A dispersão do pensamento Psicológico
Por: Evandro.2016 • 13/11/2018 • 1.974 Palavras (8 Páginas) • 295 Visualizações
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porque esta seria muito artificial. Não confiam totalmente na auto-observação, dadas as suas dificuldades científicas: é impossível conferir publicamente se uma auto-observação foi bem feita e, por isso, é difícil chegar a um acordo baseado em observações desse tipo.
Assumindo como objetivo da psicologia a descrição e a explicação dos estados de consciência, William James elaborou a concepção de fluxo de consciência, defendendo a impossibilidade de dividi-la em fases com elementos temporariamente distintos. Apontava para dimensão processual contínua de mutação seletiva e cumulativa como característica da consciência, o que afastava do Elementarismo Associacionista.
Dewey, Angell, Carr complementaram metodologicamente a psicologia o que representou uma herança do funcionalismo para a psicologia americana que passou a utilizar o método de introspecção junto com outras técnicas de obtenção de dados: os testes com lógicos, a pesquisa fisiológica, os questionares e as descrições objetivos do comportamento. Isso contribuiu significativamente não só para as descobertas da psicologia com relação os fenômenos de aprendizagem, desenvolvimento e personalidade, mas também para desenvolvimento da psicologia aplicada como técnica.
Robert M. Yerkes incentivou a aplicação maciça dos testes de inteligência dos recrutas do Exército e manteve um, mesmo após a guerra a importância o valor de tal procedimento. Esse fato abalou status de psicologia acadêmica, já que salientava o papel e o valor dessa ciência como aplicação, orientando interesse para uma psicologia menos pura e mais preocupada com a vida das pessoas na sociedade. Esse teste começou a ser utilizado nas empresas nos serviços de seleção e treinamento de pessoal; na clínica, ressaltaram a aplicação de testes de inteligência e de orientação vocacional como atividades específicas dos psicólogos; nem centros escolares, contribuíram com elaboração de provas de rendimento investigação da eficácia dos diversos métodos de aprendizagem. Compreende-se por esse percurso histórico, como a psicologia passou a focalizar as operações e processos mentais enquanto instrumento de adaptação para comportamentos observáveis.
O surgimento do Behaviorismo com Watson foi influenciado pela teoria evolutiva de Darwim, pela teoria objetiva e mecanicista de Thorndike e pelas técnicas de condicionamento (reflexos condicionados) de Pavlov. Marcou a mudança no foco de estudo da consciência para o comportamento e suas interações com ambiente na direção da adaptação à normalidade. Na mesma linha de pensamento, Skinner deu continuidade ao projeto behaviorista, definindo como objeto de investigação científica o estabelecimento dos relacionamentos funcionais entre as condições de estímulo controladas pelo experimentador e a resposta subsequente estou organismo. Daí o ser humano passou a ser considerado como qualquer máquina: comporta-se de maneiras previsíveis e regulares em resposta às forças externas, consideradas como estímulos.
A proposta teórica disse que nem constituisse em um construtivismo descritivo, baseado na análise experimental das condutas observáveis. Apesar de repercussões significativas para aprendizagem e para clínica, sofreu as mesmas crises endereçadas a seus antecessores. Essa proposta enfatizava como pressuposto básico a natureza máquina o ser humano, o que possibilitaria A construção de um mundo perfeito mediante o controle experimental mente previsível do comportamento humano. Albert Bandura despontou como referencia e sua teoria cognitiva social: apesar de permanecer no âmbito do projeto comportamentamentalista, enfatizava o papel do reforço na aquisição e na modificação dos comportamentos, defendendo a ideia dos processos cognitivos como mecanismo mediadores entre o estímulo e resposta.
Em oposição ao estruturalismo nasce a Psicologia da Gestalt ou Psicologia da Forma. A proposta principal defende a ideia de que o ponto de partida era o próprio fenômeno, quer dizer, a experiência imediata inicialmente acessada pelo método introspectivo. Contudo, optaram pelo método fenomenológico proposto por Russerl como procedimento metodológico para apreensão da experiência imediata. A tarefa da fenomenologia seria alcançar a compreensão do ser, partindo da intuição das essências com possibilidades por isso, questionando os fundamentos científicos. Para atingir esse objetivo, Husserl recorreu a noção fundamental de intencionalidade, ou seja, expos a ideia de que a consciência É sempre consciência de alguma coisa; apresenta-se sempre dirigida a um objeto que só pode ser definido pela relação com a consciência, sendo, desse modo, sempre objeto-para-um-sujeito. As essências não estariam na consciência; só teriam existência nada de consciência que visa elas e no modo de dar-lhes um sentido. Dessa forma, a relação que se estabelece entre consciência e objeto é de correlação; cabe a Fenomenologia elucidar a essência dessa correlação através da qual seria possível compreensão do mundo.
Para as autoras do artigo, os gestaltistas, respaldados no método fenômenologico , Descobriram como os fenômenos psicológicos eram percebidos sob a forma de relações entre partes de uma experiência. Esta, por sua vez, apresentava-se como muito mais do que só a mera soma das partes: podia ser compreendida como uma configuração pela qual os elementos se organizavam, mostrando novos significados. Para além de Wundt,eles procuraram organizar e relacionar a experiência imediata à estruturação física e fisiológica do campo perceptivo, explicando-a por meio de leis gerais.
Diferentemente dos mencionados sistemas, apesar de contemporânea a eles em termos cronológicos, a perspectiva psicanalítica, desenvolvida por Sigmund Freud entrecruzou com a Constituição da psicologia como ciência independente. Sendo de outra direção, optou pelo estudo do comportamento patológico, negligenciada pelos outros sistemas, trabalhando com observação clínica e não com a experimentação laboratorial controlada. Nesse sentido, foi possível abrir-se outra dimensão da experiência humana até então ignorada pelos outros sistemas de teorização acerca do psicológico: o estudo do inconsciente, não passível de conhecimento pelas vidas legítimas da Cientificidade. Consideram-se os fenômenos psíquicos totalidades expressivos a ser interpretadas, enfatizando assim, a dimensão hermenêutica da psicanálise, que conserva, porém, distância significativa da tradição romântica, por ser "a
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