Farmacologia dos anti-fungicos
Por: Sara • 2/4/2018 • 1.471 Palavras (6 Páginas) • 389 Visualizações
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Resistencia fúngica (droga não faz mais efeito): quando acontece diminuição do ergosterol na membrana, a droga não vai ter uma ação eficaz, porque ele não vai ter ergosterol para ela se ligar. A droga passa a ser menos eficaz.
- Anfotericina B:
A principal via de administração é a intravenosa. Tem a pomada também, muito usada para candidíase cutânea. Mas a principal via é a intravenosa, ou seja, ela é muito usada em ambiente hospitalar, usada para infecção fúngica sistêmica. Particularidade: é um antifúngico mas também pode atuar contra alguns protozoários. Ela é toxica via oral. Não existe em comprimido.
Usos terapêuticos: infecções fúngicas sistêmicas (comprometem principalmente o pulmão – sintomas de pneumonia) → mucormicose, aspergilose invasiva e tratamento inicial para meningite criptóxica, histoplasmose (coco de pombo, galinheiro), blastomicose, peniciliose.
Obs.: tratamento de escolha para infecções fúngicas invasivas graves.
A anfotericina B é a droga de escolha para mucormicose e aspergilose invasiva, do começo ao fim do tratamento. Nas outras doenças citadas é apenas para tratamento inicial, uma vez estabilizada a doença, trocamos de droga. Essa droga tem efeitos colaterais importantes, é benéfico a troca para o paciente. Na aspergilose e na mucormicose mantemos porque ela é a mais eficaz.
** PROVA: NOME DA DOENÇA PARA INDICAR A DROGA**
****Efeitos adversos (mandou marcar o slide): os efeitos comuns que acontecem em 100% dos paciente: febre e calafrios. Vou administrar também um antitérmico (obrigatório, para amenizar os efeitos).
Um efeito colateral muito importante, que é o mais grave, é a nefrotoxicidade. A anfotericina B tem uma ação nefrotóxica. É o efeito colateral mais grave a acontece na terapia a longo prazo. Na aspergilose voce vai usar do começo ao fim, então há risco de apresentar nefrotoxicidade. Vai acontecer uma vasoconstrição das arteríolas renais aferentes, vai diminuir a taxa de filtração glomerular, se vai diminuir a taxa de ureia e creatinina (asotemia) vai aumentar. O paciente pode apresentar ureia e creatinina elevados. Ele pode ter ruptura da membrana basal tubular lá nos rins, porque essa vasoconstrição é muito intensa.
****Recomendações: hidratar essa paciente com infusão de salina, porque a literatura mostra que quanto mais hidratado o paciente tiver, menos chance de nefrotoxicidade.
Evitar terapias com diuréticos e aminoglicosídeos (antibióticos). Um dos principais efeitos colaterais dos aminoglicosídeos é a nefrotoxicidade. Voce vai associar, dois grupos nefrotóxicos? Não. Voce vai acabar com o rim do paciente. Não pode essa interação medicamentosa. E diuréticos? O rim desse paciente está danificado, pode ter ruptura da membrana basal, esse paciente pode começar a perder potássio e magnésio. Como eu vou saber se vou ou não suplementar? Vou dosar potássio e magnésio. Se tiver baixo voce vai suplementar. O que o diurético faz com o potássio e magnésio? Diminui. Não são todos os diuréticos, mas os tiazidicos e os de alça bloqueiam potássio e magnésio. Tenho que saber que alguns diuréticos fazem perder potássio e magnésio. Se o próprio efeito colateral da droga já é perder potássio e magnésio, não posso associar outro grupo que potencializa esse efeito.
- Nistatina:
A via de administração é oral e tópica. A principal é oral, se usa muito na forma de suspensão (pó + líquido). O uso terapêutico é candidíase oral (sapinho), candidíase esofágica e vaginite. A mais importante, é droga de escolha para candidíase oral.
Candidíase é uma doença fúngica bastante comum, causada pelo Candida albicans, pode acometer vários tecidos. Pode ser usada para outras doenças fúngicas.
Na candidíase oral ela é usada por via oral. O sapinho parece uma nata de leite na boca. Criança é muito fácil adquirir esse fungo, pois pega muita coisa do chão. Bebezinho também é fácil porque a mãe fica beijando o bebe, se um bebe adquirir candidíase oral é no mínimo seis meses de tratamento. Como o bebe não sabe engolir demora muito para melhorar.
Crianças maiores conseguem bochechar e engolir a suspensão, tem uma recuperação melhor. Tratou 10 dias, sarou, trata por mais dois dias para certificar que eliminou o fungo. Adulto é o mesmo tratamento da criança.
O uso tópico vai ser pra outra doença fúngica, como a vaginite.
- Flucitosina (grupo e droga)
O nome do grupo e o nome do fármaco. As drogas que atuam no ergosterol são mais eficazes como drogas antifúngicas. A Flucitosina não atua no ergosterol.
Mecanismo de ação: ela atua intracelularmente inibindo a síntese de DNA e RNA do fungo. Não atua no ergosterol.
Tem uso oral e endovenoso. Mais usado por via oral. A Flucitosina tem uma possibilidade de resistência fúngica muito alta. Vamos prescrever no ambiente hospitalar
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