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Alzheimer e esquizofrenia

Por:   •  26/1/2018  •  6.880 Palavras (28 Páginas)  •  324 Visualizações

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Um fator importante relacionado com o curso da esquizofrenia emerge da comparação entre pacientes esquizofrênicos de países desenvolvidos e países em desenvolvimento. No estudo multicêntrico IPSS (International Pilot Study of Schizophrenia) observaram que a proporção de pacientes com curso grave nos países desenvolvidos foi significativamente maior do que a verificada em pacientes de países menos desenvolvidos.

Os estudos epidemiológicos realizados no Brasil originam estimativas de incidência e prevalência compatíveis com as observadas em outros países. Não há consistência de possíveis diferenças na prevalência da esquizofrenia entre sexos, independentemente da metodologia empregada nos diferentes levantamentos epidemiológicos.

O começo da doença é mais precoce no homem do que na mulher. Entretanto, na presença de história familiar positiva para distúrbios psicóticos, a idade de início é mais precoce para homens e para mulheres.

As mulheres apresentam um curso mais brando da esquizofrenia e, portanto, um melhor prognóstico e uma melhor possibilidade de adaptação social. Dados de estudos multicêntricos sugerem que os pacientes de países menos desenvolvidos apresentam um prognóstico melhor na esquizofrenia.

- Causas

Ainda não se conhecem as causas exatas da esquizofrenia. Sabe-se que a hereditariedade é um fator importante, pois pessoas que têm um familiar com esquizofrenia têm maior chance de desenvolver a doença, mas ainda não se conhecem os genes envolvidos.

Em gêmeos idênticos, se um dos irmãos tem a doença, em 50% dos casos o outro irmão também a terá. Isto mostra a importância dos fatores genéticos, mas também que apenas a carga genética não é suficiente para a manifestação da doença, pois ocorrem casos de esquizofrenia em famílias que não tinham histórico da doença.

Alguns pesquisadores acreditam que a esquizofrenia é resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Certas pessoas nascem com essa tendência, mas o problema só aparece se forem expostas a determinados fatores ambientais.

A esquizofrenia é uma desordem hereditária. Possuir um parente com esquizofrenia é o fator de risco mais consistente e significativo para o desenvolvimento da doença.

Não existe um consenso sobre quais seriam os fatores ambientais envolvidos, mas estudos sugerem que infecções durante a gravidez e complicações no parto podem contribuir para que uma criança nasça com uma vulnerabilidade para a esquizofrenia e venha a desenvolver a doença em um estágio posterior do desenvolvimento.

Em décadas passadas foi dada importância muito grande a teorias que sugeriram ser a esquizofrenia resultante de relações familiares (mais especificamente mãe-filho) doentias. Estas teorias nunca foram comprovadas, mas contribuíram para estigmatizar as famílias e influenciaram negativamente as relações entre profissionais e familiares gerando barreiras de comunicação e impedindo a criação de estratégias de colaboração no contexto de tratamento.

Contudo, um dos maiores obstáculos na pesquisa genética é a inespecificidade dos genes relacionados, alguns são comuns a outros transtornos mentais, como o distúrbio bipolar, o que sugere que doenças psiquiátricas possam ter uma origem genética comum. O quadro clínico dependeria, portanto, do número de genes envolvidos em cada pessoa.

Um fator que vem sendo relacionado a um risco maior de esquizofrenia e autismo é a idade avançada do pai no momento da concepção.

Os genes que predispõem à esquizofrenia têm isoladamente efeito pequeno, por isso, acredita-se que os fatores do ambiente sirvam como ativadores ou amplificadores desse efeito.

- Sinais e Sintomas

A esquizofrenia apresenta uma variedade de sinais e sintomas, podendo se manifestar de forma diversa entre os indivíduos.

O quadro clínico se manifesta com isolamento/retraimento social, inafetividade, comportamento estranho, pensamento fragmentado ou desorganizado, delírios (pensar que está sendo vigiado ou perseguido por alguém, achar que pode se comunicar com extraterrestres, achar que os pensamentos estão sendo monitorados ou roubados por outros, sem relação direta com a realidade), perturbação da percepção ou alucinações (escutar vozes, sensação de ser tocado na pele, sentir cheiros estranhos, sem relação direta com a realidade), perda de iniciativa, apatia, prejuízos na execução de tarefas e fluência da fala, déficit de atenção e memória, entre outros. Em relação aos delírios e alucinações não existe argumento nem bom senso que convença o doente do contrário.

A doença tem uma evolução crônica. Existe um comprometimento significativo em todos os aspectos da vida do indivíduo. O início precoce dos sintomas determina, na maioria dos casos, um maior prejuízo funcional.

Além disso, o uso de álcool, drogas e tabaco é frequente nessa população. Existe dificuldade para os cuidados básicos com higiene e saúde, o que determina maior probabilidade de adoecer. Quase nunca buscam atendimento espontaneamente. Dificilmente os portadores dessa doença conseguem terminar os estudos, concluir uma faculdade, ter um trabalho.

A família é o grande aliado para que esses indivíduos consigam procurar e se manter em tratamento, este promove controle de sintomas e reinserção social, tão importante para manutenção de uma vida digna, em harmonia com a sociedade.

- Sintomas iniciais

Os sintomas iniciais são facilmente confundidos com depressão e ansiedade. A pessoa torna-se mais introspectiva, tem a tendência de descontinuar atividades regulares, isolar-se socialmente, pode ter dúvidas existenciais ou filosóficas e tem a necessidade de buscar significados para tudo o que acontece ao seu redor.

- Sintomas positivos

Crenças fantasiosas (delírios) e falsas percepções (alucinações) dominam a consciência da pessoa, que passa a ter dificuldades em discernir a fantasia da realidade, com alterações do comportamento que revelam um juízo crítico comprometido.

- Delírios

São falsas crenças que não fazem parte da cultura daquela pessoa e que não mudam. A pessoa continua acreditando no delírio mesmo quando outras pessoas provam que suas crenças não são verdadeiras ou lógicas. Pessoas com esquizofrenia podem ter delirious que parecem bizarros,

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