SAÚDE PUBLICA - LISTA DE EXERCÍCIOS
Por: Evandro.2016 • 14/4/2018 • 6.538 Palavras (27 Páginas) • 288 Visualizações
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É importante salientar que não era o conjunto de problemas de saúde e carências da população que passaram a ser objetivo de atenção do Estado, mas aqueles que diziam respeito a interesses específicos da economia de exportação.
De acordo com a ideologia liberal; o Estado deveria atuar somente naquilo que o indivíduo sozinho e a unidade privada não pudesse fazê-lo. Os trabalhadores do campo e da cidade, bem como seus familiares não tinham acesso aos serviços de saúde. O atendimento médico só era possível para os que podiam pagar ou por intermédio da caridade; Medicina individual: previdenciária, filantrópica e liberal.
As condições de vida e de trabalho insatisfatórias, propiciaram o aparecimento de movimentos sociais. E teve como respostas sócias: a Lei Eloi Chaves, organizando as CAP; Reforma Carlos Chagas.
PONTOS NEGATIVOS:
- Medicina individual, previdenciária e liberal;
- Não se configurou, em nenhum momento dessa conjuntura, a ideia de direito à saúde;
- Conjuntura emerge de forma dicotômica entre saúde pública e previdência social.
PONTOS POSITIVOS:
- Surgimento de embriões da legislação trabalhista e previdenciária;
- Reação do Estado em relação a saúde, mesmo que de forma indireta (interesses específicos na economia de exportação);
- Aparecimento de respostas sócias (Lei Eloi Chaves, Reforma Carlos Chagas).
ERA VARGAS (1930-1964)
- 15 Anos de ditadura
- predomínio das doenças de pobreza (infecciosas, parasitárias, etc)
- Aparecimento da morbidade moderna (doenças do coração, violências, acidentes)
- Redução da mortalidade e certo envelhecimento da população
- Crise do café, crise da política da república velha, golpe de estado (revolução de 30)
- Capital industrial
- Estado nacional: possibilitando a emergência de uma política nacional de saúde
- A saúde pública passa a ter sua institucionalização na esfera federal (ministério da educação e saúde), enquanto a medicina previdenciária e a saúde ocupacional (ministério do trabalho, recém-criado).
- Organização dos serviços de saúde no brasil:
Trifurcada →saúde pública medicina previdenciária, saúde do trabalhador
Fracionada no setor privado → medicina liberal, hospitais filantrópicos e lucrativos (empresas médicas)
- A saúde não se limitava só nas ações políticas sanitárias e campanhas (republica velha)
- Combate as endemias (1941)
-Criação do serviço especial de saúde pública (SESP)
- Criação do departamento nacional de endemias rurais (1956)
- Transformam-se em fundação SESP e em superintendência de campanhas de saúde pública (Sucam), fundidos em Funasa (fundação nacional de saúde)
- Ações do ministério da saúde e das secretarias de saúde estaduais e municipais:
Campanhas sanitárias, programas especiais, manutenção dos centros, postos de saúde, pronto-socorro, etc. Para pessoas não beneficiarias da medicina previdenciária e sem dinheiro para pagar médico particular.
- Para trabalhadores URBANOS com carteira de trabalho assinada:
O desenvolvimento da previdência social se realizou mediante organização de vários institutos de aposentadorias e pensões (IAP) por categoria.
Os IAP permitiram acesso desses trabalhadores e seus familiares à assistência médico-hospitalar
Isso não vale para trabalhadores rurais, empregados domésticos, desempregados e do mercado informal.
- Medicina sob modalidade liberal → para população que podiam pagar
- Atuação de governos populistas até 1964
- criação do ministério da saúde em 1953
AUTORITARISMO (1964-1984)
- Condições de saúde permanecem críticas
- Mortalidade infantil, antes reduzida, piorou
- Aumento da tuberculose, malária, chagas, acidente de trabalho
- Morbidade moderna: doenças do aparelho circulatória → principal causa de morte nos anos 80
- Período pós 74: melhorias das doenças transmissíveis
- desenvolvimento econômico da década de 50 → enfrenta dificuldades na década de 60
- Pacto populista ficou comprometido com as tensões sociais.
- Mais um golpe militar em 1964 → instala um regime autoritário ( dura 21anos)
- A ditadura proporciona desenvolvimento mediante internacionalização da economia assentada em tripé básico: capital nacional, Estado e capital multinacional.
- Consolidação do capitalismo monopolista de estado (CME)
- Contenção dos salários, repressão aos opositores do regime
- Concentração de renda, migrações do campo para a cidade
- Políticas de saúde privilegiam o setor privado
- 1966: unificação dos IAP em INPS (instituto nacional de previdência social) responsável pelas aposentadorias e pensões e da previdência médica dos segurados e seus familiares
- 1973: medicina previdenciária para trabalhadores rurais → Funrural
- 1974: criação do ministério da previdência e assistência
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