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A DOENÇA DE ALZHEIMER

Por:   •  22/3/2018  •  1.718 Palavras (7 Páginas)  •  424 Visualizações

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- Genética da DA de início tardio

Na maioria das vezes, em torno de 90% dos casos, a DA tem início após os 65 anos de idade. Nesses casos, o padrão de herança genética é complexo, ou seja, não há um único gene que determina o aparecimento do quadro. Provavelmente, há a participação de vários genes, que interagem com fatores ambientais e possivelmente também entre si (CAIXETA, L. et al. 2011).

- Epidemiologia

A incidência e a prevalência das demências aumentam exponencialmente com a idade, dobrando, aproximadamente, a cada 5 anos, a partir dos 60 anos idade. Após os 64 anos de idade a prevalência é de cerca de 5 a 10%, e a incidência anual é de cerca de 1 a 2 %, passando após os 75 anos de idade, para 15 a 20% e 2 a 4%, respectivamente (Freitas Elizabete. et al. 2011).

Apesar de taxas de incidência idade-relacionadas permanecerem constantes desde a metade do século XX, tem-se observado um aumento expressivo da prevalência das demências nas diversas faixas etárias. Isso resulta essencialmente de dois fatores: o aumento da expectativa de vida da população, que vem ocorrendo em todo o mundo, e a maior sobrevida dos indivíduos acometidos por demências, consequências da melhoria dos cuidados oferecidos, da instituição do tratamento farmacológico especifico para a DA e do tratamento mais eficaz das intercorrências médicas e de outras doenças a ela associadas (Freitas Elizabete. et al. 2011).

- Fatores de riscos

Até o presente, os fatores de risco para a DA estabelecidos são: idade, história familiar positiva, síndrome de Down, baixo nível educacional e gênero feminino (após 80 anos de idade). (Morais, 2008).

A idade é indiscutivelmente o fator de risco mais importante para o desenvolvimento de demências, em geral, e da DA, em particular, podendo isso ser constatado por meio do aumento progressivo das demências a partir de 60 anos de idade (Morais, 2008).

- Relação envelhecimento X Alterações fisiológicas

O envelhecimento humano é caracterizado pelo declínio progressivo do metabolismo celular e do funcionamento dos sistemas fisiológicos principais. A senescência compromete a funcionalidade das estruturas e funções do corpo, conforme o modelo atual de saúde adotado pela Organização Mundial da Saúde (Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde). Nessa classificação, a funcionalidade abrange todas as funções do corpo, atividades e participação social. O termo incapacidade abrange deficiências, limitações das atividades e restrição da participação social. As funções do corpo são definidas como as funções fisiológicas dos sistemas do corpo e as estruturas do corpo são as partes anatômicas do corpo, como os órgãos. Portanto, pode-se admitir que a maioria das alterações da senescência pode comprometer as estruturas ou funções do corpo, gerando deficiências, sem, contudo, ser causa direta de limitações da atividade e, muito menos, restrição da participação social (Morais, 2008).

A diminuição da habilidade intelectual é a causa mais frequente de perda de qualidade de vida em idosos. Declínios cognitivos que dificultam a velocidade de aprendizagem em períodos de tempo relativamente curto não fazem parte do curso normal de envelhecimento. Esse declínio intelectual é caracterizado por doenças cerebrais que envolvem a morte e a destruição de células neuronais, provocando privação de energia, anormalidades metabólicas e desestabilização de neurotransmissores (Kurtz; Perneczky, 2009).

As demências são caracterizadas por, no mínimo, dois déficits cognitivos, como o de memória, associados a, pelo menos, outro comprometimento de funções cotidianas do individuo (Mattos,2000).

- Sinais e Sintomas

A fase inicial, dura em média de 2 a 3 anos, é caracterizada por sintomas vagos e difusos, que se desenvolvem insidiosamente. O comprometimento da memória é em geral, o sintoma mais proeminente e precoce, principalmente de memória declarativa episódica. Os déficits de memória de evocação nas fases iniciais dizem respeito principalmente á dificuldade para recordar datas de compromisso, nomes de familiares e fatos recentes. Alguns indivíduos apresentam alterações de linguagem precocemente tais como dificuldade para encontrar palavras. (Freitas Elizabete. et al. 2011).

A fase intermediaria cuja duração varia entre 2 a 10 anos, é caracterizada por deterioração mais acentuada dos déficits de memória e pelo aparecimento de sintomas, que incluem a afasia (diminuição das funções de linguagem), apraxia (prejuízo na capacidade de executar atividades motoras), agnosia (dificuldade para reconhecer ou identificar objetos) ou uma perturbação do funcionamento executivo (capacidade de pensar de forma abstrata e planejar, iniciar, sequenciar, monitorar e cessar um comportamento complexo). (Freitas Elizabete. et al. 2011).

Na fase avançada das demências, com duração média de 8 a 12 anos, é no estágio terminal, afetando todas as funções cognitivas (Freitas Elizabete. et al. 2011).

- Diagnóstico

O diagnostico conclusivo da doença de Alzheimer é eminentemente clínico e baseia-se na exclusão das outras causas de incapacidades cognitiva. Não há exame complementar suficiente para diagnóstico de certeza. Os critérios mais utilizados são proposta pelo DSM-IV E NINSDS-ADRDA (National Institute of Neurological and Communicative Disorders and Stroke- Alzheimer’ s Disease and Related Disorders Association). (Morais, 2008)

- Tratamento

O tratamento da doença de Alzheimer visa a melhoria da qualidade de vida do paciente e de sua família. Baseia-se no diagnostico precoce, identificação e tratamento das co-morbidades, tratamento especifico (drogas antidemência), cuidados interdisciplinar, tratamento dos sintomas comportamentais e abordagem do cuidador. Trata-se, por tanto, o idoso e a família e não apenas a doença (Morais, 2008).

O reconhecimento e o tratamento adequado das morbidades clinicas devem ser priorizados junto com o uso de drogas antidemência e psicotrópicos sintomáticos. Da mesma forma, é fundamental a inclusão de idosos frágeis com polipatologia nos ensaios terapêuticos de drogas antidemência, como os anticolinesterásicos, possibilitando mais generalização da eficácia e melhor avaliação do risco de interações medicamentosas (Morais, 2008).

No presente, não

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