ANTICONCEPCIONAIS: DOS EFEITOS ÀS INTERAÇÕES
Por: Hugo.bassi • 26/4/2018 • 3.280 Palavras (14 Páginas) • 350 Visualizações
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Sumário
1.INTRODUÇÃO:
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Anticoncepcionais
2.2. MECANISMO DE AÇÃO
2.3. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS DOS ANTICONCEPCIONAIS
2.4. INTERAÇÃO COM ANTIBIÓTICOS
2.5. .INTERAÇÃO COM ERVA DE SÃO JOÃO (Hypericum perforatum)
2.6. INTERAÇÃO COM ANTICONVULSIVANTES
2.7. PESQUISAS:
2.8 MITOS E VERDADES EM RELAÇÃO À PÍLULA ORAL
3. CONCLUSÃO
4. Referências Bibliográficas 28
1.INTRODUÇÃO:
Na antiguidade, a maioria dos medicamentos eram naturais e artesanais. Os principais métodos contraceptivos usados na antiguidade eram: Pasta de acácia e casca de árvores, o Limão, Renda-da-rainha também conhecida como cenoura-selvagem, Chá de poejo e o Mamão.
Segundo Nascimento (2010), há 50 anos nasceu a pílula que mudou a vida das mulheres. Cerca de 16 milhões de mulheres, nas Américas Central e do Sul, tomam pílula anticoncepcional diariamente para evitar uma gravidez indesejada. No mundo, são 80 milhões. Esses números, entretanto, já foram muito menores. Em 1960, quando as primeiras cartelas chegaram às farmácias dos Estados Unidos, país onde foram liberadas inicialmente, apenas mulheres que apresentassem receita médica e certidão de casamento podia levar uma delas para casa. Assim, por algum tempo, poucas tiveram acesso ao método. Contudo, tal revolução na maneira de encarar a condição feminina não podia ficar presa a amarras e, em poucos meses, mulheres de todas as idades e condições sociais, casadas e solteiras, puderam compartilhar da novidade. As pessoas que aderiram ao método pularam de 400 mil, no primeiro ano, para mais de 4 milhões em 1965. “Sem dúvida, o contraceptivo oral foi um dos principais atuantes da revolução sexual ocorrida naquela década. Pela primeira vez na história a fertilidade pôde ser controlada independentemente da vontade do homem”, lembra Antônio Aleixo Neto, professor aposentado do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Desde o início, o medicamento foi responsável não só por essa, mas por uma série de revoluções. Foi o primeiro remédio feito para ser tomado diariamente por pessoas que não tinham nenhum problema de saúde. E, em sua origem, possuía uma semente de contradição. Um de seus criadores, o cientista americano John Rock, era católico conservador. “Ele buscava um tratamento para estimular a fertilidade”, lembra o ginecologista Vicente Renato Bagnoli, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). No meio do caminho, porém, em trabalhos realizados junto com o biólogo Gregory Pincus, também dos Estados Unidos, encontrou o oposto: um comprimido que provoca a infertilidade temporária.
A história, no entanto, não seria a mesma se não fosse pela participação de uma mulher. As pesquisas realizadas pelos dois cientistas só saíram do papel graças à insistência de Margaret Sanger, uma enfermeira e feminista americana. Desde o início dos anos 1900 ela lutou contra leis que restringiam direitos e se empenhou na busca de um método barato e simples que pudesse impedir a gravidez quando ela não fosse desejada. O movimento que defendeu com todas as forças obteve os primeiros avanços quando o funcionamento do ciclo ovariano, que controla a ovulação, começou a ser descoberto. A iniciativa foi dada com testes feitos em animais e, a partir daí, foi questão de tempo. Em 1921, o pesquisador austríaco Ludwig Haberlandt conseguiu induzir a infertilidade temporária em coelhas ao implantar nelas os ovários retirados de outras fêmeas da mesma espécie. Esse experimento permitiu que os pesquisadores da época chegassem a uma conclusão importante, ou seja, que a chave da contracepção poderia estar em secreções produzidas mensalmente pelos ovários. Essa relação está mais do que clara desde a década de 1930, quando a estrutura do estrogênio e da progesterona (as tais secreções) foi identificada, permitindo que esses hormônios fossem reproduzidos sinteticamente. No início da década de 1950 com diversos estudos, já havia as condições necessárias para a criação da pílula anticoncepcional. O biólogo Gregory Pincus investigou diversas possibilidades de uma pílula com efeito certo e seguro, e em 1955, conseguiu evitar a ovulação em mulheres que tomaram doses diárias de progesterona sintética. Esse foi o ponto de partida para que melhores combinações fossem descobertas, para garantir a contracepção por via oral. Por fim, no dia 11 de maio de 1960, a primeira pílula anticoncepcional foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA), órgão do governo americano responsável pela segurança de medicamentos (NASCIMENTO, 2010).
Segundo Nascimento (2010), no Brasil, o anticoncepcional começou a ser vendido em 1961, com a mesma aceitação obtida entre as americanas, mas com uma diferença: “Aqui, assim como em outros países do então Terceiro Mundo, a divulgação dos métodos contraceptivos modernos, entre eles a pílula, fez parte de políticas internacionais voltadas para a redução da população” afirma a historiadora Joana Maria Pedro.
Segundo Nascimento (2010) em 1960, as brasileiras tinham, em média, 6,3 filhos. Na década seguinte, o número médio caiu para 5,8 e, em 2007, foi reduzido a 1,95.
Segundo o Guttmacher Institute, organização americana de pesquisa em saúde reprodutiva, o uso de anticoncepcional nas Américas Central e do Sul passou de 15% para mais de 70% entre 1970 e 2000. Até 1970, no entanto, as mudanças que ocorreram não foram tão significativas.
Foi desenvolvido um novo progestógeno, o levonorgestrel, mas seus benefícios se mostraram escassos, limitando-se à regulação do ciclo hormonal. Na década seguinte, porém, outras vantagens se associaram ao uso do contraceptivo oral: com progestógenos aperfeiçoados, a pílula foi capaz de, além de controlar melhor o ciclo, reduzir o sangramento mensal, diminuindo também as cólicas, a tensão pré-menstrual (TPM) e a retenção de líquidos, e melhorando ainda pele e cabelos (NASCIMENTO, 2010).
As vantagens foram se somando a cada década e, pouco antes de completar meio século de existência,
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