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Farmacologia

Por:   •  28/11/2017  •  3.229 Palavras (13 Páginas)  •  422 Visualizações

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Mas a dependência da nicotina é um comportamento tão virulento que embora 70% dos fumantes desejem parar de fumar, apenas 5 % destes conseguem fazê-lo por si mesmo. Isso ocorre porque o comportamento do fumar não apenas causa doenças mas é, ele mesmo, uma doença: a dependência da nicotina.

A visão do comportamento do fumar como dependência de droga causou uma verdadeira revolução nas formas de entendimento e tratamento dos fumantes. Desde 1988 estudos concluíram que o cigarro e outras formas de tabaco geram dependência; que a droga que causa dependência no tabaco é a nicotina; e que os processos farmacológicos e comportamentais que determinam a dependência ao tabaco são similares àqueles que determinam a dependência de outras drogas como a heroína e a cocaína. Dessa forma, a dependência do cigarro passou a não ser mais vista apenas como um “vício psicológico” mas como uma dependência física que deveria ser tratada como uma doença médica, nos mesmos moldes do tratamento de outras substâncias que causam dependência. Desde então, todo um arsenal terapêutico foi desenvolvido com o objetivo de aliviar os sintomas da síndrome de abstinência da nicotina ou a diminuir a fissura pela mesma.

Ao contrário da percepção das pessoas, não apenas uma, mas todas as substâncias presentes no cigarro causam “prejuízos” em praticamente todos os órgãos do corpo. Estas atuam principalmente sobre o aparelho respiratório, ainda que algumas delas sejam absorvidas passando à corrente sanguínea a partir da qual atuam sobre o organismo.

Sem pretender fazer uma enumeração exaustiva, ficam aqui alguns dos efeitos comuns nos fumadores crônicos.

O tabagismo causa cerca de 50 doenças diferentes, ou seja, é um fator de risco importante relativo a várias doenças, principalmente as cardiovasculares tais como: a hipertensão, o infarto, a angina, e o derrame. É responsável por muitas mortes por câncer de pulmão, de boca, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, rim e bexiga e pelas doenças respiratórias obstrutivas como a bronquite crônica e o enfisema pulmonar. O tabaco diminui as defesas do organismo e com isso o fumante tende a aumentar a incidência de adquirir doenças como a gripe e a tuberculose, além de úlceras digestivas.

Especificamente no aparelho respiratório o fumo do tabaco produz uma ação irritante desencadeando uma maior produção de muco e dificuldade na sua eliminação. A irritação contínua dá lugar à inflamação dos brônquios, bronquites crónicas. As secreções dificultam a passagem do ar o que origina obstrução crónica do pulmão e sérias complicações, como o enfisema pulmonar. Causa, ainda, diminuição da capacidade pulmonar: os fumadores vêem reduzida a resistência ao exercício físico.

Por outro lado, é certa a relação causa–efeito entre o tabaco e o câncer do pulmão. Existe uma forte relação entre o risco de desenvolver esta doença e a quantidade de tabaco consumido, idade de início do consumo, número de inspirações que se fazem por cada cigarro fumado e o costume que se tem de manter o cigarro na boca entre uma e outra inspiração.

O tabaco também causa:

• Na boca - o alcatrão escurece os dentes e causa mau-hálito, já a nicotina inflama a gengiva.

• Nos homens - o tabagismo está associado à dificuldade de ereção, ejaculação precoce, infertilidade e diminuição do desejo sexual.

• Nas mulheres - o tabagismo favorece o câncer de colo do útero e bexiga, menopausa precoce, menor lubrificação vaginal, diminuição de desejo sexual e infertilidade.

• Na gestação - traz sérios riscos para a gestante como também aumenta o risco de mortalidade fetal e infantil, estes riscos se devem, principalmente, aos efeitos do monóxido de carbono e da nicotina exercidos sobre o feto, após a absorção pelo organismo materno. Estes riscos são: Abortos espontâneos;· Nascimentos prematuros;· Bebês de baixo peso;· Mortes fetais e de recém-nascidos;· Gravidez tubária;· Deslocamento prematuro da placenta;· Placenta prévia e· Episódios de sangramento.

• Na amamentação - A mãe que fuma durante a amamentação a nicotina passa pelo leite que é ingerido pela criança.

Componentes do tabaco

A fumaça do cigarro é uma mistura de aproximadamente 4.720 substâncias tóxicas diferentes; que se constitui de duas fases fundamentais: a fase particulada e a fase gasosa.

Na fase gasosa é composta, entre outros por monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína. A fase particulada contém nicotina e alcatrão.

Essas substâncias tóxicas atuam sobre os mais diversos sistemas e órgãos, contém mais de 60 cancerígenos, sendo as principais citadas abaixo:

• Nicotina - é a causadora do vício e cancerígena;

• Benzopireno - substância que facilita a combustão existente no papel que envolve o fumo;

• Substâncias Radioativas - polônio 210 e carbono 14;

• Agrotóxicos - DDT;

• Solvente - benzeno;

• Metais Pesados - chumbo e o cádmio (um cigarro contém de 1 a 2 mg, concentrando-se no fígado, rins e pulmões, tendo meia-vida de 10 a 30 anos, o que leva a perda de capacidade ventilatória dos pulmões, além de causar dispnéia, enfisema, fibrose pulmonar, hipertensão, câncer nos pulmões, próstata, rins e estômago);

• Níquel e Arsênico - armazenam-se no fígado e rins, coração, pulmões, ossos e dentes resultando em gangrena dos pés, causando danos ao miocárdio etc..;

Também fazem parte da relação de substância tóxicas do cigarro:

• Cianeto Hidrogenado;

• Amônia - utilizado em limpadores de banheiro;

• Formol - componente de fluído conservante;

• Monóxido de Carbono - é o mesmo gás que sai dos escapamentos de automóveis, e como tem mais afinidade com a hemoglobina do sangue do que o próprio oxigênio, toma o lugar do oxigênio, deixando o corpo do fumante - ativo ou passivo - totalmente intoxicado;

• Alcatrão - é altamente cancerígeno, dando início à formação de tumores

• Naftalina.

A Nicotina

Nicotina, um alcalóide presente nas folhas do tabaco, é a

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