratado em sua escola e enfatiza que a preocupação com o problema deve ser de todos.

Na sua escola há muitos casos de bullying? Aproximadamente em que quantidade?

Sim. Há pelo menos quatros casos de bullying por semana.

No que isso afeta o rendimento da criança na escola?

A criança fica amedrontada, encolhida no canto, se nega a ir ao recreio e muitas vezes enrola para sair da escola, pois não quer ir embora sozinha. Fica receosa se tem dinheiro pra comprar merenda, pedindo para os professores guardarem o dinheiro dela. É uma coisa que, no geral, é percebida facilmente.

O que a escola faz para controlar o bullying?

Temos, por dia, em cada turno, de quatro a cinco monitores e inspetores, que ficam andando pelo recreio e, toda vez que percebem algo suspeito, chegam perto e perguntam se está acontecendo algo. Geralmente o grupo se espalha e é percebido que se há algum problema, um dos alunos fica parado no canto com um ar de alívio; mas quando não há nada, só é dito que foi uma brincadeira da parte de todos. Muitas dessas vezes realmente foram uma brincadeira, mas, em alguns casos, é percebido que as crianças que praticavam o bullying estavam forçando as outras a dar o dinheiro da merenda ou estavam empurrando as outras apenas por elas serem diferentes.

Os pais são avisados quando há uma ocorrência desse tipo?

Os pais dos agressores são avisados, são chamados e nós fazemos uma reunião. Quando a criança que pratica o bullying é pega em flagrante, a reunião é feita no mesmo dia. Por ser uma escola pública, se deixarmos passar qualquer tipo de situação que tenhamos visto, pode acontecer de a escola pegar um processo grande, dando problema para todos os funcionários. Se o caso se repete, fazemos contato imediato com o conselho tutelar.

Como os pais das crianças agem após serem informados que elas praticaram bullying?

Quando as crianças vêm de uma família bem estruturada, os pais reagem com muita indignação, perguntando ao filho o porquê da agressão. Mas quando os pais não estão nem aí para o estudo e desenvolvimento da criança, dizem que é normal, que também faziam isso e que não passa de brincadeira.

- Conclusão

Com base na revisão da fundamentação teórica e nas ponderações da professora Susy, fica claro que o bullying é um fenômeno que precisa ser encarado por todos como medida inicial para serem desenvolvidas ações preventivas que erradiquem o problema.

Verifica-se que não se trata de um fenômeno dos dias de hoje. A violência sempre esteve presente em todos os grupos sociais. Ocorre que hoje, a sociedade caminha no sentido de não tolerar mais situações que gerem sofrimento e exclusão. Nesse sentido, é extremamente positivo que o tema seja divulgado pelos veículos de comunicação, discutido nas escolas e nas universidades.

Conclui-se que para quem é vítima desse tipo de humilhação a saída é “se abrir”, procurando ajuda com familiares, amigos ou até mesmo um profissional (psicólogo). Quem tem um filho nessa situação deve entrar em contato direto com a escola e nunca recomendar a criança a revidar a agressão.

Para os profissionais de psicologia, trata-se de um grande desafio. Participar das discussões e apresentar propostas fundamentadas nos conhecimentos da profissão torna-se uma oportunidade de contribuição para a sociedade e abertura de espaço para maior reconhecimento desse profissional.

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

ALLAN FELIPE, DANIEL PERISSÉ, ISA SIMÕES, MARINA DE LIMA COTA.

BULLYING

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