Análise Psiquiátrica de Personagens de Filmes
Por: Evandro.2016 • 19/4/2018 • 3.650 Palavras (15 Páginas) • 512 Visualizações
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Exame Psiquiátrico ou do Estado Mental
Avaliação Geral
- Aparência:
Anda bem arrumado, sem desleixos e sem outras alterações
Posturas e atitudes na situação do exame: hostil no início, quando o médico na emergência, diz que ele teve um ataque de pânico.
“ Olhe para mim. Pareço alguém que entra em pânico? “
Quando avaliado pelo Dr. Sobel, Paul refere seus sintomas como os de um amigo, mas coopera ao relatar tudo o que vem sentindo, de forma objetiva e aberta.
Exame das Funções Mentais
- Nível de consciência:
Vígil
- Estado cognitivo:
Orientado quanto à pessoa, tempo e espaço; atenção, memória e concentração apresentam-se sem alterações.
- Pensamento:
Aparentemente sem alterações quanto à forma e fluxo. Quanto ao conteúdo se mostra sempre muito preocupado quanto a própria doença e no que ela pode refletir na sua vida “profissional”.
- Linguagem:
Sem alterações.
- Sensopercepção:
Sem alterações.
- Humor/afeto:
Apresenta hipermodulação, com grande labilidade emocional, se irrita com facilidade e chora sem grande estímulo.
- Psicomotricidade:
Sem alterações.
- Funções psicofisiológicas:
Apresenta insônia (não caracteriza) e impotência.
Hipótese Diagnóstica: Transtorno do Pânico.
Ele atende os critérios do DSM 5, tendo ataques de pânico recorrentes e inesperados e completos (A), apresentando neles sensação de falta de ar, dor no peito, medo de morrer e sensação de instabilidade. Além disso passou a apresentar preocupação em ter outros ataques de pânico (B). Quanto aos critérios de exclusão (C e D) não há indícios que não sejam cumpridos.
Diagnóstico Diferencial
- Transtorno de Ansiedade Generalizada
- Transtorno de Estresse pós-traumático
- Fobia social
MELHOR É IMPOSSÍVEL (1997)
Identificação
Nome: Melvin Udall.
Profissão: Escritor.
Estado civil: Solteiro.
Cidade: Nova York (EUA).
Idade: não informada.
Religião: não informada.
Sexo: Masculino.
Queixa principal: Comportamento compulsivo (hipótese).
História da Doença Atual
O paciente relata hábitos compulsivos, como não pisar em “linhas” que se formam no padrão do piso ou calçada, trancar e destrancar a porta várias vezes (contando todas as vezes), ligar e desligar as luzes (na mesma contagem das trancas da porta), sempre andar calçado, comer sempre com talheres de plástico (que leva de casa), extremo metodismo, sempre usa luvas, lava as mãos com água muito quente, troca várias vezes o sabonete (como se fossem descartáveis), tem medo constante de ser contaminado, pelas pessoas na rua ou por qualquer outra coisa.
Relata ter intensidade moderada e sem fatores agravantes aparentes, mas como fator atenuante há a companhia de Carol.
Não tem boa relação com as pessoas ao seu redor e acha que não agrada quem está por perto.
História Médica
Foi diagnosticado a cerca de dois anos com transtorno obsessivo compulsivo, em consulta psiquiátrica, porém não aderiu ao tratamento.
História Pessoal
É solteiro e mora sozinho; cuidou por um tempo do cachorro do seu vizinho e passou e se relacionar melhor com as pessoas, tem sempre a mesma rotina.
História Familiar
Não há informações sobre sua família.
Personalidade pré-mórbida
Apresenta personalidade sarcástica e depreciativa, onde não aceita e nem faz elogios a terceiros, não demonstra afeto com facilidade e afasta as pessoas que estão ao seu redor.
Exame Físico
Ao exame físico não apresenta considerações significativas.
Exame Psiquiátrico ou do Estado Mental
Avaliação Geral
- Apresentação Geral:
Apresenta aparência razoavelmente normal, com exceção do uso constante de luvas.
- Psicomotricidade:
Apresenta tiques/manias, ao repetidamente trancar e destrancar a porta, ou ligar e desligar as luzes, sempre contando-as.
- Características da fala:
Fala rápida e por vezes interrompida, com aumento na entonação em certos momentos.
- Progressão da fala:
Apresenta prolixidade em certos momentos, e em outros tem uma fala rápida e resumida.
Exame das Funções Mentais
- Conteúdo do pensamento:
Tem constantemente medo de que pode ser infectado ou contaminado por algo ou alguém, tem
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