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A Farmacologia

Por:   •  11/2/2018  •  3.987 Palavras (16 Páginas)  •  365 Visualizações

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Antiácidos:

Dentre os antiácidos mais popularmente utilizados estão os sais de magnésio e alumino que são sais básicos, que em contato com o ácido clorídrico estomacal formam sais neutros e água. Os mais utilizados são:

Hidróxido de magnésio: é um sal presente em antiácidos, deve ser utilizado em associação com o hidróxido de alumínio pois sozinho produz diarreia.

Hidróxido de alumínio: combina-se com o cálcio, fosfato e o ferro presente nos alimentos, formando sais insolúveis e aumentando a excreção desses nutrientes nas fezes. Por isso se os pacientes não tiverem uma dieta rica nesses minerais podem apresentar complicações no estado nutricional como anemia, osteoporose, fadiga, portanto em alguns casos são necessários a suplementação. Além disso o alumino pode ser absorvido e se tornar tóxico.

Bicarbonato de sódio: pode causar distensão estomacal e flatulência em função da produção de gazes quando associado a outros antiácidos. O uso frequente em altas doses produz alcalose, uma vez que o cálcio presente pode ser absorvido. Isso é especialmente relevante quando os pacientes o ingerem com leite, nesse caso pode ocorrer a síndrome do leite álcali, caracterizada por náuseas, vômitos, dor de cabeça, confusão mental, perda de apetite, hipercalcemia, e calculo renal. Pela presença de sódio, pacientes com insuficiência cardíaca ou hipertensos, submetidos a dietas com restrição de sódio devem evitar o uso desses medicamentos.

Algumas pessoas utilizam antiácidos diariamente após as refeições para reduzir a azia. É necessário alertar o usuário dos riscos de interferência no processo digestório e risco de desnutrição, principalmente em pessoas idosas.

Capítulo 3

- Em quais situações clínicas é recomendado o uso de laxantes?

Em algumas situações, as alterações no modo de vida ou suspensão de medicamentos não são suficientes para promover a evacuação, nesses casos são utilizados recursos farmacológicos para o alivio do mal estar associado a constipação, utilizado medicamentos classificados como laxantes. Estes medicamentos são indicadores frequentemente para pacientes com doença cardíaca, hérnia, hemorroidas, e após cirurgias, para manter as fezes moles, reduzindo o esforço nas evacuações. Em doses mais elevadas são utilizados antes de procedimentos diagnóstico ou cirúrgicos e em alguns casos de intoxicação, quando se deseja uma evacuação completa do intestino. Os laxantes são classificados de acordo com o seu modo de ação, e tem como objetivo propelir o bolo fecal ao longo do intestino.

- Descreva as principais características, os principais representantes, o mecanismo de ação, os efeitos adversos e as recomendações para a administração (quando aplicável) para os seguintes grupos de laxantes: formadores de massa, osmóticos, emolientes fecais e laxantes estimulantes.

Formadores de massa: essa classe de medicamentos é a primeira escolha para o tratamento de constipação. Esses laxantes são constituídos por polímeros de polissacarídeos que não são desintegrados pelos processos normais de digestão. Alguns deles são o farelo e a casca das sementes maduras de Plantago ovata (Plantax, metamucil), a metilcelulose ou farelos de cereais em geral. Por serem bastante hidrofílicos, retêm água na luz intestinal, o que aumenta o volume fecal, estimulando a peristalse. E as bactérias do cólon, pela presença da fibra, se multiplicam, aumentando o volume fecal, produzindo metabólitos que aumentam a osmolaridade, retendo mais água e auxiliando na formação de um bolo fecal ideal, facilitando a evacuação. O efeito laxante se da somente após alguns dias do inicio do tratamento, isso parece desestimular o seu uso, apesar dos poucos efeitos adversos. Por ser inócuo e seguro pode ser usado por longos períodos de tempo. Dentre os efeitos adversos estão a flatulência e borborigmo. Recomenda-se o uso desses medicamentos ou farelos sejam ingeridos com água ou sucos em abundância para evitar compactação e consequente obstrução intestinal ou esofágica. E recomenda-se ainda que sua administração seja feita distante de outros medicamentos, pois por suas características químicas, complexam-se com o fármaco e inibem sua absorção quando administrados concomitantemente.

Osmóticos: São solutos pouco absorvidos que mantêm, por osmose, grande volume de água no intestino, acelerando a transferência do conteúdo intestinal para o cólon. Seu efeito, dependendo da dose, é tão importante que pode produzir purgação, isso é, evacuação de todo o conteúdo intestinal em cerca de uma hora. Alguns desses são os sais de magnésio, fosfato e sulfato. Quando há absorção significativa desses sais, o magnésio pode produzir sintomas como distúrbios neuromusculares, depressão do SNC e ansiedade, principalmente em idosos ou crianças. Outro exemplo é a Lactulose, que é digerida por bactérias do cólon que metabolizam-na em ácido láctico e ácido acético. Esses metabólitos aumentam a osmolaridade do lúmen retendo água, e produzindo efeito em dois ou três dias, podendo causar flatulência, cólicas, diarreia e com isso distúrbio eletrolítico, com perda de sais minerais pelas fezes.

Emolientes fecais: essa classe é representada pelo óleo mineral, glicerina, e óleo de rícino. Essas substancias lubrificam o bolo fecal, reduzindo sua consistência. Embora não tenha propriedades lubrificantes o docusato de sódio é inserido nessa classe, pelas suas propriedades detergentes, age como um composto tensoativo, reduz a consistência das fezes. Uma das mais sérias interações envolvendo esses compostos é que os óleos mineral e de rícino, solubilizam o caroteno e as vitaminas A, D e K, eliminando-as junto com as fezes, pois esses óleos não são absorvidos. Como essas vitaminas são perdidas nas fezes o uso crônico desse tipo de laxante pode estar relacionado com o aparecimento de letargia, vomito, queda de cabelo, hiperqueratose, queratomalácia, osteomalácia, e até mesmo xeroftalmia.

Laxantes estimulantes: tem sua ação muito rápida, por isso são frequentemente utilizados. Seu modo de ação está relacionado ao aumento direto de peristalse por reflexos locais, decorrentes da irritação da mucosa intestinal produzida pelas substancias presentes. Por outros efeitos acaba aumentando a secreção de água e eletrólitos do organismo, tornando as fezes menos consistentes. Também aumentam a permeabilidade nas zônulas de oclusão da mucosa renal, causando maior perda de água e eletrólitos junto com as fezes. Os medicamentos que representam

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