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A ALTERNATIVAS AO USO DE DROGAS NA ADOLESCÊNCIA

Por:   •  28/11/2018  •  2.822 Palavras (12 Páginas)  •  547 Visualizações

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Diante dessa significação do contexto é que se organiza toda uma estratégia de ordenação dos espaços urbanos, caracterizada, ao longo dos tempos, pela segregação, exclusão e isolamento das “classes pobres”, corroborando a crença de que nelas estão as doenças, os perigos, as ameaças, a violência ou os incapazes. Coimbra (2001) destaca que as discriminações a respeito da periferia surgem a partir das concepções de que, na vila, não há regras, não há leis, não há pavimentação, água, esgoto, asfalto, calçada, portanto, não existem também famílias corretas e saudáveis. Logo, na vila, não há controle. Se não há controle, há perigo.

Aqui podemos entender que as identidades são constituídas em redes discursivas, e não em essências. Isto é, não se trata de algo do sujeito, mas algo construído a partir das diferenças.

JUSTIFICATIVA

A drogas têm envolvido rapidamente um número maior de pessoas no vicio. Além da problemática do vício em si torna-se impossível ignorar os resultados decorrentes do uso indiscriminado destas drogas que afetam a saúde do usuário e a sociedade como um todo. O reflexo de uma população dependente de drogas resulta no aumento da violência bem como eleva o índice de descriminalização e exclusão da população em relação aos adolescentes que infligem a lei por serem usuários. Os dependentes de drogas começam a perder espaço no mercado de trabalho porque as empresas diante da forte competitividade optam por trabalhadores produtivos, eficiente com maior concentração nas atividades. A prevenção é um caminho seguro para mostrar que os dependentes são capazes de serem bons profissionais, assim é possível conscientizar, incentivar a mudança no comportamento com intuito de mostrar a comunidade com diálogo aberto e franco as potencialidades desses adolescentes e levar um senso reflexivo sobre o assunto.

OBJETIVOS E METAS

OBJETIVO GERAL

- Facilitar a reinserção profissional dos adolescentes

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Incentivar a mudança de comportamento para o mercado de trabalho

- Desenvolver o potencial do adolescentes em relação preconceito social no mercado de trabalho

REFERENCIAL TEORICO

A teoria da Gestalt-terapia considera que pessoa e meio ambiente formam uma unidade indissociável em que ambos mantêm entre si uma influência mútua e uma constante interação dinâmica. Para Perls (1981), o indivíduo só pode ser compreendido num campo circundante, onde o seu comportamento está em função do campo total. É o tipo da relação entre a pessoa e o seu meio ambiente que orientará a formação de sua personalidade e interferirá nos seus comportamentos. O enfoque na relação é um dos pilares da Gestalt-terapia. E, nesse sentido, o conceito de contato pode ser destacado na medida em que enuncia a condição ontológica do ser humano como ser de relação. Somos seres para o contato. Segundo Antony (2006)

Gestalt-terapia oferece um arcabouço teórico que possibilita uma compreensão ampliada do campo, com um olhar sistêmico, pensando o indivíduo como parte e inserido em um contexto social, com potencialidades e possibilidades de autorregulação e ajustamentos criativos. A crença na capacidade humana, a relação dialógica, a presença e o contato pleno com o outro, contribuindo para o desenvolvimento de práticas que levem as pessoas a acessarem suas potências e a reconhecerem-se enquanto cidadãs e sujeitos de direitos, desnaturalizando a existência da desigualdade social. Assim, uma vez que o indivíduo percebe o espaço de intervenção como um espaço possível de (re) construir sua existência no mundo, ele passa a estar aberto para aprender novas estratégias de ação e expressão (ALMEIDA, 2004).

É no mundo que o ser humano vai buscar as satisfações de suas necessidades e, para que ele as obtenha necessita saber discriminar a cada momento a necessidade dominante, isto é, a figura a ser fechada. Este processo de reconhecer e satisfazer uma necessidade é denominado de formação e destruição de Gestalt. O termo destruição está ligado a assimilação e resolução. Ou seja, surge uma necessidade a partir da qual surge uma tensão, pois o organismo se desequilibra, ocorrendo uma mobilização para a ação (busca da homeostase), que implica em interagir com o meio para satisfação da necessidade dominante. Quando a necessidade é satisfeita, a figura volta ao fundo e, ao surgir uma nova necessidade ou figura, o ciclo se inicia.

A Gestalt-terapia entende o homem como um ser que busca tomar posse de suas experiências e daquilo que realmente está sendo a cada momento, estando implícita nessa concepção a possibilidade de constante transformação e a busca de um sentido para sua própria existência. Dessa forma, a visão de homem postulada pela Gestalt-terapia possui um caráter holístico, considera o ser humano como uma totalidade, isto é, visto em seus múltiplos aspectos biológico, psicológico, social e espiritual. O Gestalt-terapeuta confia no potencial da pessoa, procurando ampliá-lo, vendo-o como um ser de possibilidades, com a tendência a se autorregular da melhor forma possível. A Gestalt-terapia, muitas vezes denominada de Terapia do Contato, pressupõe que o organismo é um ser em relação. “É na relação consigo, com o outro e com o ambiente que a vida acontece. O contato e o ciclo de contato são o principal foco da abordagem gestáltica”. (Marin, 2005, p. 64). Segundo Zinker (1991), a Gestalt-terapia é um encontro existencial entre pessoas. “Um processo criativo que permite à pessoa revelar-se a si própria no decorrer do processo desse encontro”.

Assim, o olhar da Gestalt-terapia vem ao encontro dos objetivos traçados pela Política de Assistência Social, tornando-se referência em propiciar o desenvolvimento dos seus participantes e potencializar a relação destes com o lugar onde vivem. Contribuindo para o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários e, o empoderamento na perspectiva de potencializar a autoestima, estabelecer identidades e referências, desnaturalizar a desigualdade social bem como efetivar os direitos socioassistenciais. Ressalto que o olhar da Gestalt-terapia auxilia não apenas nos atendimentos grupais, ele permeia todo o meu fazer cotidiano. É uma abordagem que auxilia muito o profissional de psicologia no contato com as comunidades, principalmente, pela perspectiva de mundo e pela visão de homem que

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