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ESTUDO COMPARATIVO DO ESTADO NUTRICIONAL DE INDIVÍDUOS VEGETARIANOS E ONÍVOROS

Por:   •  19/12/2018  •  3.355 Palavras (14 Páginas)  •  483 Visualizações

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O método para a avaliação do estado nutricional é realizado por meio de técnicas apropriadas de antropometria, anamnese alimentar, história clínica, parâmetros bioquímicos e dados psicossociais.

No cenário atual, pode-se perceber que diferentes grupos sociais são determinadas por diversos fatores que vão desde o acesso aos alimentos até as escolhas baseados em cresças religiosas e valores culturais (MOREIRA, CARMEN, SORIO, ZANDONADE, 2006).

O vegetarianismo é um regime alimentar baseado no consumo de alimentos de origem vegetal. Define-se como uma prática de não comer qualquer tipo de animal, com ou sem uso de laticínios e ovos. Esta pratica pode ser adotada por diversas razões.

Se não restringimos alguns alimentos derivados destes, tais como ovos, leite ou ambos, são denominados, respectivamente, de ovovegetariano, lactovegetariano e o ovolactovegetariano. Ainda existe a classificação de semi vegetariano que são indivíduos que consomem carnes, porém no máximo 3 vezes na semana e, também os veganos que não ingerem nenhum tipo de produto e derivado de origem animal, sendo estes também denominados de vegetariano (OLLER, 2010).

De acordo com (COUCEIRO, SLYWITCH, LENZ, 2008), o vegetarianismo tem sido uma opção nutricional desde que se começou a registrar o tempo. Sua origem está associada a criação do homem, onde se encontra relatos no velho testamento, na passagem em que Deus diz a Adão e Eva qual deveria ser seus alimentos.

Ao logo da história podemos observa que a pratica mesclou-se com a cultura de todo mundo. Podemos encontrar muitos dos grandes filósofos e pensadores que optaram por não comer carne em épocas em que tal escolha era contraria às ideias da classe dirigente.

Um dos defensores e promotores da pratica no oriente no século 19, considerado o “pai do vegetarianismo” foi Pitágoras, onde sua influência no movimento era tão grande que quando um indivíduo aderia a pratica de uma dieta sem carne era chamado de “pitagóricos”. Entre outros exemplos como Pitágoras, temos muitos outros ao longo do século, tais como Leonardo da Vinci (1706-1790); Dr. JH. Kellogg (1869-1948); Mahatma Gandhi (1869-1948) e Albert Einstein (1879-1955).

A expansão do vegetarianismo foi lenta, porem crescente. Parti do século 20, as práticas eram alimentadas pelas ideias de reforma a saúde e por aqueles que defendiam os princípios éticas de uma dieta vegetariana.

Para (COUCEIRO, SLYWITCH, LENZ, 2008) os principais motivos que levam a pratica do vegetarianismo estão relacionados à saúde, à ética e aos direitos dos animais, ao meio ambiente, à fome, à economia e à religião. Onde a maioria das pessoas que adotam esse regime alimentar baseiam sua escolha num estilo de vida saudável.

2. OBJETIVO:

Descrever a relação do estado nutricional de vegetarianos e onívoros.

3. METODOLOGIA

Trata se de uma pesquisa bibliográfica.

Para a realização do trabalho foram feitos levantamentos de publicações cientificas, mediante a consulta ao banco de dados da Scielo e Pubmed.

Os critérios de inclusão dos artigos foram estabelecidos das seguintes maneiras: serem artigos de pesquisa publica em periódicos nacionais na língua portuguesa, indexados em bases de dados a ter sido publicado no período de 2002 a 2015.

Foram selecionados artigos científicos, que utiliza os seguintes termos: estado nutricional entre vegetarianos e onívoros, vegetarianismo, dietas vegetarianas, estilo de vida em vegetarianos e onívoros.

Durante a coleta e análise dos artigos foram selecionados 10 artigos, 1 dissertação de pós-graduação e 3 dissertações de mestrado. Excluídos os artigos que na leitura do resumo não apresentavam relação com a problemática do estudo.

Para síntese e análise do material foram realizados os seguintes procedimentos: leitura informativa ou exploratória, que constitui na leitura do material para saber do que se tratavam os artigos; leitura seletiva, que se preocupou com a descrição e seleção do material quanto a sua relevância para o estudo; leitura crítica e reflexiva que buscou por meio dos dados a construção dos resultados encontrados.

4. DESENVOLVIMENTO

Em um estudo (FERNANDES. 2010), dirigido na Universidade Federal de Pernambuco com grupos de ovolactovegetarianos e onívoros apresentaram no aspecto dieta, que o consumo calórico foi semelhante nos dois grupos estudados. Sendo que o ovolactovegetariano apresentaram menor consumo de proteínas, lipídios, gordura saturada e colesterol, apesar de também consumirem alimentos ricos nesses nutrientes como ovos, leite e derivados; e maior consumo de carboidratos e fibras. Dados estes que corroboram com os achados de vários estudos da literatura.

Foram observados também que não houve diferenças significativas nos valores médios entre o grupo em nenhuma das variáveis antropométricas estudadas. Não houve diferença significativa na classificação do estudo nutricional pelo IMC e de risco cardiovasculares, pelos indicadores antropométricos de obesidade central, quando se separou por sexo nos dois grupos estudados (FERNANDES. 2010).

Desta maneira o presente estudo demonstrou que embora o perfil de consumo alimentar entre os ovolactovegetarianos seja considerado mais saudável, pelo menor consumo de gordura total, ácidos graxos saturados e colesterol, quando o estilo de vida e o consumo calórico total são semelhantes não há diferenças significativas no estado nutricional e nos indicadores antropométricos de risco cardiovasculares (FERNANDRS. 2010).

Em um estudo conduzido na Universidade Federal de São Paulo (SLYWITCH. 2010) observou que nos grupos de vegetarianos e onívoros aprestarão os seguintes resultados:

A glicemia e insulina avaliadas não apresentaram valores estatisticamente significativas ao comparar os grupos, mas o grupo sem carne apresentou menores valores de HOMA-IR (p= 0,0048) e de HOMA-BETA (p=0,040) (SLYWITCH. 2010).

Já os níveis de colesterol total (CT) dos participantes foram significativamente menores (p= 0,039) no grupo que não utiliza carne, mas não houve diferenças nos níveis de HDL, LDL, relação CT/HDL, LDL/HDL e de triglicérides, assim como proteína C reativa ultrassensível dosada (SLYWITCH. 2010).

Os níveis séricos de creatinina não foram diferentes entre os grupos, porem os de ureia foram significativamente maiores (p= 0,002)

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