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Fisiologia do exercico em idosos com parkinson

Por:   •  11/6/2018  •  4.306 Palavras (18 Páginas)  •  434 Visualizações

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Portanto, fica bem claro que os benefícios do exercício físico vão além dos tradicionais efeitos sobre os sistemas cardiovasculares, respiratório e muscular. O conhecimento de tais benefícios da atividade física por profissionais da saúde é de grande relevância para a prevenção e tratamento de doenças crônicas degenerativas como as expostas neste texto. Neste estudo abordaremos benefícios do exercício físico na doença de Parkinson, com objetivo de avaliar os efeitos de um programa de fortalecimento e condicionamento aeróbico no desempenho funcional e na capacidade física em indivíduos com a doença de Parkinson que apresentam déficits motores na marcha, postura e equilíbrio e tendem a apresentar redução mais acentuada do nível de atividade física do que indivíduos assintomáticos da mesma idade. O declínio físico pode estar relacionado à perda de força muscular, da capacidade física e piora do desempenho funcional. Abordaremos também a importância da natação para indivíduos com algum tipo de deficiência física causadas por lesões neurológicas.

2 – FISIOLOGIA DO EXERCICIO APLICADA À PACIENTES COM PROBLEMAS NEUROLOGICOS.

2.1 - DOENÇA DE PARKINSON.

A doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurológico progressivo causado pela degeneração de neurônios da substância negra responsáveis pela produção de dopamina neurotransmissora relacionada principalmente com a função de coordenação dos movimentos.

As manifestações clínicas da DP surgem quando pelo menos 80% das células da substância negra são acometidas. As razões da perda progressiva dessas células ainda estão sendo pesquisadas, mais as possibilidades incluem vírus, envenenamento do meio ambiente e alterações químicas do cérebro.

As características motoras da DP relacionam se em tremor em repouso; bradicinesia (lentidão na execução de movimentos), rigidez (hipertonia plástica acometendo a musculatura flexora, determinando alterações típicas de postura) e distúrbio de equilíbrio (decorrente da perda de reflexos de readaptação postura). Embora haja execuções, quando pelo menos dois desses quatro tipos de sinais clínicos estão presentes, grandes são as chances de o paciente ser portador da DP.

Além das manifestações motoras, os pacientes com DP podem apresentar complicações não motoras, sendo essas evidentes nas fases mais avançadas da doença. Dentre as principais complicações não-motoras destaca:

- A hipertensão ortostática;

- Distúrbios gastrointestinais (obstipação intestinal, disfagia, distúrbios de: esvaziamento gástrico, e salivação);

- Distúrbios respiratórios;

- Distúrbios sexuais;

- Distúrbios sensitivos e dor (são predominantemente desestesicos, com parestesias, desestesias tipo “queimação”, dormência e dores profundas);

- Distúrbios do sono (presença de distúrbio do sono REM, da síndrome da apneia do sono, síndrome das pernas inquietas e do aumento de despertares noturnos).

A doença de Parkinson ocorre com grande prevalência em indivíduos idosos. Em média estima-se de 100 a 150 casos para cada 100 mil pessoas. Inicia-se geralmente por volta dos 60 anos de idade e acometem em ambos os sexos. Quando a doença se manifesta antes dos 40 é denominada parkinsonismo precoce. Em indivíduos jovens, com idade inferior a 21 anos é denominada parkinsonismo juvenil. Quanto mais jovem for o paciente com os sintomas da doença, maior será a possibilidade de haver um componente genético envolvido.

Além dos sinais motores mais visíveis identificamos no parkinsonismo, o aspecto psicológico destes indivíduos também é afetado; Alguns autores descrevem que a demência e a depressão podem agravar e trazer consequências negativas durante o desenvolvimento da doença. Muitos desses apresentam-se estressados e angustiados. A taxa de prevalência de depressão entre indivíduos com DP varia de 20%a 70%, observaram que a ansiedade e a depressão podem exacerbar as dificuldades motoras apresentadas. Segundo especialistas, a depressão surge anteriormente aos sintomas físicos em decorrência às alterações bioquímicas ocasionadas por ela.

A doença de Parkinson, atualmente não possui cura, porém, ela pode e deve ser tratada de forma a combater os sintomas e também retardar o seu progresso. Dentre os métodos de tratamento existentes atualmente estão: cirurgias, fármacos, fisioterapia, terapia ocupacional, estimulação cerebral profunda e fonoaudiologia. Além disso, muitos trabalhos demonstram que a atividade física pode contribuir para amenizar os sintomas da DP.

2.2 - DOENÇAS CEREBROVASCULARES

O acidente vascular cerebral (AVC), popularmente, conhecido como derrame, apresenta um dos quadros mais dramáticos que atinge o sistema nervoso central. Quando não causa a morte, deixa sequelas devastadoras, principalmente em relação à incapacitação física, aproximadamente 30% dos pacientes permanecem com problemas de marcha e outros15% com problemas na fala.

Os AVSs podem ser do tipo isquêmico ou hemorrágico. Os isquêmicos ocorrem por obstrução das principais artérias que levam sangue ao cérebro, as áreas irrigadas por essas artérias deixam de receber sangue oxigenado, 80% dos AVCs são do tipo isquêmico. Os hemorrágicos ocorrem por ruptura de uma dessas artérias levando ao sangramento intracerebral.

Comumente, dentre os AVCs isquêmicos a artéria mais afetada é a cerebral média. O quadro clínico compreende a perda de movimentos do lado oposto do corpo (hemiplegia) com o aumento dos reflexos (hiperreflexia), podendo-se ainda observar problemas na fala.

Em comparação com o que ocorre com outras doenças ou síndromes neurológicas, como a epilepsia e a doença de Parkinson, as cerebrovasculares estão entre as mais importantes afecções cerebrais enfrentadas pelos neurologistas no âmbito clínico. O acidente vascular cerebral recorrente é considerado a segunda casa mais comum de demência.

2.3 – LESÕES RAQUIMEDULARES

A lesão medular é uma das formas mais graves entre as síndromes incapacitantes, constituindo-se de um verdadeiro desafio para a reabilitação. Tal dificuldade decorre da importância da medula espinhal, que não é apenas uma via de impulsos aferentes e eferentes entre as diversas partes do corpo e o cérebro, como também um centro regulador que controla importantes funções como a respiração,

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