Resumo de rotinas noturnas e Avaliação de implantação de um serviço de farmácia clínica
Por: Evandro.2016 • 2/2/2018 • 2.023 Palavras (9 Páginas) • 386 Visualizações
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RESUMO DAS VISITAS E VERIFICAÇÃO DE INFORMAÇÃO
Durante o período relatado, conforme solicitado, foram feitas visitas aos setores da unidade (PA, UASU, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica) com o intuito de verificar a qualidade, acesso e a forma como as informações estão dispostas nesses setores para que se desenhasse uma implantação de farmácia clínica no hospital, visando uma melhora dos serviços de farmácia e também do mesmo com o apoio médico.
Em todos os setores foi possível ter acesso às informações que se encontravam em prontuários que ficam alocados em locais próprios próximo ao posto de enfermagem. As informações em prontuário estavam atualizadas e abrangiam grande parte dos dados necessários. As características da unidade faz com que durante o período noturno, os prontuários sejam em alguns casos a única fonte de informação além da prescrição médica. Nos postos de enfermagem há a presença de pessoal que é muito prestativo e solicito, mas que não detêm o total de informações.
Outra informação que vale a ressalva está relacionada ao controle de pacientes internados na unidade. Este controle, conhecido como censo é atualizado em sistema, porém não tem continuidade no mesmo; as informações subsequentes são inseridas em cada setor de acordo com o prosseguir do plantão, dificultando assim a atualização do quadro de internados.
FARMÁCIA CLINICA
A Assistência Farmacêutica é definida como “grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinada a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade”. Envolve diversas etapas desde a seleção de medicamentos até sua utilização, interligando duas grandes áreas, porém distintas, a tecnologia de gestão e a tecnologia de uso do medicamento.
A tecnologia de gestão tem como objetivo maior garantir o abastecimento e o acesso aos medicamentos enquanto a tecnologia de uso dos medicamentos visa o uso correto e efetivo dos medicamentos, e é neste contexto que se inserem as atividades de farmácia clínica em ambiente hospitalar. Sendo assim, a prática da farmácia clínica em hospitais, compreende o julgamento e a interpretação na coleta de dados necessários para individualização da farmacoterapia, com ação integrada à equipe de saúde. Pode ser desenvolvida por meio da prestação de serviços farmacêuticos direcionados aos pacientes e também serviços voltados à equipe de saúde.
Para a implantação de um programa de Farmácia Clínica Hospitalar, devem ser atendidos pré-requisitos primários: Apoio dos gestores, sistema de distribuição de medicamentos em Dose Unitária ou Dose Individualizada, tempo para a prática clínica farmacêutica e inserção na equipe multiprofissional.
Após análise do perfil da unidade, das atividades inerentes aos Oficiais Farmacêuticos e das peculiaridades de algumas funções, a análise de prescrição se faz o passo inicial e mais provável de sucesso no processo de implantação de Farmácia Clínica.
A avaliação de prescrições médicas, antes do aviamento destas, permite a identificação de possíveis PRM, e monitoração de medicamentos potencialmente perigosos. A avaliação farmacêutica da prescrição médica constitui uma importante ferramenta para atenção farmacêutica e farmácia clínica. Sistematização das avaliações farmacêuticas de prescrições médicas, bem como descrever o perfil das mesmas e as intervenções farmacêuticas são vitais a linha de serviço. Apesar dessa importância, muitos serviços ainda não desempenham essa função. A constituição de bancos de dados com essas avaliações é essencial para a gestão da assistência em saúde, e a disponibilidade dessas informações para toda a equipe multiprofissional de saúde estabelece uma ferramenta para a atenção integral dos pacientes.
Através da Avaliação de Prescrição é possível atingir os parâmetros farmacêuticos relatados abaixo:
USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS (URM)
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), “há uso racional de medicamentos quando pacientes recebem medicamentos apropriados para suas condições clínicas, em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade”.
CONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA
Por meio deste processo, é possível identificar a automedicação e também o uso inade¬quado dos medicamentos, que podem resultar no aumento dos riscos de eventos adversos.
O farmacêutico clínico tem papel fundamental nesta atividade, pois, poderá garantir a continuidade do tratamento de pacientes inter¬nados que fazem uso prévio de medicamentos.
ADEQUAÇÃO DE FORMAS FARMACÊUTICAS
É essencial que o farmacêutico clínico considere a condição clínica do paciente, bem como a via de administração disponível, tendo em vista as diversas formas farmacêuticas dos medicamentos. Deve ainda realizar uma análise do ponto de vista farmacológico e farmacotécnico, a fim de evitar falhas terapêuticas, riscos biológicos para profissionais de saúde e possíveis danos ao paciente.
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA (IM)
O farmacêutico clínico, junto à equipe multiprofissional, deve analisar as possíveis IM desfavoráveis, considerando a sua relevância no tratamento proposto. Além disso, é necessário avaliar o risco/benefício da continuidade do tratamento, bem como as alternativas terapêuticas disponíveis e a necessidade de monitoramento de sinais e/ou sintomas do paciente com relação à possibilidade de algum desfecho desfavorável.
INCOMPATIBILIDADE MEDICAMENTOSA
A incompatibilidade medicamentosa, também chamada de interação farmacêutica, ocorre fora do organismo, ou seja, no momento do preparo ou da administração. Este fenômeno deve-se a reações físico-químicas entre fármacos, fármacos e solventes ou entre fármacos e recipientes. Ocorrem quando são diluídos ou colocados em contato com materiais como cateteres e equipos, principalmente aquela que contém policloreto de vinila (PVC). As incompatibilidades podem ser observadas por alteração de cor, aspecto, ou formação de precipitado. Além disso, pode ocorrer adsorção de fármacos a superfícies plásticas ou de vidro das embalagens e materiais utilizados no preparo, administração e armazenamento de medicamentos.
REAÇÃO ADVERSA A MEDICAMENTOS
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